Oiliam José – Wikipédia, a enciclopédia livre
Oiliam José (Visconde do Rio Branco, 9 de fevereiro de 1921 - Belo Horizonte, 23 de fevereiro de 2017) foi um professor, advogado, e historiador de Minas Gerais.
Oiliam José | |
---|---|
Nascimento | 9 de fevereiro de 1921 Visconde do Rio Branco |
Morte | 23 de fevereiro de 2017 (96 anos) Belo Horizonte |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Gpurra José Pai: Chamel José |
Cônjuge | Maria da Glória Batista José |
Ocupação | Professor, advogado e historiador |
Religião | Católico |
Biografia
[editar | editar código-fonte]Oiliam José fez o curso secundário no Colégio Rio Branco, em sua terra natal, o de contabilidade em Miracema, RJ, e em Leopoldina, MG, e o superior na Faculdade de Direito de Juiz de Fora, MG, pela qual se bacharelou em 1963.[1]
Fundou e dirigiu os jornais O Ginasiano e O Escoteiro.[1]
Integrou os corpos docentes do Ginásio Rio Branco, de Visconde do Rio Branco, do Ginásio São Paulo de Muriaé, do Ginásio Leopoldinense, de Leopoldina, transformado na Escola Estadual Professor Botelho Reis, no qual foi titular da cadeira de História Geral e do Brasil, e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina, de Muriaé, na qual foi catedrático de Literatura Portuguesa e Brasileira.[1]
Foi secretário Municipal da Prefeitura de Visconde do Rio Branco. Contabilista da Secretaria de Finanças do Estado de Minas Gerais, na gestão de Celso Porfírio de Araújo Machado, chefiou seu gabinete na direção da Imprensa Oficial (1957-1959) e Secretário de Segurança Pública (1959-1961).[1]
Dentre suas obras, várias ocuparam lacunas como a participação dos povos originários durante a corrida do ouro na província de Minas Gerais.[2][3] No prefácio de sua obra Indígenas de Minas Gerais ele trata da importância desse tema para nossa história:[4]
“ | Indígenas de Minas Gerais foi escrito e se publica, pois, sob o signo da esperança. A de que os ameríndios, já extintos em sua totalidade, recebam dos brancos de hoje pelo menos estudo e compreensão. E para benefício exclusivo dos brancos. Os indígenas já morreram e não mais reclamarão os bens que os devassadores lhes subtraíram, mas poderão, com as terríveis lições emanadas de suas deficiências e erros, ensinar o “branco civilizador” a ser branco civilizado! | ” |
Foi membro de diversas associações acadêmicas, como a Academia Mineira de Letras (cadeira nº 30) e Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Também recebeu diversas honrarias incluindo a Medalha de Honra da Inconfidência.[5]
Obras
[editar | editar código-fonte]Algumas obras selecionadas do autor[1]:
Históricas
[editar | editar código-fonte]- A abolição em Minas
- A propaganda republicana em Minas
- Historiografia Mineira: esboço
- Indígenas de Minas Gerais: aspectos sociais, políticos e etnológicos
- O negro na economia mineira
- Racismo em Minas Gerais
- Fatos e figuras de Visconde do Rio Branco
- Visconde do Rio Branco: notas sobre a sua história
- Visconde do Rio Branco: terra, povo, história
Biografias
[editar | editar código-fonte]- Celso Machado: o homem e o político
- Francisco Sales: altivez e austeridade
- Marlière, o civilizador: esboço biográfico
- Silviano Brandão, a consolidação da República
- Tiradentes
- Wenceslau Braz: escalada fulgurante
Poesia
[editar | editar código-fonte]- Poemas Orientais
- O efêmero e o eterno
Religiosos
[editar | editar código-fonte]- Heróis e santos
- Admirável Serra da Piedade
- Pensar de Cristão
- Anseios de fé e esperança
- Sombras e luz
- Certeza e Temores
- Procura do eterno presente
- Toques de esperança e de luz
Referências
- ↑ a b c d e «No centenário de Oiliam José». Diário do Comércio. 22 de janeiro de 2021. Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Langfur, Hal (2011). «Mapeando a Conquista» (PDF). Arquivo Público Mineiro. Revista do Arquivo Público Mineiro: 46. ISSN 0104-8368. Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Lamas, Fernando (2012). «OS INDÍGENAS DE MINAS GERAIS:GUERRA, CONQUISTA DA TERRA, COLONIZAÇÃO E DESLOCAMENTOS». Projeto História : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História. ISSN 2176-2767. Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Viotti, Hilton; Dias, Lia Ribeiro (orgs.) (2018). Asas de Jacutinga. São Paulo: Bit Social. p. 46. ISBN 978-85-54026-00-4
- ↑ «Cadeira nº 7: OILIAM JOSÉ». Consultado em 29 de maio de 2022