Operação Pomar – Wikipédia, a enciclopédia livre
Operação Pomar | |||
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Conflito iraniano-israelita | |||
O reator sírio supostamente construído pela Coreia do Norte antes e depois do ataque. | |||
Data | 6 de setembro de 2007 | ||
Local | Dayr az-Zawr, Síria | ||
Desfecho | Destruição de um reator nuclear sírio construído pela Coreia do Norte. | ||
Beligerantes | |||
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Baixas | |||
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Operação Pomar[2] (em inglês: Operation Orchard[3][4] em hebraico: מבצע בוסתן, Mivtza bustan) foi um ataque aéreo israelense em um reator nuclear suspeito[5] na região de Deir ez-Zor[6] na Síria, que ocorreu logo após a meia-noite (hora local) em 6 de setembro de 2007. Os governos de Israel e dos Estados Unidos impuseram blackouts de notícias praticamente totais imediatamente depois da incursão que organizaram por sete meses.[7] A Casa Branca e a Agência Central de Inteligência (CIA) posteriormente confirmaram que a inteligência estadunidense também havia indicado que o local era uma instalação nuclear com fins militares, embora a Síria negasse.[8][9] Uma investigação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de 2009 relatou evidências de urânio e de grafite e concluiu que o local tinha características semelhantes à de um reator nuclear clandestino. A AIEA foi inicialmente incapaz de confirmar ou negar a natureza do local, porque, de acordo com a AIEA, a Síria não conseguiu fornecer a cooperação necessária com a investigação.[10][11] A Síria contestou estas alegações.[12] Quase quatro anos depois, em abril de 2011, a AIEA confirmou oficialmente que o local era um reator nuclear.[5]
O ataque israelense seguiu consultas de alto nível com a administração Bush. Depois de perceber que os Estados Unidos não estavam dispostos a assumir sua própria ação militar, o primeiro-ministro Ehud Olmert decidiu aderir em 1981 à Doutrina Begin e unilateralmente atacou para impedir uma eficácia das armas nucleares síria, apesar de sérias preocupações sobre uma retaliação síria. Em contraste com o uso prévio da doutrina contra o Iraque, o ataque aéreo contra a Síria não provocou protestos internacionais. A razão principal é que Israel manteve silêncio total e completo sobre o ataque, e a Síria acobertou suas atividades no local e não cooperou plenamente com a AIEA. O silêncio internacional pode ter sido um reconhecimento tácito da inevitabilidade de ataques preventivos em "programas nucleares clandestinos em seus estágios iniciais." Se for verdade, a Doutrina Begin, sem dúvida, desempenhou um papel em moldar essa percepção global.[13]
Referências
- ↑ Tak Kumakura (28 de abril de 2008). «North Koreans May Have Died in Israel Attack on Syria, NHK Says». Bloomberg. Consultado em 28 de abril de 2008. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2012
- ↑ Israel atacou reator na Síria - Estadão
- ↑ Beaumont, Peter (16 de setembro de 2007). «Was Israeli raid a dry run for attack on Iran?». The Observer/The Guardian. London. Cópia arquivada em 4 de maio de 2008
- ↑ Stephens, Bret (18 de setembro de 2007). «Osirak II». The Wall Street Journal. Cópia arquivada em 7 de fevereiro de 2014
- ↑ a b IAEA: Syria tried to build nuclear reactor Associated Press Latest Update: 04.28.11, 18:10
- ↑ «Officials say Israel raid on Syria triggered by arms fears». Reuters. 12 de setembro de 2012
- ↑ Leonard S. Spector and Avner Cohen, Israel's Airstrike on Syria's Reactor: Implications for the Nonproliferation Regime, Arms Control Today, Vol. 38, No. 6 (July/August 2008), pp. 15–21, Arms Control Association
- ↑ «NKorea-Syria nuclear work had military aims: White House». Associated French Press. 24 de abril de 2008. Cópia arquivada em 20 de maio de 2011
- ↑ «Syria denies US allegations over nuclear reactor». Syria Today. Maio de 2008. ISSN 1812-8637
- ↑ Heinrich, Mark (19 de fevereiro de 2009). «IAEA finds graphite, further uranium at Syria site». Viena. Reuters. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2012
- ↑ «IAEA inspects nuclear research reactor in Syria». AFP. 17 de novembro de 2009. Cópia arquivada em 7 de fevereiro de 2014
- ↑ «AFP: No graphite found by IAEA at suspect site: Syria». Vienna: Google. 24 de fevereiro de 2009. Cópia arquivada em 14 de maio de 2013
- ↑ Country Profiles—Israel Arquivado em 6 de outubro de 2014, no Wayback Machine., Nuclear Threat Initiative (NTI), updated May 2014