Ornamento (música) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Ornamento.

Na música, são chamados ornamentos, os embelezamentos e decorações de uma melodia, expressos através de pequenas notas ou sinais especiais. Na música vocal antiga e na ópera os ornamentos eram improvisados pelos cantores. Nos séculos XIX e XX muitos dos ornamentos tornaram-se quase desconhecidos (exceto no Jazz), embora eles tenham sido revistos nas interpretações de oratórias e óperas a partir dos anos 50. Alguns compositores preferem escrever os ornamentos em extenso, evitando os símbolos, mas a maioria deles são escritos com suas devidas representações gráficas. Os ornamentos, junto com os intervalos, modos gregos, cadências, a Harmonia e outros, são elementos importantíssimos para a arte da improvisação. Ao todo, existem 9 ornamentos, cujas denominações são de origem italiana, sendo que cada um deles tem características próprias quanto às notas que englobam e às notas que acrescentam:

Regra quanto à velocidade da execução

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Os ornamentos são notas adicionais cuja função é enfeitar uma nota ou um grupo de notas. Dependendo do andamento da música, os ornamentos são mais rápidos do que de outros andamentos.

Andamentos Rápidos e Lentos

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Quanto mais lento o andamento, mais rápida é a execução do ornamento. Isso não significa que, em andamentos rápidos, os ornamentos são lentos. Porém, quanto mais devagar for a música, mais rápida será a execução dos ornamentos, independente de qual é. Em um andamento "Adagio", a execução será mais rápida do que em um andamento "Allegro", por exemplo.

Os 9 Ornamentos

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Trinado ou Trilo

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O trinado é representado por um tr colocado sempre acima da nota (independente se ela tem a haste virada para cima ou para baixo). Quando há duas vozes na pauta, o trinado é posto sempre acima da haste (um bom exemplo dessa situação é no terceiro movimento da Sonata para Piano Nº21 em Dó maior, "Waldstein" Op.53, de Ludwig van Beethoven).

Um trinado acima de uma nota.

A função do trinado é acrescentar mais uma nota à nota principal, sendo que o valor do trinado é sempre igual ao valor da nota principal. Existem quatro casos de trinados.

  • Trinado Simples - Quando um trinado está acima de uma nota principal, ela será tocada revezadamente com a nota de um semitom ou um tom acima. Ou seja, com a nota de um intervalo de 2ª menor ou 2ª maior. Por exemplo: se há um trinado acima de um dó, então, tocaremos dó-ré-dó-ré-dó-ré-dó... Ou então, dó-ré(bemol)-dó-ré(bemol)-dó... Está dependente da tonalidade na qual a música está escrita para saber se usa-se semitom ou tom acima. Em Dó maior usaria-se o primeiro caso (pois não há alterações em Dó maior). Em Fá menor, o segundo (pois o Ré fica bemolizado).
  • Trinado Alterado - Quando há um sinal de alteração acompanhando o trinado, a nota acrescentada sofrerá a alteração. Por exemplo: se há um trinado acima de um dó sustenido, e junto ao trinado há um sustenido, então, tocaremos dó#-ré#-dó#-ré#-dó#... Notemos que, nesse caso, os acidentes de armaduras de claves também podem ser alterados.
  • Trinado Precedido de appoggiatura ou floreio - Quando a nota principal está precedida de notas como appoggiaturas e floreios, o conjunto do trinado irá começar com elas. Por exemplo: há uma appoggiatura breve em um lá, seguida pela nota principal, que é um sol. Há um trinado acima do sol. O trinado pede para tocar isso: sol-lá-sol-lá-sol... Mas como há uma appoggiatura antes, que é um lá, o trinado começará com lá: lá-sol-lá-sol-lá-sol... Pode haver várias notas antes do trinado. Se forem appoggiaturas ou floreios, o trinado começará com elas.
  • Trinado Sucedido de appoggiatura ou floreio - É o mesmo do caso anterior, porém o trinado acabará com as notas da appoggiatura ou do floreio. Por exemplo: um lá com um trinado acima, após a nota principal encontramos o floreio de lá-sol-lá-dó. Tocaremos: lá-si-lá-si-lá-si-...-lá-sol-lá-dó

Notemos que os casos podem ficar mistos. Por exemplo: Há um sol sustenido com um trinado acima dele. Acompanhando o trinado há um sustenido. Antes da nota principal há um floreio de fá-fá#-sol, e depois da nota principal há uma appoggiatura dupla de sol#-si. Tocaremos: fá-fá#-sol-sol#-lá#-sol#-lá#-...-sol#-si É também muito comum o trinado vir acompanhado de uma linha horizontal, curva e contínua. Essa linha significa que o trinado não deve ser interrompido, e deve ser tocado pelo valor de toda a nota principal. Quando a linha percorre os compassos, passando por várias notas, cada nota deverá ser executada com trinado, mas apenas durante a execução expressa pela figura.

O mordente é um ornamento representado por uma pequena linha curva, parecida com um M. Como o trinado, o mordente engloba a nota principal e uma segunda, que pode estar a um semitom ou tom de distância. Porém, há duas diferenças: o trinado usa uma quantidade incerta de repetições nas duas notas, e o intervalo é sempre superior. Já o mordente usa, no total, apenas três notas, e pode ser superior ou inferior. O mordente é um ornamento bastante usado na música para piano, principalmente do período barroco e do romântico. Frédéric Chopin usou muito esse ornamento em seu repertório. Existem dois tipos de mordentes: o superior e o inferior (chamado também de invertido).

Um mordente superior acima de uma nota.
Um mordente inferior (invertido) acima de uma nota.

Há três casos desse ornamento.

  • Mordente Simples - O superior age na nota de um semitom ou tom acima da principal, e o inferior, de um semitom ou tom abaixo. Isso dependerá da tonalidade da música. Por exemplo (em Dó maior, um mordente superior acima de um dó): dó-ré-dó. Da mesma forma, com um mordente inferior: dó-si-dó. Porém, se a tonalidade fosse Si bemol menor, a segunda nota seria modificada em ambos os casos: dó-ré(bemol)-dó e dó-si(bemol)-dó.
  • Mordente Alterado - Um mordente superior pode vir acompanhado por um sinal de alteração acima dele. Do mesmo modo, um mordente inferior pode vir acompanhado com um sinal de alteração abaixo dele. O sinal de alteração indica que a segunda nota do conjunto do mordente (aquela que é acrescentada) sofrerá a alteração. Por exemplo (mordente superior com um sustenido acima, em um sol): sol-lá#-sol. Da mesma forma que os trinados, as alterações que acompanham os mordentes podem influenciar na disposição das notas de acordo com a armadura de clave da tonalidade da música.
  • Mordente Duplo - É representado pela mesma linha curva, mas é mais longa, parecida com dois MM. A função é a mesma, porém serão usadas, no total, cinco notas. Por exemplo (mordente superior em um si): si-dó-si-dó-si. Também pode haver um mordente inferior duplo, e ele também pode vir acompanhado de sinais de alterações.

Grupetto, Gruppeto, Gruppetto ou Grupeto

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O grupetto é um ornamento bastante comum, representado por o que se parece com um S deitado. É como uma junção de um mordente superior com um inferior, ou vice-versa. Tanto como mordentes, o grupetto possui um número determinado de notas que abrange, e pode ser superior ou inferior (ou invertido). O grupetto pode abranger 3, 4 ou 5 notas, dependendo de sua localização em relação à nota principal, e dependendo da próxima nota (após a principal). Em andamentos lentos, o grupetto é um dos ornamentos mais utilizados. Grande parte das 32 Sonatas para Piano de Beethoven possui grupettos em seus andamentos lentos. Basicamente, a execução é com as notas acima e abaixo da principal, "rodeando-a".

Um grupetto superior acima de uma nota.
Um grupetto inferior (invertido) acima de uma nota.

O grupetto que possui a primeira curva para cima é o superior. O inferior possui a primeira curva para baixo, ou então pode ser representado por um grupetto superior com uma linha o cortando. A execução do grupetto é tipicamente tocar as notas que estão ao redor da principal, sendo que o superior sempre começa com a nota de semitom ou tom a cima, e o inferior, semitom ou tom abaixo. Pode ser que o grupetto comece com a nota principal. Há quatro casos de grupettos:

  • Grupetto de 3 notas - Quando o grupetto está imediatamente acima de certa nota, a nota principal será a segunda a ser tocada. A primeira e a terceira serão o semitom ou o tom acima ou abaixo (ou vice-versa). Se há uma segunda nota após a principal, que seja da mesma altura da primeira, então a quarta nota do grupetto será cancelada. Por exemplo (dois rés na pauta, um grupetto superior acima do primeiro): mi-ré-dó. O primeiro ré da pauta foi rodeado pelas notas ao seu redor (mi e dó). Como era um grupetto superior, o mi veio primeiro. Após o dó, viria o segundo ré da pauta. Outro exemplo (dois lás na pauta, um grupetto inferior acima do primeiro): sol-lá-si. Como é um grupeto inferior, o sol veio antes. A nota após o si seria o segundo lá.
  • Grupetto de 4 notas - O grupetto de 4 notas tem dois casos. Isso porque, dependendo da localização do grupetto e da nota seguinte, ele pode abrangir notas diferentes em cada caso.
    • Grupetto de 4 notas com Uníssono - Ocorre quando há duas notas de mesma altura na pauta, porém o grupetto (superior ou inferior) está entre elas, e não acima da primeira. Quando o grupetto está após uma nota, ela também será executada. Por exemplo (dois fás na pauta, um grupetto inferior entre os dois): fá-mi-fá-sol. Já que o grupetto não está acima da nota, ela pode ser executada. A próxima nota seria o segundo fá.
    • Grupetto de 4 notas sem Uníssono - Ocorre se há duas notas de alturas diferentes, porém com o grupetto acima da primeira. Por exemplo (um grupetto superior acima de um dó, seguido por um ré): ré-dó-si-dó. A próxima nota seria o ré. Como o grupetto está acima do dó, ele não será a primeira nota a ser tocada, e como é superior, o ré vem antes.
Um grupetto superior entre duas nota (a segunda oculta).
  • Grupetto de 5 notas - O grupetto só será de cinco notas se ele estiver entre duas notas de alturas diferentes. Lembrando que um dó e um dó# têm alturas diferentes, mesmo sendo um semitom cromático. Exemplo de grupetto com 5 notas (grupetto inferior entre um sol e um fá): sol-fá-sol-lá-sol. A próxima nota seria o fá que seguia o sol. Como o grupetto é inferior, a nota de um semitom ou tom abaixo veio antes (fá).
  • Grupetto Alterado - Em todos os casos acima, o grupetto pode vir acompanhado de um sinal de alteração. Como o grupetto abrange a nota acima e abaixo da principal, há casos que dois sinais de alteração estão presentes. Quando um sinal de alteração vem acima do grupetto, a nota de cima será alterada. Do mesmo modo, quando um sinal vem abaixo do grupetto, a nota de baixo será alterada. A nota principal ou a seguinte também pode vir alterada. Por exemplo (grupetto de 5 notas, entre um fá# e um lá(bemol), com um sustenido acima e um bemol abaixo do símbolo): fá#-sol#-fá#-mi(bemol)-fá#. A próxima nota seria lá(bemol). Claro, como nos últimos ornamentos, os intervalos dependem da tonalidade da música.

Appoggiatura, Apogiatura ou Apojatura

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A appoggiatura é praticamente o ornamento mais usado. Sempre consiste em uma ou duas notas, que estão sempre antecedendo a principal. Quando de uma única nota, é representada por uma pequena figura, que pode estar cortada por um traço diagonal ou não. Quando de duas notas, é sempre representada por pequenas semicolcheias. Existem dois tipos de appoggiaturas: a simples e a dupla (ou sucessiva). Para as appoggiaturas simples, existem mais dois tipos: a breve e a longa. As appoggiaturas (simples breve, simples longa, dupla) podem ser superiores ou inferiores. Para as simples, será superior se a appoggiatura estiver num intervalo acima da nota principal (e inferior se estiver num intervalo abaixo). Para as duplas, será superior se a primeira nota estiver acima (e inferior se estiver abaixo). Todas as appoggiaturas sempre estão ligadas à nota principal por uma ligadura de legato.

Uma appoggiatura simples breve (acciaccatura) superior.
Uma appoggiatura simples longa superior. A execução seriam duas colcheias. Às vezes a appoggiatura é mais curta, por exemplo uma semicolcheia.
  • Appoggiatura Simples - A appoggiatura simples é caracterizada por uma nota só, que sempre está a um semitom ou tom de distância da nota principal. Quando o intervalo é maior que isso, o ornamento passa a ser um floreio. Há dois tipos de appoggiaturas simples: a breve e a longa. A breve é cortada por um pequeno traço na diagonal, e a longa não.
    • Appoggiatura Simples Breve - A appoggiatura breve é, por muitas vezes, chamada de "acciaccatura" ou "acicatura", e sempre possui um pequeno traço a cortando. Ela retira uma mínima parte do valor da nota principal para si, geralmente no valor de uma fusa. Porém, é muito variável, pois quanto mais lento for o andamento, mais rápida será a execução. Sobretudo nos séculos XVII, XVIII e XX ela é tocada muitas vezes antes do tempo. Nesse caso a nota anterior torna-se mais curta.[1]
A execução de uma appoggiatura longa, sendo que a segunda nota é a principal. Se a appoggiatura estivesse escrita, ela seria uma semícolcheia, e a nota principal seria uma mínima. Mas muitas vezes a appoggiatura não é anotada exata e poderia ser nesse caso uma colcheia ou até uma semínima.
    • Appoggiatura Simples Longa - A appoggiatura longa nunca possui o traço diagonal, e quase sempre tira da figura principal metade do seu valor. Geralmente a appoggiatura longa já está escrita com o valor que deve ser executado. Se a figura principal for pontuada, a appoggiatura também poderá ser pontuada, ou, em alguns casos, retirar 1/3 ou 2/3 do valor (que, no caso, estará escrito).
Notação e Execução da Appoggiatura Simples Longa
Exemplo para ouvir
A execução de appoggiaturas breves (acciaccaturas). Dependendo da época e do gosto poderia ser tocado também antes do tempo.
  • Appoggiatura Dupla - É composta por duas notas, sendo que a primeira está sempre um intervalo de 2ª maior ou menor acima, e a segunda está sempre um intervalo de 2ª maior ou menor abaixo; ou vice-versa. Elas são representadas graficamente sempre por semicolhceias. Cada uma retira aproximadamente 1/4 do valor, mas é relativo. Quanto mais lento o andamento, mais rápida a execução. Muitos músicos preferem dizer que as appoggiaturas devem ser executadas o mais rapidamente possível.

O floreio é um ornamento semelhante à appoggiatura, pois também é representado por pequenas figuras antecedendo uma nota. Podemos dividir os casos dos floreios em dois.

  • Floreio de 1 nota - Os floreios de apenas uma nota sempre são cortados por uma linha diagonal. A execução é a mesma da appoggiatura breve. A única diferença é que, quando uma appoggiatura passa do intervalo de um tom da nota principal, ela passa a ser um floreio. Uma appoggiatura só pode estar a, no máximo, um tom de distância da nota principal. Um floreio pode estar a três tons, seis tons, uma oitava ou até mais. A execução é a mesma das appoggiaturas.
  • Floreio de 2 notas ou mais - Enquanto as appoggiaturas só podem ter até duas notas, e essas não podem exceder o limite de um tom de distância da nota principal, os floreios podem ter duas notas ou mais, e não há limite de intervalo em relação à nota principal. Os floreios de duas ou mais notas podem ser representados por pequenas semicolcheias, fusas ou semifusas, dependendo da velocidade da execução.

Enfim, a única diferença entre appoggiatura e floreio é que o floreio não tem limite de notas nem de intervalos, e as appoggiaturas têm.

O portamento é um ornamento que não é tão usado como os outros. Muitos confundem o portamento com o portato. Porém, são duas coisas extremamente diferentes. O portato é o sinal de acentuação que consiste em um grupo de notas em staccato, todas ligadas por uma ligadura de legato. Por vezes, o portato é chamado de mezzo-staccato, pois a nota passa a ter 2/3 do valor; o mezzo-staccato às vezes é chamado de non-legato. Já o portamento é um ornamento derivado da appoggiatura e do floreio. Há apenas um tipo de Portamento.

  • Portamento - Os portamentos são sempre representados por uma única colcheia, que nunca está cortada pela linha diagonal. Isso nos traria a ideia de que o portamento é igual à appoggiatura longa. A única diferença é que a nota do portamento é sempre da mesma altura e entoação da nota principal, e a nota que o antecede está sempre ligada a ele por uma ligadura de legato. Diferente de qualquer appoggiatura ou floreio, o portamento, para execução, retira parte da nota anterior, deixando a nota principal (a que o sucede) inalterada. Quanto mais lento o andamento, mais rápida será tocada a nota do portamento.

Ou seja, a única diferença entre portamento-appoggiatura/floreio é que o portamento é sempre na mesma altura e entoação, e sempre retira o valor da nota anterior, e não da principal.

A cadenza é muito usada em improvisações. Também é comum em andamentos lentos, codas e codettas.

Cadenza no Concertino de Carl Maria von Weber. Os compassos 8 e 9 são cadenzas, pois possuem notas que ultrapassam o valor dos compassos, e estão depois de uma fermata.
  • Cadenza - A cadenza é formada por um número ilimitado de pequenas notas, que sempre ultrapassam o valor de tempos do compasso. As notas sempre possuem uma relativa proporção na duração dos valores de seus tempos. Quase sempre estão após uma fermata ou suspensão. Em outras palavras, a cadenza é a execução livre de um grupo de várias notas.

Muitos confundem a Cadenza com a Cadência (sucessão de intervalos de acordes que finalizam uma frase musical). Porém são diferentes. A primeira é um ornamento, a segunda é uma técnica usada para finalizar uma frase musical.

Arpeggio, Arpejo ou Harpejo

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O arpeggio é um ornamento usado para embelezar um acorde de, pelo menos, duas notas simultâneas (intervalo harmônico). É representado por uma linha curva vertical, que percorre o lado esquerdo das notas que serão arpejadas.

Um acorde em arpeggio.
Exemplo de arpeggio em duas pautas, com a execução ao lado.
  • Arpeggio - A execução do arpeggio é sempre ascendente. As notas de um acorde em arpeggio devem ser executadas uma de cada vez, rapidamente, mas não devem ser descontinuadas. Na música para piano, existe uma diferença entre: o arpeggio cuja linha ocupa as duas pautas, agindo nas notas do mesmo tempo no compasso; e dois arpeggios que agem cada um em uma pauta, mas ambos com a nota no mesmo tempo no compasso. No primeiro caso, o arpeggio percorrerá todas as notas das duas pautas como se fossem um acorde só. No segundo caso, os acordes serão arpejados separados, porém ao mesmo tempo.
Um glissando ligando duas notas, representado pela linha ondulada na diagonal.

O glissando (do italiano glissando: 'deslizando') é representado por uma diagonal ondulada que liga duas notas, as quais, em geral, têm um intervalo relativamente grande entre elas. O glissando também pode ser representado pela abreviatura Gliss., em substituição à linha ondulada.

A execução do glissando consiste em tocar rapidamente todas as notas compreendidas entre as duas escritas, da primeira à segunda. Se a segunda nota está abaixo da primeira, o glissando será inferior. Se a segunda estiver acima, o glissando será superior. Um bom exemplo de execução do glissando é deslizar os dedos pelas teclas brancas do piano ou pelas cordas da harpa, começando pela primeira nota escrita e terminando na segunda.

Referências

  1. dtv-Atlas zur Musik 1ª ed. München\Munique (Alemanha): dtv. 1977. p. 80. ISBN 3-423-03022-4 
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