Oscar Brandão da Rocha – Wikipédia, a enciclopédia livre
Oscar Brandão da Rocha | |
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Nome completo | Oscar Brandão da Rocha |
Nascimento | 11 de janeiro de 1882 Recife |
Morte | 7 de maio de 1956 (74 anos) Recife |
Residência | Recife |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Maria Francisca das Neves Regueira Costa Brandão Pai: José Brandão da Rocha (Desembargador) |
Cônjuge | Irene de Araújo Brandão |
Filho(a)(s) | José Brandão da Rocha e Lúcia Brandão |
Ocupação | Advogado, poeta, jornalista, escritor e compositor |
Principais trabalhos | Hino de Pernambuco; Versos de Exaltação |
Prémios | 5.000$000 (Cinco contos de réis) pela letra do Hino de Pernambuco(1908) |
Oscar Brandão da Rocha (Recife, 14 de janeiro de 1882[nota 1] — 7 de maio de 1956) foi um advogado, poeta, jornalista, escritor e compositor pernambucano.[3] É o autor da letra do Hino de Pernambuco[nota 2].
Filho do desembargador José Brandão da Rocha, cursou Direito na Faculdade de Direito do Recife[3] e dedicou-se ao jornalismo.
Possuía parentesco legítimo com os Da Rocha, tradicional família do Cabo de Santo Agostinho[4] que é descendente de portugueses e holandeses, com ligação histórica aos engenhos de açúcar[5] da Capitania de Pernambuco.[6]
Desde jovem, dedicou-se a causas políticas, fato que pesou depois, na negativa ao pagamento de prêmio devido.[2][nota 3]
Profissão
[editar | editar código-fonte]- Funcionário público federal
- Secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte[7]
- Jornalista do Jornal do Recife
- Advogado. [nota 4]
- Promotor público em várias cidades do Nordeste[7]
- Ocupou a chefia de Polícia no Rio Grande do Norte e no Recife[3]
Literatura
[editar | editar código-fonte]Poeta, era considerado um bom sonetista.
Ocupou a cadeira 24 da Academia Pernambucana de Letras.[8]
Integrou o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco[9]
Publicou as seguintes obras:
- A Caravana - Editora Recife, 1927
- Exaltação à Poesia Sertaneja - Revista dos Tribunais, 1939[nota 5]
- Versos de Exaltação - Imprensa Industrial, 1947
- Vida e Obra de Joaquim Nabuco - G. I. Oficial, 1951
Hino de Pernambuco
[editar | editar código-fonte]No ano de 1908, o Governo de Pernambuco instituiu um concurso para pôr letra no Hino de Pernambuco, cuja música, de autoria de Nicolino Milano já era executada.
Concorreram dois poetas, cabendo a Oscar Brandão da Rocha o prêmio, à época, de 5.000$000 (cinco contos de réis),[10] prêmio esse que o poeta, em seu livro Versos de Exaltação[10] disse não ter recebido.[nota 6]
Em 30 de outubro de 1952, o prefeito do Recife, Jorge Bezerra Martins, assinou a Lei 2000, alterando o Artigo 1º da Lei 1872, de 9 de setembro daquele ano, e instituía um valor de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros) a ser entregue ao autor da letra do Hino de Pernambuco, Oscar Brandão da Rocha, como auxílio a suas precárias condições de saúde.[11][12]
Notas e referências
Notas
- ↑ A data de nascimento é controversa entre os biógrafos. Fernando Machado[1] cita 1884, enquanto Mauro Mota[2] refere-se a 1882. O seu neto, Mário Roberto Luz Brandão da Rocha, ao ser contactado, informou ser 1882 o ano de seu nascimento, coincidindo com a informação de Mauro Mota
- ↑ A música do Hino de Pernambuco foi composta pelo paulista Nicolino Milano, de ascendência italiana.
- ↑ Oscar Brandão era crítico político de Rosa e Silva e Sigismundo Gonçalves, e por diversas vezes escapou de tocaias e atentados contra sua pessoa por razões políticas. Esse confronto político foi causa também do boicote oficial à letra vencedora do Hino de Pernambuco, de sua autoria, com os órgãos governamentais divulgando a letra perdedora, do poeta Carlos Dias Fernandes.
- ↑ Oscar Brandão era considerado um grande tribuno popular na época.
- ↑ Exaltação à Poesia Sertaneja foi escrita em coautoria com Ulisses Lins.
- ↑ O outro poeta concorrente foi Carlos Dias Fernandes. A sua letra, embora perdedora, foi divulgada pelos governantes e por algum tempo cantada como a letra do Hino.
Referências
- ↑ Fernando Machado - De volta para o passado
- ↑ a b MOTA, Mauro - Centenário de Brandão. in Diario de Pernambuco, 17 de outubro de 1982
- ↑ a b c MORAIS, Lamartine de - Dicionário biobibliográfico de poetas pernambucanos - Recife: FUNDARPE, 1993.
- ↑ Cabo de Santo Agostinho - engenhos
- ↑ GASPAR, Lúcia - Engenho Massangana. Fundaj
- ↑ BULHÕES, Angélica Lopes - Mulheres Ilustres. UFPB
- ↑ a b Diario de Pernambuco, edição 111, 1966.
- ↑ PARAÍSO, Rostand. Academia Pernambucana de Letras: sua história, v. 1. Recife: APL, 2006.
- ↑ ELIHIMAS, Aziz - O Hino de Pernambuco (A Bandeira e o Brasão) - Recife: (s. ed.), 1975.
- ↑ a b ROCHA, Oscar Brandão da - Versos de Exaltação - Recife: Imprensa Industrial, 1947.
- ↑ Lei 2000 / Recife
- ↑ Legiscidade