Oxum – Wikipédia, a enciclopédia livre
Oxum | |
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Escultura de Carybé em madeira no Museu Afro-Brasileiro, em Salvador, representando Oxum | |
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Irmã | Iansã[1] |
Cônjuges | Xangô, Oxóssi e Ogum |
Filho | Logunedé |
instrumentos | adê (coroa), abebé (abano) Digi (espelho de mão), idà (espada), ofá (arco e flecha), seixos do rio e pulseiras[1] |
Sincretismo | Nossa Senhora da Conceição, na Região Sul Nossa Senhora Aparecida, na Região Sudeste, Região Norte e Centro-Oeste Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora dos Prazeres e Nossa Senhora das Candeias, na Região Nordeste |
Parte da série sobre |
Candomblé |
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Cidades sagradas |
Oxum (em iorubá: Oṣun),[2] na religião iorubá, é uma orixá que reina sobre as águas doces, considerada a senhora da beleza, da fertilidade, do dinheiro e da sensibilidade. Intimamente associada à riqueza espiritual e material, à vaidade e à capacitação da mulher, é representada por uma mulher africana elegante, adornada da cabeça aos pés com joias de ouro, sentada à beira de um rio, com um espelho redondo e dourado, enquanto amamenta um bebê ao colo. É cultuada no Candomblé, na Umbanda[3] e em diversas religiões afro-americanas. Oxum é dona do ouro e das pedras preciosas, e é cultuada como rainha da nação ijexá. Tem o título de ialodê (em iorubá: ìyálodè), ou seja, senhora da sociedade.[4]
Mitologia
[editar | editar código-fonte]Oxum é filha de Iemanjá e Oxalá. Oxum, Iansã e Obá eram esposas de Xangô.[5] Ipondá é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés. Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem. Usa um abebé (espelho de metal) nas mãos, uma alfange (adaga),[6] por ser guerreira, e um ofá (arco e flecha) dourado, por sua ligação com Oxóssi. É uma das mais jovens.
Umbanda
[editar | editar código-fonte]Na Umbanda, o culto a Oxum apresenta poucas diferenças em relação à Religião iorubá e ao Candomblé.[3]
Sincretismo
[editar | editar código-fonte]Nas religiões afro-brasileiras, é sincretizada com diversas Nossas Senhoras. Na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres, enquanto em Pernambuco e nos demais estados do Nordeste é sincretizada com Nossa Senhora do Carmo.[7] No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição. No Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e especificamente em Minas Gerais é sincretizada com Nossa Senhora das Dores.[8][9][10] No Norte do Brasil, é sincretizada com Nossa Senhora de Nazaré.[11]
Haiti
[editar | editar código-fonte]No Haiti, Oxum é a orixá do amor, do dinheiro e da felicidade. Também conhecida como Erzile ou Erzulie, Erzulie Freda no vodum.[12]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b CARYBÉ. Mural dos orixás. Salvador. Banco da Bahia Investimentos. 1979. p. 48.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 242.
- ↑ a b www.astrocentro.com.br (17 de outubro de 2017). «Oxum na Umbanda». Consultado em 17 de outubro de 2018
- ↑ A confraria feminina reivindica o poder
- ↑ Cléo Martins - Obá: "a amazona belicosa"
- ↑ «Alfange (adaga)». Consultado em 14 de março de 2008. Arquivado do original em 8 de outubro de 2007
- ↑ «Em uma história de resistência, pernambucanos celebram Oxum no Dia de Nossa Senhora do Carmo». G1
- ↑ «Oxum». Raízes Espirituais. Consultado em 24 de agosto de 2017
- ↑ «Nossa Senhora das Dores em Minas Gerais». www.a12.com. Consultado em 31 de agosto de 2017
- ↑ «Saiba a diferença entre Iemanjá e Nossa Sra dos Navegantes». Terra
- ↑ Araújo, Patrício Carneiro; Vergolino, Maria Célia P.; Lucena, Francisco Almeida de (15–17 de abril de 2015). «As Água de Nazaré: Análise Psico-Antropológica da Simbologia Afro-Religiosa Presente na Festa de Nossa Senhora de Nazará em Belém do Pará». Anais do XIV Simpósio Nacional da ABHR. Consultado em 31 de agosto de 2017
- ↑ Fruits, flowers, honey for Oshun