Pérola Byington – Wikipédia, a enciclopédia livre
Pérola Ellis Byington | |
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Nascimento | 3 de dezembro de 1879 Santa Bárbara d'Oeste, SP, Brasil |
Morte | 6 de novembro de 1963 (83 anos) Nova Iorque, Estados Unidos |
Nacionalidade | brasileira norte-americana |
Cônjuge | Alberto Jackson Byington |
Ocupação | filantropa |
Pérola Ellis Byington (Santa Bárbara d'Oeste, 3 de dezembro de 1879 — Nova Iorque, 6 de novembro de 1963) foi uma filantropa e ativista social brasileira.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascida Pearl Ellis McIntyre, era filha de Mary Elisabeth Ellis e Robert Dickson McIntyre, imigrantes estadunidenses. Casou-se em 1901 com outro membro da colônia confederada no estado de São Paulo - Alberto Jackson Byington, um dos precursores da indústria no Brasil, com quem teve dois filhos.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Pérola encontrava-se nos Estados Unidos, onde foi responsável por uma secção da Cruz Vermelha. Já de volta ao Brasil, continuou participando de atividades filantrópicas.[1]
A partir de 1930, liderou, ao lado da professora Maria Antonieta de Castro, uma campanha de combate à mortalidade infantil denominada "Cruzada Pró-Infância", tarefa que desempenhou durante 33 anos.[3] Também dedicou-se a vários outros programas em defesa dos menos favorecidos, sobretudo crianças, tendo sido condecorada com várias comendas ao mérito.[1][2][4]
Em 1932, Pérola teve participação ativa e destacada na Revolução Constitucionalista, à frente da sua Cruzada Pró-infância atuou como voluntária no lado paulista do conflito. A Cruzada confeccionava ataduras e peças de roupas para os soldados e prestava assistência às famílias dos combatentes. Também prestava assistência social e arrecadava donativos.[5]
Em 1959 foi inaugurado o Hospital Cruzada Pró-Infância em São Paulo, que em 1963 recebeu o nome de Pérola, e dedicado ao atendimento da mulher e um núcleo de profissionalização para jovens em situação de vulnerabilidade social. O local também se tornou referência no atendimento a mulheres que sofreram violência sexual e que têm endometriose. Também em sua homenagem, em sua cidade natal, foi batizada a Avenida Pérola Byington.[1][2][5]
Pérola, município do estado do Paraná (antes, distrito do município de Xambrê), foi assim nomeado em homenagem a Pérola Ellis Byington, mãe de Alberto Byington Júnior, um dos sócios da Companhia Byington de Colonização Ltda., empresa que, a partir de 1950, adquiriu terras e colonizou a região.[6]
Em Campinas, o 64º Grupo de Escoteiros do Brasil chama-se "Pérola Byington". É bisavó da atriz Bianca Byington e da cantora Olivia Byington, mãe de Gregório Duvivier.[7]
Referências
- ↑ a b c d Centro de Referência da Saúde da Mulher - Hospital Pérola Byington
- ↑ a b c «Pérola Byington: Em prol da infância e juventude». Consultado em 21 de outubro de 2011. Arquivado do original em 15 de outubro de 2012
- ↑ Cruzada Pró-Infância
- ↑ MOURA, Marina de; A educação de crianças na revista Infância Arquivado em 2 de abril de 2015, no Wayback Machine.. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2012.
- ↑ a b «Pouco lembrada, atuação feminina foi decisiva na Revolução de 1932». Folha de S.Paulo. 8 de julho de 2018
- ↑ João Carlos Vicente Ferreira (ed.). «Municípios paranaenses: origens e significados de seus nomes» (PDF). Secretaria de Estado da Cultura. Consultado em 9 de dezembro de 2014
- ↑ Thainara Cabral (ed.). «De professora a fundadora de hospital: a história de luta da barbarense Pérola Byington». G1. Consultado em 7 de novembro de 2019
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Entrevista com Maria Elisa Botelho Byington, um das autoras do livro O Gesto que Salva (sobre Pérola Byington, avó de Maria Elisa). Por Paula Protazio Lacerda. Revista Época.
- Da geração de eletricidade aos divertimentos elétricos: a trajetória empresarial de Alberto Byington Jr. antes da produção de filmes. Por Rafael de Luna Freire. Estudos Históricos vol. 26, n°51. Rio de Janeiro, jan.-jun. de 2013 ISSN 0103-2186