Públio Minúcio Augurino – Wikipédia, a enciclopédia livre
Públio Minúcio Augurino | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 492 a.C. |
Públio Minúcio Augurino (em latim: Publius Minucius Augurinus) foi um político patrício do início da República Romana que serviu como cônsul emn 492 a.C.
Família
[editar | editar código-fonte]Embora a gente Minúcia tenha sido tradicionalmente conhecida como plebeia, sua origem é patrícia e é deste ramo de que Minúcio Augurino descende. Ele era irmão de Marco Minúcio Augurino, que serviu como cônsul em 497 e 491 a.C. Já o cognome "Augurinus" era característico de diversas famílias das gentes Genúcia e Minúcia. A palavra em si era derivada da palavra latina para "augúrio".
História
[editar | editar código-fonte]Durante seu consulado, em 492 a.C., o colega de Minúcio foi Tito Gegânio Macerino.[1] Neste ano, os cônsules tiveram que lidar com uma fome em Roma e focaram seus esforços em conseguir carregamentos de cereais de toda a Itália. A fome foi resultado direto da paralisação do trabalho dos plebeus nas fazendas durante a secessão da plebe, terminada no ano anterior.[2] Emissários foram enviados de navio para comprar cereais nas cidades costeiras da Etrúria, dos volscos e de outros povos. Como muitos vizinhos de Roma eram inimigos por causa de conflitos anteriores, emissários foram também até Cumas e a Magna Grécia. Em Cumas, conseguiram realizar a compra, mas o tirano Aristodemo, que havia sido nomeado herdeiro dos reis exilados de Roma, tomou os navios romanos como restituição pelas posses dos Tarquínios tomadas pela República Romana quando a família do rei foi exilada.[2] As tentativas romanas de comprar cereais também foi dificultada no território dos volscos, inclusive pelos Pântanos Pontinos. Por causa das guerras recentes contra Roma, os comerciantes de milho ameaçaram com violência se ele fosse vendido aos romanos. Finalmente, os cereais foram obtidos na Etrúria e levados à Roma pelo rio Tibre. Uma quantidade ainda maior foi importada no ano seguinte da Magna Grécia e a questão de como os suprimentos deveriam ser distribuídos entre os cidadãos levou ao exílio e deserção de Caio Márcio Coriolano
Também em 492 a.C., novas lutas contra os volscos ameaçaram Roma. Porém, uma epidemia se espalhou entre eles e a guerra foi evitada, mas os romanos tomaram medidas para proteger sua posição. Novos colonos romanos foram enviados para a cidade de Velitrae e uma nova colônia foi fundada em Norba
Ver também
[editar | editar código-fonte]Cônsul da República Romana | ||
Precedido por: Póstumo Comínio Aurunco II com Espúrio Cássio Vecelino II | Tito Gegânio Macerino 492 a.C. | Sucedido por: Marco Minúcio Augurino II com Aulo Semprônio Atratino II |
Referências
- ↑ Broughton 1951, p. 16-17.
- ↑ a b Martin, Chauvot & Cébeillac-Gervasoni 2003, p. 46.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- (em inglês) T. Robert S., Broughton (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. Col: Philological Monographs, number XV, volume I. New York: The American Philological Association. 578 páginas
- (em francês) Jean-Pierre, Martin; Alain, Chauvot; Mireille, Cébeillac-Gervasoni (2003). Histoire romaine. Col: Collection U Histoire. [S.l.]: Armand Colin. 473 páginas. ISBN 2-200-26587-5
- (em francês) Robert, Jacob (2006). «La question romaine du sacer». Ambivalence du sacré ou construction symbolique de la sortie du droit. PUF. Revue historique (639): 523-588
- (em inglês) Catherine, Steel; Henriette, Van der Blom (2013). Community and Communication. Oratory and Politics in Republican Rome. [S.l.]: Oxford University Press. 401 páginas