Pacto de Ouro Fino – Wikipédia, a enciclopédia livre
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O Pacto de Ouro Fino foi celebrado em 1913 por Cincinato Braga, governador de São Paulo, e Júlio Brandão, governador de Minas Gerais. O pacto fixava a alternância de políticos de São Paulo e das Minas Gerais na presidência do país, a famosa política do café com leite. Após o início do governo de Hermes da Fonseca, que tomou uma série de medidas que desagradaram os oligarcas do poder, os governadores de São Paulo e Minas resolvem fazer essa aliança que tinha como principal objetivo manter, também na presidência da república, um político que garantisse o interesse dos oligarcas desses dois estados. O que nos chamou atenção neste evento foi o fato de não se ter encontrado, na volumosa documentação existente do período, qualquer tipo de referencia provável do citado pacto, principalmente nos principais articuladores citados, nada sobre um pacto efetivo, em um local ou residência precisa em Ouro Fino, nada na documentação de Julio Bueno Brandão e Cincinato Braga, bem como em outros atores envolvidos diretamente no processo sucessório de 1914. Isto demonstra amplamente que este tipo de acordo conspiratório era banal, mais um entre tantos outros, que ocorreram frequentemente durante o inicio da república velha com o objetivo de se manter no poder no teatro das oligarquias mineiras e paulistas. Este tipo de encontro silencioso, pelo conteúdo e forma, não deixa marcas, não se revestia alguma formalidade, devendo ser relativizada sua importância e consequências. Aparentemente, teve como objetivo eliminar ou diminuir a influência política do Rio Grande do Sul, representada por Pinheiro Machado.[1] Se não se comprova a existência e local do Pacto em Ouro Fino, o que a historia comprava, é que Pinheiro Machado, a pior ameaça gaúcha contra a política dos cabrestos paulistas e mineiros de então, seria assassinado, apunhalado pelas costas por Manso de Paiva, em 8 de setembro de 1915, no Hotel dos Estrangeiros, no Rio.