Para Minha Amada Morta – Wikipédia, a enciclopédia livre
Para Minha Amada Morta | |
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Pôster promocional do filme. | |
Brasil 2016 • cor • 113 min | |
Gênero | suspense |
Direção | Aly Muritiba |
Produção |
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Elenco |
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Cinematografia | Pablo Baião |
Edição | João Menna Barreto |
Companhia(s) produtora(s) | Grafo Audiovisual |
Distribuição | Vitrine Filmes |
Lançamento | 31 de março de 2016 |
Idioma | português |
Para Minha Amada Morta é um filme de suspense brasileiro de 2016 dirigido por Aly Muritiba a partir de um roteiro do diretor em parceria com Marisa Merlo. O filme conta a história de um fotógrafo que passa a ter uma obsessão após descobrir um segredo de sua falecida esposa em uma gravação. O filme é protagonizado por Fernando Alves Pinto e Mayana Neiva e conta com as participações de Lourinelson Vladmir, Giuly Biancato e Michelle Pucci.[1]
Sinopse
[editar | editar código-fonte]O fotógrafo Fernando (Fernando Alves Pinto) torna-se um homem introspectivo e calado após a morte de sua esposa (Michelle Pucci). Em sua rotina, ele vive cercado por diversos objetos que relembram a falecida, até que um dia, ao descobrir em uma fita VHS uma surpresa, o amor de sua esposa por ele é posto em dúvida. A partir de então, ele decide investigar a verdade por trás dessas imagens que acaba fazendo com que crie uma obsessão por esse assunto.[1]
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Fernando Alves Pinto como Fernando
- Mayana Neiva como Raquel
- Lourinelson Vladmir como Salvador Fernandes dos Santos
- Giuly Biancato como Estela
- Michelle Pucci como Ana
- Vinicius Torres de Moraes Sabbag como Daniel
- Jeferson Walkiu como pastor
Produção
[editar | editar código-fonte]Com orçamento estimado em R$ 1 milhão, o filme foi produzido em parceria entre Aly Muritiba e Marisa Melo, com produção executiva de Antônio Júnior.[2] Este é o primeiro longa-metragem de ficção da carreira do diretor Aly Muritiba.[3]
Em 2013, o filme venceu o prêmio Global Filmmaking Award, no Festival de Sundance, por conta de seu roteiro. O prêmio visa fomentar a produção de novos filmes a partir de textos que são selecionados pelos membros do júri do festival. Aly Muritiba recebe 10 mil dólares para ajudar na produção do filme.[4] As filmagens do filme foram feitas na cidade de Curitiba, no Paraná.
Lançamento
[editar | editar código-fonte]O filme foi lançado no Festival de Cinema de San Sebastián, em 2015. Participou do Festival de Montreal, também em 2015, onde foi premiado com o Troféu Silver Zenith de melhor direção. Também foi selecionado para o Festival de Cinema de Brasília, onde se saiu como o grande vencedor da cerimônia de premiação. Em seguida esteve no FestAruanda e no Festival de Cinema Luso-brasileiro de Santa Maria da Feira[2]. Foi lançado comercialmente no Brasil a partir de 31 de março de 2016 pela Vitrine Filmes.
Recepção
[editar | editar código-fonte]Crítica
[editar | editar código-fonte]O filme foi bem recepcionado pelos críticos. O roteiro foi elogiado por sua construção que não opta por desfechos fáceis e trazem uma reflexão social.[5] As atuações dos protagonistas Fernando Alves Pinto e Mayana Neiva também receberam avaliações positivas, sendo os dois indicados ao Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro nas categorias de Melhor Ator e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente.[6]
No site agregador de resenhas AdoroCinema, o filme mantém uma média de 3,9 de 5 estrelas com base em 11 resenhas da imprensa.[5] O próprio site avaliou o filme com 2,5 de 5 estrelas, o que o classifica como "Regular". Em sua crítica, Bruno Carmelo escreveu: "Mesmo que o filme nunca apresente o momento de explosão anunciado desde o início, ele ainda desperta curiosidade quanto à próxima produção do diretor, que certamente possui o talento necessário para manipular as regras do gênero e as ferramentas da linguagem cinematográfica."[7]
Filippo Pitanga, do Almanaque Virtual, escreveu: "O roteiro não escolhe soluções ou desfechos fáceis, preferindo costurar relações fora do lugar comum e retribuir auto-castigos e purgatórios em vida, o que é muito pior do que qualquer morte..."[8] Em sua crítica à Folha de S.Paulo, Cássio Starling Carlos disse: "O filme é construído todo a partir de tensões. O sofrimento da traição, a intromissão na casa do amante, os desejos e provocações com a filha adolescente e a mulher do outro, uma arma, o sumiço de um cão são situações que o filme elege para criar um suspense que se acumula."[9]
Para o Papo de Cinema, Robledo Milani escreveu: "[O diretor] consegue não apenas dar conta de um roteiro muito bem amarrado, como também se revela um hábil diretor de atores, aqui envoltos em uma trama de bastante entrega e imersos em um clima imprescindível à história a ser contada."[10]
Prêmios e indicações
[editar | editar código-fonte]Ano | Associações | Categoria | Recipiente(s) | Resultado |
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2015 | Festival de Cinema de Brasília | Melhor Diretor | Aly Muritiba | Venceu |
Melhor Ator Coadjuvante | Lourinelson Vladmir | |||
Melhor Atriz Coadjuvante | Giuly Biancato | |||
Melhor Fotografia | Pablo Baião | |||
Melhor Direção de Arte | Monica Palazzo | |||
Melhor Montagem | João Menna Barreto | |||
Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira | Melhor Filme | Para Minha Amada Morta | ||
Melhor Ator | Fernando Alves Pinto | |||
Festival Internacional de Cinema de Havana | Melhor Montagem | João Menna Barreto | Indicado | |
Montréal World Film Festival | Troféu Silver Zenith | Aly Muritiba | Venceu | |
Troféu Golden Zenith | Indicado | |||
Festival de Cinema de San Sebastián | Novos Horizontes | |||
2017 | Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro | Melhor Filme | Para Minha Amada Morta | |
Melhor Diretor | Aly Muritiba | |||
Melhor Ator | Fernando Alves Pinto | |||
Melhor Atriz Coadjuvante | Mayana Neiva | |||
Melhor Roteiro Original | Aly Muritiba | |||
Melhor Montagem | João Menna Barreto | |||
Melhor Revelação do Ano | Lourinelson Vladmir | |||
Melhor Elenco | Amanda Gabriel |
Referências
- ↑ a b AdoroCinema, Para Minha Amada Morta, consultado em 25 de outubro de 2021
- ↑ a b «Para Minha Amada Morta». Consultado em 25 de outubro de 2021
- ↑ PB, Do G1 (15 de dezembro de 2015). «Filme com atriz paraibana Mayana Neiva é lançado em João Pessoa». Paraíba. Consultado em 25 de outubro de 2021
- ↑ PR, Thais KaniakDo G1 (23 de janeiro de 2013). «Longa que será rodado em Curitiba é premiado em festival internacional». Paraná. Consultado em 25 de outubro de 2021
- ↑ a b AdoroCinema, Para Minha Amada Morta: Críticas imprensa, consultado em 25 de outubro de 2021
- ↑ «22º Prêmio Guarani :: Indicados de 2016». Consultado em 25 de outubro de 2021
- ↑ AdoroCinema, Para Minha Amada Morta: Críticas AdoroCinema, consultado em 25 de outubro de 2021
- ↑ «Para Minha Amada Morta». Almanaque Virtual. 1 de abril de 2016. Consultado em 25 de outubro de 2021
- ↑ «CRÍTICA: Densidade psicológica marca 'Para Minha Amada Morta' - 31/03/2016 - Ilustrada». Folha de S.Paulo. Consultado em 25 de outubro de 2021
- ↑ «Para Minha Amada Morta». Consultado em 25 de outubro de 2021