Parque Botânico do Monteiro-Mor – Wikipédia, a enciclopédia livre
Parque Botânico do Monteiro-Mor | |
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Localização | Lumiar, Lisboa |
País | Portugal |
Tipo | Público |
Área | 11 hectares |
Inauguração | 1700 (324 anos) |
Administração | Câmara Municipal de Lisboa |
O Parque Botânico do Monteiro-Mor é um parque situado na freguesia do Lumiar, em Lisboa.[1]
Com uma área de onze hectares, o parque rodeia o Palácio do Monteiro-Mor, onde funcionam o Museu Nacional do Traje e o Museu Nacional do Teatro,[2] devendo o seu nome a este palácio.[3] Seis destes onze hectares são jardim botânico e área florestada; os restantes cinco hectares foram reconvertidos também a área florestal após terem sido usados em agricultura.
História
[editar | editar código-fonte]O jardim data do século XVIII, tendo sido mandado plantar por Pedro José de Noronha Camões de Albuquerque Moniz e Sousa, 3º Marquês de Angeja no espaço da Quinta do Monteiro-Mor. A plantação foi supervisionada por Domenico Vandelli, botânico italiano.[3]
Após a venda da Quinta do Monteiro-Mor em 1840 a D. Domingos de Sousa Holstein, 1º duque de Palmela e 1º Marquês do Faial, o parque sofreu melhoramentos, tendo sido trazidas mais espécies raras para o jardim e recebido ornamentação de estatuária. O desenho de algumas áreas seguiu o traçado típico dos jardins ingleses, populares na época. Alguns dos botânicos envolvidos nesses melhoramentos foram Friedrich Welwitsch e Jacob Weist. O parque foi dirigido por João Batista Possidónio, discípulo de Weist, até 1912.
O jardim sofreu alguma destruição após o ciclone de 15 de Fevereiro de 1941,[3] que assolou parte da Europa ocidental, incluindo toda a Península Ibérica.[4]
A quinta permaneceu propriedade da família Palmela até 4 de Fevereiro de 1975, quando foi vendido ao Estado Português, tendo sofrido diversas obras de recuperação devido à pouca manutenção que havia recebido nas décadas anteriores.[3]
Flora
[editar | editar código-fonte]O parque inclui diversas árvores antigas pertencentes aos géneros Araucaria, Sequoia, Cupressus, Acacia e Podocarpus, entre outros. Um jardim de buxo, que inclui um roseiral, existe em frente ao Museu do Teatro. Além do roseiral, diversos canteiros com flores encontram-se distribuídos pelo parque, incluindo espécimens de amaryllis, margaridas, clorofitos, pascoinhas, poinsétias, hortênsias, lírios e jarros.
Na literatura
[editar | editar código-fonte]O parque é o cenário descrito no poema "No Lumiar" de Almeida Garrett, incluído na colectânea Folhas Caídas.
Referências
- ↑ Imagem e localização no Google Maps
- ↑ «Parques e jardins de Lisboa - Câmara Municipal de Lisboa» (PDF). Consultado em 18 de novembro de 2007. Arquivado do original (PDF) em 23 de outubro de 2008
- ↑ a b c d BRAZ TEIXEIRA, Madalena (ed.) (1987). Parque do Monteiro-Mor. Lisboa: Secretaria de Estado da Cultura/Instituto Português do Património Cultural/Museu Nacional do Traje
- ↑ «El histórico temporal de febrero de 1941» (em espanhol). Consultado em 25 de Novembro de 2007
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Observação de aves no Parque do Monteiro-Mor»
- "Visita Guiada - Parque Botânico do Monteiro-Mor, Lisboa", episódio 11, 24 de maio de 2021, temporada 11, programa de Paula Moura Pinheiro, na RTP