Partido Evolucionista da Bahia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Partido Evolucionista da Bahia | |
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Presidente | João Pacheco de Oliveira |
Fundação | 1931 |
Dissolução | 1933 (2 anos) |
Sede | Salvador), BA |
Ideologia | liberalismo clássico, regionalismo |
Espectro político | direita |
Política do Brasil |
O Partido Evolucionista da Bahia foi um partido político brasileiro de base regionalista no estado da Bahia que teve brevíssima duração durante a década de 1930.[1]
Histórico
[editar | editar código-fonte]Partido de matiz regionista e liberal clássica criado pelas elites oligárquicas e setores de classe média baianas como reação à Revolução de 1930, foi um partido de oposição ao governo dos interventores federais na Bahia durante a Era Vargas presidido pelo magistrado e político baiano João Pacheco de Oliveira (senador baiano entre 1935 a 1937) que teve uma curta duração.[2][3]
Durante a sua fundação em agosto de 1931[2], o Partido Evolucionista teve como dirigentes: João Pacheco de Oliveira (presidente), José Antônio da Costa (vice-presidente), Carlos Lopes (primeiro-secretário) e o coronel Ezequiel Batista (segundo-secretário).[1]
O programa político-partidário da agremiação era caracterizado pela defesa de um retorno à ordem política anterior (a República Velha), porém com a defesa de algumas reforma de viés modernizador, com destaque para[2][1]:
- Liberalismo previsto na Constituição de 1891;
- Reforma eleitoral: Regime eleitoral que respeitasse o alistamento e a liberdade de voto;
- Reforma judiciária: Organização judiciária que assegurasse a unidade do direito e da magistratura por maiores garantias ao magistério público;
- Reforma educacional: Desenvolvimento e a uniformização do ensino;
- Reforma fiscal: Distribuição mais racional e eqüitativa das rendas públicas entre a União, os estados e os municípios;
- Proteção e amparo aos sertões interioranos, como o fornecimento de saneamento, transportes, irrigação e garantias para os indivíduos e a propriedade;
- Organização e defesa do trabalho agrícola, industrial, comercial e científico, prevendo o amparo aos operários e suas famílias;
- liberdade de imprensa: amplas garantias à imprensa e a todas as manifestações de liberdade, combatendo através da propaganda as idéias subversivas da organização da família e do direito de propriedade.
Em janeiro de 1933, nas vésperas das eleições para a Assembleia Nacional Constituinte (1933-1934), o Partido Evolucionista da Bahia se agregou com o Partido Social Democrático da Bahia (PSD)[2], com a maioria de seus antigos integrantes se filiando à referida agremiação.
Referências
- ↑ a b c «PARTIDO EVOLUCIONISTA DA BAHIA». FGV CPDOC. Consultado em 18 de janeiro de 2024
- ↑ a b c d «OLIVEIRA, JOÃO PACHECO» (PDF). FGV CPDOC. Consultado em 18 de janeiro de 2024
- ↑ Leandro R. Tonete (2017). «Os Projetos Federalistas e Centralistas na Gênese dos Partidos Políticos entre 1930 e 1933» (PDF). Anais do 29º Simpósio Nacional de História. Consultado em 18 de janeiro de 2024