Paternalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Paternalismo é o nome que dá-se a ações que limitam a autonomia e/ou a liberdade de certa pessoa ou grupo para o próprio bem destes.[1] O paternalismo também pode implicar que tal comportamento é contra, ou à revelia, da vontade da pessoa atingida, ou também, que o comportamento expressa uma atitude de superioridade perante os outros.[2] Paternalismo e paternalista são palavras que têm sido usadas em sentido pejorativo.[3] Paternalismo direcionado para adultos é avaliado às vezes como tratá-los como se fossem crianças.[4]
Certas pessoas fazem uma distinção entre paternalismo moderado e paternalismo exacerbado. John Stuart Mill dá o exemplo de uma pessoa prestes a atravessar uma ponte danificada. Neste cenário hipotético, não podemos simplesmente informar à pessoa, pois ela não fala nossa língua. De acordo com os defensores do paternalismo moderado, é correto impedir a pessoa de atravessar a ponte, para então de alguma forma avaliar se ela sabe do dano à estrutura. Se a pessoa souber, e ainda assim quiser seguir em frente, pular da ponte, e cometer suicídio, é a forma como ela deseja empregar o livre-arbítrio, e deveríamos deixá-lo fazê-lo. Já os defensores do paternalismo exacerbado defendem que, ao menos em alguns casos, temos o direito de impedir a pessoa de atravessar a ponte e cometer suicídio.[3]
Referências
- ↑ Dworkin, Gerald, "Paternalism", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Summer 2010 Edition), Edward N. Zalta (ed.)
- ↑ Shiffrin, Seana. 2000. "Paternalism, Unconscionability Doctrine, and Accommodation". Philosophy and Public Affairs 29(3): 205–50.
- ↑ a b Gerald Dworkin. «Paternalism». Stanford Encyclopedia of Philosophy
- ↑ Feinberg, Joel. 1986. Harm to Self. Oxford: Oxford University Press. p. 4