Patriotismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

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 Nota: Não confundir com Nacionalismo.
Símbolos como a bandeira e o hino nacional são usados para expressar o patriotismo.

Patriotismo é o sentimento, apenas, de devoção à pátria,[1] O Sentimento patriota é muito associado apenas ao orgulho da patria e criticado por não ir em busca de resolução de problemas e a romantização destes, isto é, banalizando seus problemas e não buscando por uma solução deles.[2] O patriotismo pode ter surgido há 2000 anos antes do nacionalismo como forma de pensamento.[3]

O termo português patriotismo tem suas origens no latim patriota, por sua vez derivado do grego πατριώτης (patriōtēs), "do mesmo país". Este, tem como radical πατρίς (patris), cujo significado é "terra natal" ou "terra paterna". Ao longo da história, o amor à pátria vinha sendo considerado um simples apego ao solo.[4]Tal noção mudou no século XVIII, que passou a assimilar noções de costumes e tradições, o orgulho da própria história e a devoção ao seu bem-estar.[5]

O historiador Lord Acton, afirmou que patriotismo prende-se com os deveres morais que temos para com a comunidade política.[5][6] Como quase todos os conceitos políticos e filosóficos, também o patriotismo é alvo de inúmeras conceptualizações conflituantes que, segundo Alasdair MacIntyre, ocorrem num espectro que tem num extremo a ideia de que o patriotismo é uma virtude e, noutro, que é um vício. Resumidamente, pode-se definir o patriotismo como o amor pelo próprio país, identificação com este e preocupação com os nossos compatriotas. Não é despiciendo referir a comum sobreposição e confusão com o nacionalismo, pelo que importa salientar a distinção que Lord Acton opera, afirmando que o nacionalismo está ligado à raça, algo que é meramente natural e físico, enquanto o patriotismo se prende com os deveres morais que temos para com a comunidade política.

Há diferentes tipos de patriotismo, e diferentes pessoas que são patriotas, diferentes maneiras de mostrar como são devotos ao seu lugar de origem:

  • Cultura: cantores, compositores e poetas, que são famosos no mundo inteiro, espalham o encanto do país em que vivem;
  • Guerra: pessoas que se oferecem ou são rigorosamente selecionadas para defenderem seu país em uma guerra.
  • Desportos: Existe grande parte da população que tem orgulho de sua pátria quando ela está representada por atletas do seu país em competição.

Diferença entre nacionalismo e patriotismo

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Ver artigo principal: Nacionalismo

Muitas vezes, o nacionalismo é confundido com patriotismo. O nacionalismo tem várias acepções, entre elas:

  • Autogoverno;
  • Autodeterminação e o sentimento de pertencer a um grupo por vínculos raciais, linguísticos e históricos, que reivindica o direito de formar uma nação autônoma;[7]

O Nacionalismo considera mais a resolução de problemas e manter a independência e integridade da nação do que a exaltação de símbolos patriotas[7] Agora, ser um patriota implica apenas em amar a sua nação apesar e independe dos problemas dela:[3] O Dr. Sun Yat-sen, fundador da República da China e do Kuomintang, afirma que a falta de nacionalismo é prejudicial para a identidade de um povo e que nacionalismo não é discriminar outros povos, mas sim se defender deles apenas e manter a integridade nacional.[8]

O patriotismo é também objeto de profundas críticas desde pelo menos o século XVIII, sobretudo pela manipulação desta e daqueles que a professam em nome de interesses e ideologias específicos. Sobre isso, é famosa a frase de Samuel Johnson de que "o patriotismo é o último refúgio do canalha".[9]

Referências

  1. Patriotismo, Infopédia (Em linha), Porto Editora, Porto, 2003-2013 (Consult. 2013-07-30)
  2. Grubba, Leilane Serratine; Corrêa, Angélica da Silva (4 de fevereiro de 2019). «A banalização da pobreza no Brasil a partir das concepções de Amartya Sem / The trivialization of poverty in Brazil from the conceptions of Amartya Sen». Revista de Direito da Cidade (1): 237–258. ISSN 2317-7721. doi:10.12957/rdc.2019.35787. Consultado em 15 de julho de 2024 
  3. a b «Patriotism». Britannica 
  4. Jan Tinbergen, RIO: Reshaping the International Order: A Report to the Club of Rome (1976). ISBN 0-525-04340-3
  5. a b Samuel de Paiva Pires, «Do patriotismo e da nação portuguesa», Diário Digital
  6. Patriotism, Stanford Encyclopedia of Philosophy, (Acton 1972, 163)
  7. a b «Nationalism». Britannica 
  8. «Três Princípios do Povo - San Min Chu I». www.marxists.org. Consultado em 15 de julho de 2024 
  9. Boswell, James (1986). The Life of Samuel Johnson. New York: Penguin Classics. ISBN 0-14-043116-0 
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