Pedra Elefantina – Wikipédia, a enciclopédia livre
Pedra Elefantina | |
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Pedra Elefantina, segundo maior maciço de granito do mundo. Vista a partir do Córrego da Cachoeira. | |
Coordenadas | |
Altitude | 999[1] m (3 277,56 pés) |
Localização | Rio de Janeiro e Minas Gerais — Brasil |
A Pedra Elefantina é um dos picos localizados no limite entre os municípios de Porciúncula e Antônio Prado de Minas, célebre no Brasil por ter sido considerado como o segundo maior monólito maciço de granito do mundo, sendo comparado a montanha El Capitan, nos Estados Unidos.[2][3][4][5]
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a montanha possui 999 metros de altitude e encontra-se na divisa estadual do Rio de Janeiro com Minas Gerais;[1] apesar de outros sites informarem ter 992 metros de altitude. O maciço rochoso tem cerca de 3 milhões de m².[2][4]
Localização
[editar | editar código-fonte]Situa-se entre os povoados de Pangarito, na comunidade rural de Água Limpa, no município de Antônio Prado de Minas; e o povoado de Dona Emília, no município de Porciúncula.[2][1] Cerca de 70% da pedra pertencem ao município de Antônio Prado de Minas, já os 30% restantes pertencem ao município de Porciúncula.[2]
Toponímia
[editar | editar código-fonte]O nome deriva-se do fato de, à distância, a montanha assemelhar-se ao formato do elefante; há uma tromba bem definida, uma ranhura na rocha que lembra o traço da boca, e dois olhos que são cavernas no maciço rochoso. A figura do elefante é avistada do lado fluminense, no município de Porciúncula.[2][4]
Ainda, segundo o geógrafo Alberto Ribeiro Lamego, a Pedra Elefantina -"com sua lombada polida e negra"- teria sido inspiração para o nome do município de Itaperuna, quando em 6 de dezembro de 1889 foi a vila elevada à condição de cidade, recebendo o nome atual, cuja etimologia indígena é dada como significando "pedra preta"; aquela época o imponente maciço rochoso ainda pertencia ao território deste município.[6] A referida Pedra Elefantina é parte integrante do Brasão de Armas do município de Itaperuna, criado em 1960 por Alberto Fioravante, especialista em Heráldica nascido em Muqui.[7]
Alpinismo e excursionismo
[editar | editar código-fonte]A Pedra Elefantina pode ser escalada por algumas vias nos paredões laterais. Do alto, vê-se paisagens de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.[2][3][4]
Em torno da Pedra Elefantina, há uma estrada não pavimentada, que em boas condições, pode-se completar o circuito em 40 minutos, permitindo identificar sua estrutura com o formato de um elefante. Do lado fluminense, ainda é possível percorrer trilhas e grutas que existem em meio à Mata Atlântica do entorno da Pedra Elefantina.[2][3][4]
A prefeitura de Antônio Prado de Minas começou a se preparar, em 2015, para explorar e utilizar os atrativos deste bem paisagístico natural, tendo como marco inicial o Inventário Turístico e o evento de mountain bike denominado Pradobike que levou dezenas de ciclistas a percorrerem a área rural do município cincundando a Pedra Elefantina.[2]
Meio ambiente
[editar | editar código-fonte]No município de Porciúncula, a Pedra Elefantina situa-se dentro dos limites da APA Ribeirão Perdição, criada em 2013 e que conta com 38 remanescentes florestais de Mata Atlântica que, somados, correspondem a 25,4% da área protegida de 6.141 hectares. Além da Pedra Elefantina, estão dentro da APA, a rampa de voo livre, Fazenda Moto Contínuo, Fazenda do Alambique, Cachoeira do Zé Lima, antiga Estação Ferroviária de Dona Emília, entre outros locais de igual importância para o município.[8][9][10][11]
Geologia
[editar | editar código-fonte]Os monólitos geológicos são, geralmente, resultado da erosão que normalmente expõe essas formações, que são na maioria das vezes feita de rochas muito duras de origem metamórficas ou ígneas. A Pedra Elefantina seria integrante das serras que formariam um dos degraus da Serra da Mantiqueira no Norte Fluminense , cujo abrupto paredão tem toda a verossimilhança de uma grande falha geológica.[12]
Referências
- ↑ a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE (1979). «Porciúncula. Folha topográfica SF-23-X-B-VI-4. Escala: 1:50 000». Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ a b c d e f g h www.minasgerais.com.br - Secretaria de Turismo e Cultura de Minas Gerais. «Pedra Elefantina». Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ a b c Mapa de Cultura do Estado do Rio de Janeiro - Secretaria de Estado de Cultura. «Pedra Elefantina». Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ a b c d e «Pedra Elefantina». Universidade Federal do Espírito Santo-Departamento de Geologia. Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ Prefeitura Municipal de Antônio Prado de Minas. «Dados Gerais do Município de Antônio Prado de Minas: Turismo». Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ LAMEGO, Alberto (1963). O Homem e a Serra (PDF) 2ª edição ed. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE. p. 290. 454 páginas. ISBN 9788524039492. Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ BELLIENY, Nino. «Quem fez o Brazão de Itaperuna». jornal Folha da Manhã. Consultado em 13 de julho de 2020
- ↑ Conexão Noroeste (9 de maio de 2013). «Ambiente protegido em Porciúncula». Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ Projeto Proteção da Mata Atlântica. «Planos Municipais da Mata Atlântica - Rio de Janeiro/UNIDADES MUNICIPAIS DE CONSERVAÇÃO CRIADAS». Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ IDG-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO E GESTÃO. «TERMO DE REFERÊNCIA PARA SOLICITAÇÃO DE PROPOSTA/CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA FORNECIMENTO DE VEÍCULO AUTOMOTOR» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ IDG-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO E GESTÃO. «RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO FUNDO DA MATAATLÂNTICA» (PDF). p. 28. Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ LAMEGO, Alberto (1963). O Homem e a Serra (PDF) 2ª edição ed. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE. p. 82. 454 páginas. ISBN 9788524039492. Consultado em 12 de julho de 2020