Pemons – Wikipédia, a enciclopédia livre
Pemom | |||||||||
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Línguas | |||||||||
Língua macuxi, língua taurepang, língua arekuna e língua kapón | |||||||||
Religiões | |||||||||
Grupos étnicos relacionados | |||||||||
Caribe |
Os pemons são um grupo étnico-linguístico vinculado à família linguística caribe. Hoje, os povos pemons (ou pemón, na grafia em espanhol) distribuem-se pelo sudeste do estado venezuelano de Bolívar, nas regiões da Gran Sabana, no Parque Nacional Canaima, e ao longo tríplice fronteira Venezuela-Guiana-Brasil, onde abrange também a extensão noroeste do estado brasileiro de Roraima[1].
O nome pemom significa "pessoa" em algumas línguas destes povos e a palavra pode se referir tanto ao grupo étnico quanto ao conjunto línguas de mesma filiação genética faladas por esses povos. Apesar de a língua Kapón pertencer ao grupo pemom, o povo que a fala se autodenomina Kapón[2].
Povo
[editar | editar código-fonte]Etnicamente, os antropólogos subdividem os pemons em 4 povos diferentes: os Arekuna, os Kamarakoto, os Taurepang (em espanhol Taurepán) e os Macuxi [3]. Na Venezuela, a população pemom em 2011 somava aproximadamente 30.148 indivíduos[4]. No Brasil, autodenominados Taurepang, contabilizavam cerca de 792 indivíduos em 2014 [3]. Na Guiana, onde são conhecidos como Patamóna ou Akawaio (mas se autodenominam Kapón)[2] a população consta de 4.700 indivíduos[5].
Língua
[editar | editar código-fonte]Os linguistas classificam as línguas faladas por estes povos em um grupo chamado Pemóng (dentro do ramo venezuelano da família caribe), que compreende os grupos menores capongues, pemons e macuxis [6].
A língua Kapón distingue-se internamente entre as variações Akawaio, Patamuna (ou Pantamóna) e Ingarikó. Já a língua pemom varia dialetalmente entre os mutuamente inteligíveis dialetos Taurepang, Arekuna e Kamarakoto[6]. Enquanto Taurepang e Arekuna parecem guardar grande semelhança, ambos se distanciam do Kamarakoto, o que leva estudiosos a acreditar que os três talvez sejam na verdade apenas duas variações geográficas, dialetalmente bem definidas[2]. O Macuxi, por sua vez, permanece sem subdivisões dialetais.
No Brasil, há cerca de 580 falantes do dialeto taurepang ou taurepang. Outros estudos apontam 900 falantes do dialeto ingarikó e 90 do Patamóna[7].
Referências
- ↑ Cruz, Alessandra; Aleixo, Felipe (2020). Roraima entre línguas : contatos linguísticos no universo da tríplice fronteira do extremo-norte brasileiro. Boa Vista: Editora da UFRR. p. 80
- ↑ a b c QUEIXALÓS; LESCURE (2000). As linguas amazonicas hoje. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b Instituto Socioambiental. Povos indígenas do Brasil. Taurepang. por Geraldo Andrello.
- ↑ «Censo 2011 Redatam»
- ↑ «UNESCO/JLU - Caribbean Indigenous and Endangered Language, The University of West Indies at Mona»
- ↑ a b Gildea, Spike (16 de janeiro de 2012). «Linguistic studies in the Cariban family». In: Campbell, Lyle; Grondona, Veronica. The Indigenous Languages of South America: A Comprehensive Guide (em inglês). Berlin, Boston: De Gruyter Mouton. p. 445
- ↑ Rodrigues, Aryon Dall’Igna (2013). «Línguas indígenas brasileiras» (PDF). Brasília, DF: Laboratório de Línguas Indígenas da UnB. Consultado em 11 de abril de 2020
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Ethnologue: Pemon. (em inglês)
- Taurepang: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Taurepang