Philippe Jullian – Wikipédia, a enciclopédia livre
Philippe Jullian | |
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Nascimento | Philippe Simounet 11 de julho de 1919 Bordéus, França |
Morte | 25 de setembro de 1977 (58 anos) Senlis, França |
Nacionalidade | França francesa |
Ocupação | escritor, ilustrador |
Philippe Jullian (nascido Philippe Simounet, 1919 – 1977)[1] foi um ilustrador, historiador de arte, biógrafo, esteta, romancista e dândi francês.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Jullian nasceu em Bordéus em 1919. Seu avô materno era o historiador Camille Jullian, conhecido por sua obra em vários volumes sobre a região da Gália, sua mãe se casou com um homem chamado Simounet, um veterano de guerra cuja vida terminou na pobreza e cujo nome Philippe rejeitou em favor de seu mais ilustre avô.[3]
Jullian estudou literatura na universidade, mas largou para se dedicar ao desenho e pintura. Em seus últimos anos, residiu na Inglaterra mas regularmente passava os invernos na África. Ele também viajou extensivamente através da Índia e do Egito.
Obras
[editar | editar código-fonte]Um de seus primeiros trabalhos oficialmente reconhecido foi o rótulo para o famoso vinho de Château Mouton Rothschild em 1945, em memória da vitória da Segunda Guerra Mundial sobre a Alemanha.
As ilustrações dos livros de Jullian são espirituosas, ornamentadas, e muitas vezes grotescas. Ele produziu ilustrações para seus próprios livros, bem como obras de Honoré de Balzac, Colette, Fiódor Dostoiévski, Ronald Firbank, Marcel Proust e Oscar Wilde[2], entre outros. Seus livros e artigos sobre Art nouveau, Simbolismo e outros movimentos artísticos do fin de siècle ajudaram a trazer um renascimento do interesse no período. Entre eles incluem a biografia de Robert de Montesquiou (1965), Prince of Aesthetes (1967), Esthétes et Magiciens (1969), Les Symbolistes (1973), e The Triumph of Art Nouveau (1974). Em 1975, ele publicou sua autobiografia, La Brocante.
As obras de ficção de Jullian tratam de decadência, sensualidade e temas macabros. Ele explorou os temas do homoerotismo, sadomasoquismo, travestismo e a vida estética. Seu dom para a sátira é evidente tanto na ficção como em La Fuite en Egypte (1968) e em suas obras de sátira social, incluindo Dictionnaire du Snobisme , Les Collectioneurs (1967), e mais notavelmente a sua colaboração com o romancista britânico Angus Wilson, For Whom the Cloche Tolls: A Scrap-Book of the Twenties (1953), que ele também ilustrou.
Outros livros incluem Montmartre (1977) e Les Orientalistes (1977), obras de história da arte e biografias de Eduardo VII (1962), Wilde (1967), Gabriele d'Annunzio (1971), Jean Lorrain (1974), Violet Trefusis (1976), e Sarah Bernhardt.
O jornal de Jullian, Le journal 1940-1950 (publicado em 2009) documenta suas experiências e as respostas para a ocupação da França pela Alemanha nazista. Em 22 de março de 1944, ele escreveu:
“ | Os 20 dias que passei no país foram bastante agradáveis, e não tenho prazer em voltar para Paris. Sentem-se terrivelmente cansados de se sentirem irritados o tempo todo. O clima é tenso com ataques, e o medo de embarques para a Alemanha. Um período incerto, covarde para aqueles que não são heróis. | ” |
Morte
[editar | editar código-fonte]Jullian cometeu suicídio em 1977.[5]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Edward and the Edwardians. Sidgwick & Jackson. (1967)
- The Flight into Egypt Elek Books. (1970)
- For Whom the Cloche Tolls Martin Secker & Warburg Ltd (1973)
- D'Annunzio
- The Collectors
- Dreamers Of Decadence: Symbolist Painters of the 1890s
- The Orientalists: European Painters of Eastern Scenes
- De Mayer
- Le Style Louis XVI
- Le Style Second Empire
- Violet Trefusis: A Biography. Harvest. New edition (1985).
- Oscar Wilde (Biography & Memoirs). Constable and Robinson. New edition (1994).
Referências
- ↑ «Philippe Jullian - Biographie, bibliographie, livres, contributions» (em francês). librairiedialogues.fr. Consultado em 2 de dezembro de 2012
- ↑ a b «Philippe Jullian». dictionaryofarthistorians. Consultado em 2 de dezembro de 2012
- ↑ Ian Burama, "Occupied Paris: The Sweet and the Cruel," New York Review of Books 56 (17 de dezembro de 2009), edição online
- ↑ Como citado por Burama, "Occupied Paris"
- ↑ «Philippe Jullian, connoisseur of the exotic». johncoulthart. 13 de dezembro de 2010. Consultado em 2 de dezembro de 2012
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Philippe Jullian».