Picassos Falsos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Picassos Falsos
Informações gerais
Origem Rio de Janeiro
País Brasil
Período em atividade 1985-1990
2001-presente
Integrantes Humberto Effe (voz e violão)
Gustavo Corsi (guitarra, violão e cavaquinho)
Ex-integrantes Caíca (baixo)
Zé Henrique (baixo)
BomBom (baixo)


Picassos Falsos é uma banda brasileira surgida em 1985 no Rio de Janeiro.

A banda foi uma das pioneiras, na geração dos anos 1980, em misturar rock, soul e funk com baião, afoxé, ijexá, maracatu, coco e samba, algo que só viria a ser comum na música brasileira a partir dos anos 1990, com artistas como Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A.

A banda fez sucesso com canções como "Carne e Osso", "Quadrinhos", "Bolero" e "Rio de Janeiro".

A banda nasceu com o nome de O Verso, em 1985, no bairro carioca da Tijuca, apresentando-se em espaços undergrounds e bares na cidade do Rio de Janeiro. Na primeira formação pós O Verso, constavam Humberto Effe (voz), Abílio Azambuja (bateria), Gustavo Corsi (guitarra) e Caíca (baixo). Inspirando-se no título de uma canção da banda Brasil Palace, o grupo passou a se chamar Picassos Falsos em 1986.

No ano seguinte, o quarteto grava uma fita demo produzida por Alvin L. e financiada por Maurílio Meireles, dono da loja de discos Subsom. Duas das canções registradas (a terceira foi "Idade Média"), "Carne e Osso" (Abílio, Caíca, Luiz Gustavo e Humberto Effe) e "Quadrinhos" (Pequinho e Humberto Effe), entraram na programação da rádio Fluminense FM, emissora responsável pelo lançamento de grupos como Paralamas do Sucesso, Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens e Legião Urbana. Ao ouvir as canções da banda na rádio, o jornalista e produtor José Emílio Rondeau interessou-se pelo som do Picassos Falsos e agenciou um contrato com o selo Plug, braço roqueiro da gravadora BMG/Ariola (antiga RCA).

Em 1987, é lançado o primeiro LP, Picassos Falsos, já com o baixista Zé Henrique no lugar de Caíca. "Quadrinhos" e "Carne e Osso" têm boa execução nas rádios cariocas e de Belo Horizonte. "Quadrinhos" também entrou para a trilha sonora do programa Armação Ilimitada, da Rede Globo. A música "Carne e osso" incluía uma citação do samba "Se você Jurar", de Ismael Silva.[1] Em meados de 1987, Zé Henrique deixa o Picassos Falsos e é substituído por Bombom, ex-Kongo e futuro Conexão Japeri do cantor Ed Motta.

Com o segundo disco, Supercarioca, lançado em 1988, a banda radicalizou o conceito de misturar rock com música brasileira. Apesar de não ter feito o mesmo sucesso que o disco anterior, o LP é tido até hoje pela crítica e por artistas como um dos trabalhos mais inovadores da geração 80 do rock brasileiro. Também lançado pelo selo Plug, o álbum marcou a entrada do novo baixista Luiz Henrique Romagnoli. O disco incluiu composições inspiradas pelas tragédias decorrentes dos temporais que assolaram a cidade do Rio de Janeiro naquele ano. O LP trouxe também citações de canções de Noel Rosa e Jimi Hendrix. Outras composições que se destacaram deste mesmo disco foram: "Wolverine" (Luiz Henrique, Abílio, Luiz Gustavo e Humberto Effe), "O homem que não vendeu sua alma" (Luiz Henrique, Abílio, Luiz Gustavo e Humberto Effe), "Rio de Janeiro" (Luiz Gustavo e Humberto Effe), "Retinas", "Sangue" e a faixa-título, "Supercarioca", também de autoria de Humberto Effe. O ijexá "Fevereiro" e os samba-rocks "Verões" e "Fevereiro 2" aproximavam mais o quarteto das tradições da música brasileira.

Em 1990, o grupo se separou. Humberto Effe dedicou-se à carreira solo, gravando um CD pela Virgin; Gustavo Corsi (Luiz Gustavo) seguiu a carreira de músico profissional, tocando com artistas como Ivo Meirelles, Claudio Zoli e Marina; Romanholli formou o Cruela Cruel com Cesar Nine (ex-Coquetel Molotov e futuro Finis Africae), Fernando Magalhães (Barão Vermelho) e Pedro Serra (ex-Ao Redor da Alma e futuro Cordel Elétrico e Estranhos Românticos); Abílio tocou com Ivo Meireles e Teresa Cristina.

A banda volta à atividade em 2001[2][3]. Em 2004, lança seu terceiro disco, Novo mundo, pelo selo Psicotrônica.[4][5] Em novembro do mesmo ano, a banda participa do TIM Festival, um dos mais importantes eventos de música do Brasil, tocando no palco principal, abrindo a noite do dia 6, sábado, para a cantora PJ Harvey e o grupo Primal Scream.[6]

Em 2016, Picassos Falsos lança seu quarto álbum, Nem tudo pode se ver, produção independente lançada a partir de financiamento coletivo.[7]

  • Humberto Effe (voz e violão)
  • Gustavo Corsi (guitarra, violão e cavaquinho)
  • Romanholli (baixo)
  • Abílio Azambuja (bateria)

Ex-integrantes

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  • Picassos Falsos (1987)
  • Supercarioca (1988)
  • Picassos + Hojerizah (1994)
  • Picassos Falsos Hot 20 (1999)
  • Novo Mundo (2004)
  • Supercarioca 25 Anos (2014)
  • Nem Tudo Se Pode Ver (2017)

Referências

  1. «Picassos Falsos». CliqueMusic. Consultado em 4 de março de 2011 
  2. Fonte: Site externo
  3. Outro site
  4. «Picassos Falsos retorna após 16 anos de silêncio». Terra Networks. Consultado em 4 de março de 2011 
  5. Tavares, Tatiana (28 de junho de 2004). «Novidades musicais». Omelete. Consultado em 25 de setembro de 2023 
  6. http://www.dicionariompb.com.br/picassos-falsos/dados-artisticos
  7. «Álbum 'Nem tudo pode se ver' renova mistura brasileira do Picassos Falsos | G1 Música Blog do Mauro Ferreira». Mauro Ferreira. 6 de junho de 2017. Consultado em 25 de setembro de 2023 

Ligações externas

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