Pirro II de Epiro – Wikipédia, a enciclopédia livre
Pirro II de Epiro | |
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Nascimento | 271 a.C. Épiro |
Morte | 234 a.C. |
Progenitores | |
Filho(a)(s) | Pyrrhus III, Laodâmia, Nereis of Epirus |
Irmão(ã)(s) | Ptolemeu de Epiro, Fítia |
Pirro (reinou em c.219 a.C.[1]) chamado por alguns historiadores modernos de Pirro II de Epiro e por outros de Pirro III de Epiro,[Nota 1] foi rei do Epiro por um breve período. Ele era neto do famoso inimigo de Roma, Pirro.
Pirro foi um dos três filhos de Olímpia e Alexandre. Os textos antigos não mencionam quem eram os pais de Olímpia, mas possivelmente ela era filha de Pirro e Antígona, enteada de Ptolemeu I Sóter.[2] Alexandre era filho de Pirro e Lanassa, filha do tirano siciliano Agátocles.[3]
Olímpia foi casada com seu irmão, Alexandre II de Epiro, e teve três filhos, Pirro, Ptolemeu e Fítia.[4]
Pirro teve duas filhas, Deidâmia[1][Nota 2] e Nereida.[5][6]
Quando Alexandre morreu, Olímpia tornou-se guardiã dos filhos Pirro e Ptolemeu e, como os etólios queriam tomar parte da Acarnânia, procurou a aliança de Demétrio II da Macedônia.[4] Demétrio II da Macedônia já estava casado com uma irmã de Antíoco II Theos,[Nota 3] que, divorciada, foi até Antíoco II Theos, para que este fizesse guerra contra seu ex-marido.[4]
Os acarnânios, sem confiar no apoio do Epiro, pediram ajuda à Roma contra os etólios,[4] mas os etólios menosprezaram os romanos, porque eles haviam recentemente sido saqueados pelos gauleses e estavam sofrendo as consequências da Guerra Púnica, enquanto os etólios haviam resistido aos gauleses durante a invasão gaulesa da Grécia e menosprezaram os macedônios, mesmo quando seus reis eram Filipe e Alexandre, e continuaram o ataque contra o Epiro e a Acarnânia.[7]
Olímpia entregou o reino aos seus filhos, e Ptolemeu tornou-se rei após a morte do irmão Pirro.[6] Segundo Pausânias, Pirro era filho de Ptolemeu, e este era filho de Alexandre, filho de Pirro.[8] Ptolemeu morreu de doença quando liderava suas tropas para a guerra, e logo depois Olímpia morreu, triste pela perda dos dois filhos.[6] Com a morte de Pirro, a linhagem patrilineal se extinguiu, mas sua filha Deidâmia sucedeu no trono.[1]
Os últimos sobreviventes da família real foram a jovem princesa Nereida e sua irmã Laodâmia; Nereida estava casada com Gelão II, filho do rei de Siracusa[Nota 4] mas Laodâmia fugiu para o altar de Diana, e foi assassinada pelo tumulto popular; seu assassino, Milon, ficou louco e se matou doze dias depois.[6]
Notas e referências
Notas
- ↑ A numeração dos reis antigos não é consensual entre historiadores. Thomas Dobson (1798) e a Encyclopedia Perthensis (1816), por exemplo, chamam Pirro, filho de Aquiles, de Pirro I, e o inimigo de Roma de Pirro II. Outros, porém, não incluem o filho de Aquiles como Pirro I.
- ↑ As fontes antigas chamam esta princesa de Deidâmia e de Laodâmia.
- ↑ Estratonice foi esta esposa de Demétrio II da Macedônia.
- ↑ Gelão II reinou junto com seu pai, Hierão II, tirano (ou rei) de Siracusa, mas morreu antes do pai.
Referências
- ↑ a b c Arnold Hermann, Ludwig Heeren, David Alphonso Talboys, A manual of ancient history: particularly with regard to the constitutions, the commerce, and the colonies of the states of antiquity (1829), p.272 [google books]
- ↑ Chris Bennett, Ptolemaic Dinasty, Antigone [em linha]
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pirro, 9.1 [em linha]
- ↑ a b c d Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 28.1 [la] [en] [en] [fr] [ru]
- ↑ Políbio, Histórias, 7.4.4 [em linha]
- ↑ a b c d Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 28.3 [la] [en] [en] [fr] [ru]
- ↑ Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 28.2 [la] [en] [en] [fr] [ru]
- ↑ Pausânias, Descrição da Grécia [em linha]