Polícia do Estado (Itália) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Polícia do Estado (Itália)
Polícia do Estado (Itália)
Visão geral
Nome completo Polizia di Stato
Sigla PdS
Fundação 1852 (172 anos)
Tipo Força policial civil
Subordinação Governo da Itália - Departamento de Segurança Pública
Direção superior Direção Geral da Polizia di Stato
Chefe Chefe de Polícia
Estrutura operacional
Sede Roma
 Itália
Força de elite NOCS - Nucleo Operativo Centrale di Sicurezza
Empregados 115.962 (2005)
Página oficial
http://www.poliziadistato.it

A Polícia do Estado (Polizia di Stato ou PdS) é uma força nacional de polícia italiana, de estatuto civil e disciplina militarizada, responsável pela prestação do serviço geral de polícia na Itália, nos ramos de polícia judiciária e policiamento ostensivo uniformizado, este, nas modalidades de patrulhamento rodoviário, ferroviário, aeroportuário, alfandegário (junto com a Guardia di Finanza), fluvial, bem como, de apoio às guardas municipais.

Tem a sua origem no Corpo da Guarda da Segurança Pública, criada pela Lei nº 1.404, de 11 de julho de 1852, com unidades em Turim e Gênova. A Lei nº 3.720, de 13 de novembro de 1859 estendeu a competência a todo o Estado, menos a Toscana.

Está subordinada ao Departamento de Segurança Pública (Dipartimento della Pubblica Sicurezza), não se confundindo com os Carabinieri, a gendarmeria italiana, e a Guardia di Finanza, ambas organizações militares.

Pode ser considerada a congénere italiana da Polícia de Segurança Pública Portuguesa

Carro patrulha

Organização

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Serviço marítimo

A Direção Geral da Polizia di Stato está localizada em Roma e o seu dirigente máximo é denominado Capo della Polizia ou Chefe de Polícia. A Força tem uma organização nacional, regional e provincial. Nas cidades principais a repartição policial da PdS se denomina Questura e a autoridade policial que a chefia é chamada de Questore. Nas cidades de menor importância as unidades policiais são dirigidas pelo Vice Questore Aggiunto ou pelo Commissario Capo, Existem, ainda, projeções policiais nos distritos.

Operações especializadas

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Cerca de 24.000 policiais, quase um quarto do efetivo da PdS está empregado nos setores de Polícia Rodoviária, Polícia Ferroviária, Polícia Postal e de Telecomunicações e Polícia de Fronteiras e Imigração.

Polícia Rodoviária

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A Polizia Stradale patrulha 7.000 quilômetros de autoestradas na Itália. Sua missão é a prevenção e detecção de infrações de trânsito, proteção e controle das rodovias, apuração dos acidentes rodoviários, planejamento dos serviços afetos à sua área, operações de salvamento, escolta, cooperação para a coleta de dados estatísticos. Ainda tem a disposição Lamborghinis.

Polícia Ferroviária

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A Polizia Ferroviaria policia e dá segurança aos passageiros e seus pertences nos trens e estações da rede ferroviária italiana. Faz o controle das mercadorias perigosas e a prevenção contra a presença de vadios nas composições ferroviárias e estações. Conta com a significativa cooperação das companhias ferroviária do estado para a execução do seu trabalho.

Correios e Telecomunicações

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A Polizia Postale investiga todos os crimes em que a utilização das telecomunicações é o seu “modus operandi”. Por exemplo, a atividade dos “hackers”, a difusão “on line” da pornografia infantil, fraudes com cartões de crédito, contaminação de sistemas através da difusão de vírus e pirataria de “software”.

O Agusta-Bell AB-212

Imigração e Polícia de Fronteiras

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O controle do fluxo imigratório na Itália é realizado pelo Departamento de Segurança Pública através da Polizia di Frontiera, dando cumprimento aos regulamentos que disciplinam a entrada e permanência de estrangeiros. O serviço tem uma abrangência tanto em nível central como local e é executado por policiais nas fronteiras terrestres, aéreas e marítimas do território nacional. O serviço é responsável pelo controle dos passaportes, vistos de permanência e prevenção e controle da imigração ilegal, com a Guardia di Finanza. Incluí-se dentre os seus serviços a segurança dos aeroportos.

Unidades móveis

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A PdS mantêm em 13 principais cidades italianas bases de unidades especiais que podem ser despachadas para qualquer ponto do pais para a manutenção da ordem ou operações de resgate em áreas atingidas por desastres naturais. Essas unidades contam com pessoal selecionado, especialmente treinado e equipado para o desempenho dessas missões específicas. Nesse grupo se incluem o esquadrão antibomba, destacamentos de montanha, unidades de cães e unidades marítimas e aéreas.

Unidade especial NOCS em desfile do Dia da República - Roma

Polícia antiterrorismo

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A polícia antiterrorismo é um ramo da Diretoria Central da Polícia Antiterrorismo e da DIGOS –Divisione Investigazioni Generali e Operazioni Speciali.

A Diretoria Central tem dois departamentos: um é o responsável pela coleta e análise de informações, enquanto o outro desenvolve e coordena investigações direcionadas à prevenção e luta contra o terrorismo.

O Nucleo Operativo Centrale di Sicurezza - NOCS é um grupo de operações especiais de segurança, tipo SWAT, que integra esse segmento policial.

Formação e treinamento

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Turma de Comissários Aspirantes do Istituto Superiore di Polizia

Os candidatos à carreira são encaminhados para a Academia de Polícia e os policiais veteranos para os cursos avançados de especialização. A corporação tem cursos de treinamento básico para policiais recém admitidos, para técnicos operadores, para instrutores, pilotos, treinadores de cães, cavaleiros e cursos comunitários destinados a estreitar o relacionamento entre os cidadãos e a polícia.

Os Commissarios, são os chefes da Polizia di Stato. São egressos tanto da própria carreira policial, quanto de cidadãos do povo.[1] É exigindo como pré-requisito para o cargo, a formação superior num dos seguintes cursos:[2] Ciências da Administração Pública, Economia, Direito (giurisprudenza), Ciências Econômicas e Empresariais, ou Ciência Política.[1] O candidato pode ainda possuir qualquer curso superior, mais o grau de mestrado em: Economia, Administração Pública, Direito ou Ciências empresariais.[3]. A idade máxima para ingresso é 32 anos de idade. Contudo, quando o candidato é egresso dos próprios quadros da polícia, tal exigência é dispensada.[4]

Referências

Ligações externas

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