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Ponte do Estreito de Malaca
Ponte do Estreito de Malaca
Localização do estreito de Malaca
Data de abertura sem data prevista
Comprimento total 48 km
Geografia
Cruza Estreito de Malaca
Localização Malásia - Telok Gong, Masjid Tanah, Malaca
Indonésia - Makeruh, Ilha Rupat, Dumai, Riau

A Ponte do Estreito de Malaca (em indonésio: Jembatan Selat Malaka, em malaio: Jambatan Selat Melaka ou Jembatan Selmal) é uma ponte internacional em estudo e que se situaria sobre o estreito de Malaca, ligando Malaca (Malásia Peninsular) a Riau (primeiro à ilha Rupat e depois à ilha de Samatra, Indonésia).[1] O projeto foi submetido à aprovação dos governos malaio e indonésio e deve levar 10 anos para ser concluído. Depois de concluída, a ponte, de 48 km, será a ponte com a mais longa travessia marítima do mundo. O projeto terá duas pontes estaiadas e uma ponte pênsil, e ambas as categorias serão as mais longas pontes do mundo.[2]

Durante uma visita à Alemanha em março de 2013, o então presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, disse que a construção da ponte planeada sobre o Estreito de Sonda teria prioridade. Yudhoyono disse que quatro anos antes havia rejeitado um pedido da Malásia para ajudar a construir a ponte sobre o Estreito de Malaca, já que a construção dessa ponte facilitaria a exploração dos recursos de Sumatra pela Ásia, além de potenciar os mercados económicos dos dois países.[3]

Em 15 de outubro de 2013, o governo de Malaca resolveu retomar o polémico projeto de ponte de 48 km sobre o Estreito de Malaca para Dumai, na Indonésia, após um hiato de sete anos. O Exim Bank of China (Banco de Exportação e Importação da China) deve financiar 85% do custo do projeto (estimado em cerca de 14 000 milhões de dólares). O restante do financiamento é fornecido pelos fundos soberanos regionais e investidores privados.[4][5]

A construção de uma ponte como esta teria inúmeras implicações, inclusive para a gestão dos movimentos dos navios no Estreito de Malaca, um dos canais de navegação mais movimentados do mundo.[6] A construção da ponte é muito polémica, não apenas na Malásia e Indonésia, mas também nos países vizinhos, sendo apontados vários fatores contra a sua construção,[7] como a altura da ponte, já que os navios terão que diminuir a velocidade ao fazer a passagem nas proximidades da ponte, e isso aumenta o tempo de trânsito, o que leva a um tempo de entrega mais longo, congestionamento de navios e custos de envio mais elevados.[7] Também a probabilidade de aumento de pirataria é um risco, pois uma velocidade mais baixa também coloca os navios em risco de ataques, que não são raros no estreito.[7] Há temores de que, com a ponte, os navios escolhessem passar em outros estreitos, como o estreito de Makassar e o estreito de Lombok, aumentando o custo de transporte, e ainda receios de impactos ambientais, pois o lado de Malaca da ponte fica perto de Padang Kemunting, onde está localizado o maior local de nidificação de tartarugas-de-pente na Península Malaia, portanto, a construção da ponte pode colocar ainda mais em perigo as tartarugas já criticamente ameaçadas.[7][8]

Referências

  1. 'Plans for bridge between Malacca, Dumai', New Straits Times, 20 de dezembro de 2010
  2. says.com (16 de outubro de 2013). «Controversial Bridge Linking Malacca To Sumatra Returns From The Dead» (em inglês). Consultado em 1 de novembro de 2021 
  3. asiaone.com (18 de outubro de 2013). «It's back: Malacca Strait bridge plan» (em inglês). Consultado em 1 de novembro de 2021 
  4. thestar.com.my. «Malacca revives straits bridge project». Consultado em 1 de novembro de 2021 
  5. The Jakarta Post. «China's EXIM bank to fund most of Malacca-Indonesia bridge project» (em inglês). Consultado em 1 de novembro de 2021 
  6. Mohd Hazmi bin Mohd Rusli, 'Straits of Malacca and Singapore: Ensuring Safe Navigation' Arquivado em 2013-03-27 no Wayback Machine, RSIS Commentaries, S. Rajaratnam School of International Studies, No 131/2011, Singapura, 13 de setembro de 2011.
  7. a b c d cilisos.my (1 de julho de 2019). «The Malaysia-Indonesia bridge is being proposed again. whyd' it fail the last 3 times?». Consultado em 1 de novembro de 2021 
  8. New Straits Times. «Malacca to gazette Padang Kemunting stretch as turtle sanctuary». 7-11-2016. Consultado em 1 de novembro de 2021