Portas de plataforma – Wikipédia, a enciclopédia livre

Portas de plataforma da Estação Sacomã da Linha 2 do Metrô de São Paulo

As portas de plataforma são equipamentos compostos por fachadas e portas automáticas de vidro situados na borda de uma plataforma, que protegem a via férrea de interferências externas. São utilizadas principalmente nas estações de metropolitano, pois apresentam dificuldades técnicas em outros tipos de ferrovia. Trata-se de uma medida de segurança relativamente nova, tanto em sua instalação em linhas novas como a adaptação de linhas já construídas. Utilizam-se em metrôs asiáticos, europeus e latino-americanos como os de Tóquio, Quioto, Seul, Hong Kong, Londres, Pequim, Xangai, Singapura, Copenhague, Paris, São Petersburgo ou Sevilha, além do Metrô de São Paulo e do Metro de Santiago.

Funcionamento

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Portas de plataforma da Estação Los Leones da Linha 6 do Metrô de Santiago

Em algumas linhas as portas de plataforma são de altura completa, desde o solo até o teto da estação, enquanto em outras linhas chegam a meia altura. Os trens têm que parar sempre no mesmo ponto da plataforma, o que se garante utilizando balizas de parada ou sistemas de condução como o ATO. Uma vez parado o trem, tanto suas portas como as da plataforma se abrem juntas automaticamente, como as portas de caixa e de planta de um elevador. A confiabilidade na sincronização do processo é essencial para que o sistema seja seguro.

Estas portas ajudam a:[1]

  • Prevenir suicídios e assassinatos, ao não permitir que pessoas caiam na via;
  • Reduzir o perigo de arraste ou impacto, especialmente dos trens que passam em alta velocidade;
  • Melhorar o controle climático da estação, desde que as portas sejam de altura completa (calefação, ventilação, e ar condicionado são mais efetivos quando a estação está fisicamente isolada do túnel);
  • Aumentar a segurança, ao não permitir que entrem nos túneis pessoas não autorizadas pela companhia;
  • Reduzir custos utilizando um sistema de trens sem condutor, alguns dos quais requerem portas de plataforma;
  • Evitar que os usuários joguem lixo na via.

A implantação deste sistema em outros sistemas de ferrovia é complexo, pois os trens que o utilizam têm que ser compatíveis com o sistema e vice-versa, e numa rede de ferrovia convencional circulam trens de vários tipos.[2]

Portas de plataforma da Estação Paulista da Linha 4 do Metrô de São Paulo

O Metrô de São Paulo foi o pioneiro no uso das portas de plataforma na América Latina,[3] e hoje possui 55 estações com portas de plataforma: Jabaquara e Tucuruvi (Linha 1–Azul);[4] Vila Madalena, Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente (Linha 2–Verde);[5] Palmeiras-Barra Funda, Pedro II, Bresser-Mooca, Belém, Carrão, Penha, Vila Matilde, Guilhermina-Esperança, Patriarca-Vila Ré e Artur Alvim (Linha 3–Vermelha);[nota 1][6][7][8][9][10] e todas as estações das linhas 4–Amarela, 5–Lilás e 15–Prata (esta, ainda em processo de expansão), sendo que a primeira e a última possuem 11 estações cada, enquanto a segunda conta com 17 estações em operação.[11][12]

Além disso, outras estações do Metrô de São Paulo terão o equipamento instalado até 2024, através de um contrato que foi assinado em junho de 2019 e com duração de até 56 meses.[13]

O Metro de Santiago implementou a instalação de portas de plataforma nas linhas 3 e 6. Existem planos para a implantação do equipamento em todas as demais linhas do sistema até 2032.[14]

Notas e referências

Notas

  1. As portas de plataforma foram instaladas na Estação Vila Matilde em 2010, mas só começaram a funcionar efetivamente em 2016.

Referências

  1. Lobo, Renato (22 de agosto de 2018). «Com aumento de invasão nos trilhos, Metrô retoma projeto de Portas Plataformas». Via Trolebus. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  2. Lobo, Renato (5 de dezembro de 2019). «Empresa apresenta porta de plataforma que se adapta a diversos tipos de trem». Via Trolebus. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  3. «Serra inaugura estação Sacomã do Metrô». Governo do Estado de São Paulo. 30 de janeiro de 2010. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  4. Lobo, Renato (7 de julho de 2022). «Metrô entrega oficialmente portas de plataforma nas estações Jabaquara e Tucuruvi». Via Trolebus. Consultado em 17 de maio de 2024 
  5. Meier, Ricardo (5 de março de 2020). «Quase 10 anos depois, Linha 2-Verde ganha mais uma estação com portas de plataforma». Metrô CPTM. Consultado em 17 de maio de 2024 
  6. «Portas de plataforma da Estação Barra Funda iniciam operação». Metrô CPTM. 2 de novembro de 2024. Consultado em 3 de novembro de 2024 
  7. «Mais uma estação da Linha 3-Vermelha ganha portas de plataforma». Via Trolebus. 22 de agosto de 2024. Consultado em 22 de agosto de 2024 
  8. «Portas de Plataformas funcionam em horário integral na Linha 3». Via Trolebus. 6 de abril de 2016. Consultado em 15 de janeiro de 2018 
  9. «Portas de plataforma da estação Carrão passam a funcionar». Metrô CPTM. 23 de outubro de 2024. Consultado em 24 de outubro de 2024 
  10. «Metrô entrega novas escadas e amplia o acesso na estação Vila Prudente; Patriarca-Vila Ré tem início da operação comercial das portas de plataforma». Diário do Transporte. 5 de novembro de 2024. Consultado em 6 de novembro de 2024 
  11. Alecrim, Emerson. «Por dentro do simulador da Linha 4-Amarela de metrô de São Paulo». Tecnoblog. Consultado em 17 de maio de 2024 
  12. Lobo, Renato (21 de março de 2022). «Metrô conclui instalação das portas de plataforma na Linha 5-Lilás». Via Trolebus. Consultado em 17 de maio de 2022 
  13. «Governo de SP contrata instalação de portas de plataforma do Metrô». Governo do Estado de São Paulo. 12 de junho de 2019. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  14. «En la próxima década, todas las lineas del Metro podrán tener puertas en andenes» (em espanhol). BioBioChile. 29 de maio de 2023. Consultado em 27 de agosto de 2024