Presidente Eleito da República Portuguesa – Wikipédia, a enciclopédia livre
Presidente Eleito da República Portuguesa | |
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No cargo Ninguém Último detentor: Marcelo Rebelo de Sousa desde 24 de Janeiro de 2016 até 9 de Março de 2016 | |
Duração | Período que medeia a publicação dos resultados eleitorais finais e a tomada de posse como Presidente da República Portuguesa.[1] |
Criado em | 24 de Agosto de 1911 |
Primeiro titular | Manuel de Arriaga |
Salário | Não remunerado |
Presidente Eleito da República Portuguesa é o título usado para se referir, em Portugal, ao candidato vencedor das eleições presidenciais, no período compreendido entre a divulgação dos resultados eleitorais e a sua tomada de posse, a partir da qual se torna constitucionalmente Presidente da República Portuguesa e tem início o seu mandato. Se o presidente incumbente ganhar uma re-eleição, não é referido como "Presidente eleito", por este já se encontrar em funções e não existir um Presidente cessante.
O Presidente eleito não constitui um órgão de soberania, embora tenha à sua disposição apoio logístico e administrativo por parte da Secretaria-Geral da Presidência da República, e a colaboração institucional do Presidente em funções, tendo em vista a preparação do exercício do seu mandato.[1] Dispõe, ainda, de acompanhamento do corpo de segurança pessoal da Polícia de Segurança Pública e de viatura oficial.[2]
Nos tempos mais recentes, em 1996, o Presidente eleito Jorge Sampaio ocupou o Forte de Catalazete em Oeiras,[3] e em 2006, o Presidente eleito Aníbal Cavaco Silva dispôs de uma estrutura de apoio dividida por vários gabinetes, ocupando a Ala D. Maria I no Palácio de Queluz.[3] Marcelo Rebelo de Sousa, eleito em 2016, ocupou um gabinete de trabalho no Palácio de Queluz.[4]
Lista de Presidentes eleitos
[editar | editar código-fonte]Uma listagem dos Presidentes da República eleitos não coincide inteiramente com a Lista de Presidentes da República Portuguesa. Da primeira excluem-se os Presidentes José Mendes Cabeçadas e Manuel Gomes da Costa, Presidentes durante a Ditadura Militar e designados pela Junta de Salvação Pública, e os Presidentes António de Spínola e Francisco Costa Gomes, Presidentes durante o PREC e designados pela Junta de Salvação Nacional. Permanece, ainda, a incerteza sobre quem terá sido o verdadeiro vencedor das eleições de 1958, nas quais é sabido ter-se cometido fraude eleitoral.
Ordem | Nome | Período em funções | |
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1 | Manuel de Arriaga | 24 de Agosto de 1911 | |
2 | Teófilo Braga | 29 de Maio de 1915 | |
3 | Bernardino Machado | 6 de Agosto de 1915 | 5 de Outubro de 1915 |
4 | Sidónio Pais | 28 de Abril de 1918 | 9 de Maio de 1918 |
5 | João do Canto e Castro | 16 de Dezembro de 1918 | |
6 | António José de Almeida | 6 de Agosto de 1919 | 5 de Outubro de 1919 |
7 | Manuel Teixeira Gomes | 6 de Agosto de 1923 | 5 de Outubro de 1923 |
8 | Bernardino Machado | 11 de Dezembro de 1925 | |
9 | Óscar Carmona | 25 de Março de 1928 | 15 de Abril de 1928 |
10 | Francisco Craveiro Lopes | 21 de Julho de 1951 | 9 de Agosto de 1951 |
11 | Américo Thomaz (ou Humberto Delgado) | 8 de Junho de 1958 | 9 de Agosto de 1958 |
12 | António Ramalho Eanes | 27 de Junho de 1976 | 14 de Julho de 1976 |
13 | Mário Soares | 16 de Fevereiro de 1986 | 9 de Março de 1986 |
14 | Jorge Sampaio | 14 de Janeiro de 1996 | 9 de Março de 1996 |
15 | Aníbal Cavaco Silva | 22 de Janeiro de 2006 | 9 de Março de 2006 |
16 | Marcelo Rebelo de Sousa | 24 de Janeiro de 2016 | 9 de Março de 2016 |
Referências
- ↑ a b Lei 7/96, de 29 de Fevereiro
- ↑ Público (28 de Janeiro de 2016). «Marcelo pode trabalhar no Palácio da Cidadela até à posse». Consultado em 1 de Fevereiro de 2016
- ↑ a b rtp.pt (30 de Janeiro de 2006). «Cavaco visitou gabinete de Queluz onde trabalhará até à posse». Consultado em 1 de Fevereiro de 2016
- ↑ Observador (16 de Fevereiro de 2016). «Marcelo Rebelo de Sousa recebe António Costa às 15h00 no Palácio de Queluz». Consultado em 9 de Março de 2016