Proletários – Wikipédia, a enciclopédia livre
Os proletários (em latim: proletarii; lit. "os que criam filhos") era o termo aplicado na Roma Antiga à classe social mais baixa, aos pobres sem terra, sem propriedades, e cuja utilidade para o Estado era gerar proles (filhos) para engrossar as fileiras dos exércitos do Império.[1][2] Eram pobres demais para pagar os impostos sobre a propriedade e para realizar o serviço militar ativo. O seu papel naquela sociedade foi a de ter filhos.[3][4][nt 1] O termo proletário foi utilizado num sentido depreciativo, até que, no século XIX, socialistas, anarquistas e comunistas utilizaram-no para identificar a classe dos que carecem de propriedades na sociedade capitalista industrial.
Proletariado
[editar | editar código-fonte]Karl Marx, que estudou direito romano na Universidade de Berlim, recuperou o termo como proletariat (proletariado) para identificar a classe baixa sem propriedades nem recursos que apenas podia trabalhar e ter filhos -o proletariado ou classe trabalhadora- como grupo antagônico da burguesia ou capitalista.[5] No manifesto comunista, Marx e Engels, definem o proletariado do seguinte modo:
“ | Por proletários compreende-se a classe de trabalhadores assalariados modernos, que, privados de meios de produção próprios, veem-se na obrigação de vender a sua força de trabalho para poder existir.[6] | ” |
Notas
- ↑ Arnold J. Toynbee, especialmente na sua obra Um Estudo da História, usou a palavra proletariado para se referir às pessoas sem propriedades nem participação na sociedade. Cf., Toynbee, Um Estudo da História (Universidade de Oxford 1934-1961), 12 volumes, em Volume V Desintegração das Civilizações, parte 1 (Disintegration of Civilizations, part one) (1939).
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «proletarii».
Referências
- ↑ «Proletarii - Ancient History» (em inglês). Consultado em 9 de abril de 2013. Arquivado do original em 8 de maio de 2012
- ↑ «Proletarii» (em inglês). Consultado em 9 de abril de 2013
- ↑ Niebuhr 1836, p. 116.
- ↑ Berger 1953, p. 657.
- ↑ «Karl Marx. Capital Volume One Chapter Six: The Buying and Selling of Labour-Power» (em inglês). Consultado em 9 de abril de 2013
- ↑ Seoane C. 2001, p. 36.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Berger, Adolf (1953). Encyclopedic Dictionary of Roman Law. Filadélfia: American Philosophical Society
- Niebuhr, Barthold Georg (1836). An epitome of Niebuhr's History of Rome: with chronological tables and an appendix. 1. [S.l.: s.n.]
- Seoane C., Javier B. (2001). Marcuse y los sujetos: teoría crítica mínima en la Venezuela actual. [S.l.]: Universidad Catolica Andres