Proslógio – Wikipédia, a enciclopédia livre
Proslógio (em latim: Proslogion) é uma obra de Anselmo de Cantuária (Santo Anselmo, para os católicos; 1033 - 1099) onde está escrito o primeiro argumento ontológico para a existência de Deus.[1]
O argumento ontológico de Anselmo pode ser resumido como:[2][3]
- Deus, por definição, é o maior de todos os seres possíveis
- Um ser que não existe no mundo real é menor que um ser que necessariamente existe em todos mundos possíveis
- Suponha (por reductio ad absurdum) que Deus não exista no mundo real
- Se o maior de todos seres possíveis não existe no mundo real, então ele não é tão grande quanto um ser que seria quase igual a ele, mas que não existe no mundo real
- Mas o maior de todos seres possíveis não pode' ser menor que algum outro ser que possa existir, porque a expressão "um ser tal que nenhum outro seja maior que ele é um ser para o qual é possível haver um maior" é uma expressão auto-contraditória
- Logo, a suposição 3 é falsa. Deus existe no mundo real, e existe necessariamente em todos mundos possíveis. É impossível que Deus não exista.
Descartes, Spinoza, Locke, Leibnitz, Kant, Hegel, J. A. Dorner, Lotze e Robert Flint criticaram o argumento.[4]
Referências
- ↑ John Bruno Hare, ed. Sacred texts, nota sobre a coleção Works of St. Anselm (1903), tr. Sidney Norton Deane.
- ↑ http://web.nmsu.edu/~dscoccia/101web/101ONT.pdf
- ↑ St. Alselm College: Resumo Arquivado outubro 31, 2012 no WebCite .
- ↑ “Criticisms of Alselm's Ontological Argument for the being of God”, em Works of St. Anselm (1903).
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Works of St. Anselm (1903), tr. Sidney Norton Deane