Formosa (província) – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Província | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | formosenho(a) | |||
Localização | ||||
Coordenadas | ||||
Departamento | 9 departamentos | |||
Município | 55 municípios | |||
Administração | ||||
Capital | Formosa | |||
Governador | Gildo Insfrán | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 72 066 km² | |||
População total | 532 338 hab. | |||
Densidade | 7,4 hab./km² | |||
Fuso horário | ART (UTC−3) | |||
Outras informações | ||||
Senadores | 3 senadores | |||
Deputados | 5 deputados | |||
ISO 3166-2 | AR - P | |||
Sítio | www |
Formosa é uma província do Chaco argentino. Com uma extensão territorial de 72 066 km² e população de 486 559 habitantes (censo de 1991), tem, como capital, a cidade de Formosa.
História
[editar | editar código-fonte]O atual território da província estava habitado no século XVI por índios guaranis, paiaguás, wiichis e pilagás, entre outros. Com a colonização espanhola, passou a fazer parte do território do Vice-Reino do Rio da Prata.
A província de Formosa pertencia ao Paraguai desde 1811, bem como a província de Misiones, que foi cedida à Argentina em 1852 por Carlos Antonio López, pai de Francisco Solano López, em troca do reconhecimento argentino da independência paraguaia.[1]
Em relação à província de Formosa, a situação era mais complexa, pois ela faz divisa com o Departamento Central, estando a própria capital do Paraguai, Assunção, localizada à margem do rio que divide as duas regiões. Os paraguaios não cederiam, portanto, este território a não ser em virtude de uma guerra.
"Para a Argentina, a Guerra do Paraguai havia representado um passo decisivo para completar o processo de formação de seu estado nacional, pela eliminação ou incorporação da maioria das oposições provinciais ao governo de Buenos Aires. A oligarquia portenha sentia-se à vontade para aspirar à efetiva aplicação do Tratado da Tríplice Aliança, que lhe daria de presente todo o chaco paraguaio. O governo argentino, chefiado então por Sarmiento (que sucedera a Mitre), e tendo como ministro das relações exteriores Tejedor, empenhou-se em pôr em prática sua política anexionista.(...) As discussões e disputas se arrastaram por dois anos, tornando-se mais graves a partir de janeiro de 1872, quando o barão de Cotegipe assinou um tratado em separado com o governo títere de Asunción. Os protestos de Buenos Aires levaram a um clima em que a possibilidade de guerra contra o Império não era descartada. Principalmente porque o governo do Rio de Janeiro, apresentando-se como "benévolo", perante os paraguaios, contentou-se com a fixação de fronteiras nos limites reivindicados antes da guerra, e contestados por Solano López (...)Finalmente, a 3 de fevereiro de 1876, o Tratado de Irigoyen-Machain entre Buenos Aires e Asunción, aceito pelo Rio de Janeiro, encerrou a questão. Segundo ele, a Argentina teria uma parte do território do Chaco até o rio Pilcomayo, e as tropas brasileiras se retiravam do Paraguai, respeitando as cláusulas brasileiro-paraguaias de 1872."[2]
Aspectos geográficos
[editar | editar código-fonte]A província de Formosa limita-se ao norte e a leste com o Paraguai, da qual a separam os rios Pilcomayo e Paraguai, respectivamente, e com as províncias do Chaco pelo sul e de Salta pelo oeste. Seu território apresenta um relevo plano. As precipitações constituem um fator de diferenciação espacial já que a metade oriental tem um clima subtropical úmido, enquanto o setor ocidental é semi-árido. A província apresenta uma fitogeografia variada: matas ciliares (isto é, nas margens dos rios), matas com madeira dura como o quebracho, vegetação hidrófila nas áreas pantanosas e matas xerófilas na parte ocidental mais seca.
No leste, a agricultura se caracteriza pela produção de algodão e por uma importante pecuária. A atividade industrial é pouco significativa.
Divisão administrativa
[editar | editar código-fonte]A província é dividida em nove departamentos que, por sua vez, compreendem 27 municípios, dez comissões de fomento e dezoito juntas vicinais.