Puma Punku – Wikipédia, a enciclopédia livre

Puma Punku, também chamada “Pumapunku” (Nas Línguas Aymara e Quechua puma "cougar, puma" e punku "porta"; em espanhol: Puma Puncu) é um sítio arqueológico composto de um grande complexo de templos e monumentos, fazendo parte do Sitio de Tiwanaku, localizado próximo de Tiwanaku, Bolívia. Arqueólogos acreditam ter sido feito em 5.000 A.C. ou depois.

Demonstração da técnica de construção em blocos de pedra.

Tiwanaku é importante nas tradições Inca porque se acredita que o sitio seria onde o mundo teria sido criado.[1] Em Aymara, Puma Punku significa " A Porta De Puma". O complexo de Puma Punku consiste de uma corte ocidental sem muros, uma esplanada central sem muros, uma plataforma com uma cova em frente a uma pedra e uma corte oriental com muro.[2][3][4]

Em seu pico, Puma Punku é acreditado ter sido de "inimaginavelmente maravilhoso"[3] adornado com placas de metal polido, colorido com ornamentos de cerâmica e tecido, e visitado por cidadãos bem vestidos, padres e cidadãos da elite usando jóias exóticas. O conhecimento atual deste complexo é limitado por conta de sua idade, a falta de registro escrito e o estado deteriorado do local atualmente devido a saques, mineração para pedras usadas em construção e criação de estradas, junto com o atrito com a natureza.[2][3][5]

O complexo de Puma Punku consiste de esplanadas, templos e monumentos, formados com pedra do estilo megalítico. O sítio principal possui 789 metros de comprimento por 485 metros de largura. A borda oeste de Puma Punku é ocupada pela “Plataforma Lítica”, um terraço de pedra de 25,8 de extensão. Este terraço é pavimentado com múltiplos blocos de enormes pedras. A Plataforma Lítica contém a maior pedra encontrada em todo o sítio arqueológico de Puma Punku e Tiwanaku. Baseado nas propriedades da rocha da qual foi extraída, é estimado que essa única pedra tenha 131 toneladas métricas. O núcleo das construções em Puma Punku consiste de argila, enquanto o acabamento consiste de areia e pedregulhos. Escavações no sítio de Puma Punku documentaram a existência de cinco épocas distintas de construção, além de pequenas reformas e remodelagens ocorridas em outras épocas.

Durante seu apogeu, acredita-se que Puma Punku era um local "incrivelmente maravilhoso", adornado com placas de metal polido, cerâmicas de cores brilhantes e ornamentado com quadros e peles, frequentado por sacerdotes e pela elite, que vestiam-se com roupas cerimoniais e jóias exóticas. A compreensão da natureza deste complexo arqueológico ainda é limitada, devido à sua antiguidade, falta de provas escritas e o atual estado de elevada deterioração, tanto pelo desgaste natural mas também devida à depredação causada por visitantes e saqueadores.

Pesquisadores tem trabalhado em conjunto para determinar a idade de Puma Punku desde sua descoberta como dito pelo especialista W. H. Isbell, professor da Universidade de Binghamtom,[2] uma datação por Rádio Carbono foi obtida[3] e mostrou que o complexo deve ter sido construído por volta de 536-600 d.C. as escavações das trincheiras mostram que o barro, areia e cascalho do complexo datam no meio de sedimentos do Pleistoceno. E essas escavações também mostram a falta de quaisquer evidências culturais de ocupação da área antes do século VII d.C.[3]

Demonstração da técnica de construção em blocos de pedra.

Referências

  1. Mahony, Molly C. (30 de novembro de 2009). «A Review of "Encyclopedia of Time: Science, Philosophy, Theology, & Culture"». Journal of Religious & Theological Information. 8 (3-4): 197–198. ISSN 1047-7845. doi:10.1080/10477841003751948 
  2. a b c Evans, Susan Toby, 1945-; Pillsbury, Joanne.; Dumbarton Oaks. (2004). Palaces of the ancient new world : a symposium at Dumbarton Oaks, 10th and 11th October 1998. Washington, D.C.: Dumbarton Oaks Research Library and Collection. ISBN 0-88402-300-1. OCLC 57392889 
  3. a b c d e Yaeger, Jason; Vranich, Alexei (31 de dezembro de 2013). «A Radiocarbon Chronology of the Pumapunku Complex and a Reassessment of the Development of Tiwanaku, Bolivia». Cotsen Institute of Archaeology Press: 127–146. ISBN 978-1-950446-11-7 
  4. Vranich, Alexei (janeiro de 2006). «The Construction and Reconstruction of Ritual Space at Tiwanaku, Bolivia (A.D. 500–1000)». Journal of Field Archaeology. 31 (2): 121–136. ISSN 0093-4690. doi:10.1179/009346906791071990 
  5. II, Alfred Kidder (abril de 1973). «: Acerca de la procedencia del material litico de los monumentos de Tiwanaku . Carlos Ponce Sangines, Gerardo Mogrovejo Terrazas. ; Las Culturas Wankarani y Chiripa y su relacion con Tiwanaku . Carlos Ponce Sangines.». American Anthropologist. 75 (2): 528–529. ISSN 0002-7294. doi:10.1525/aa.1973.75.2.02a01240 
  1. Birx, H. James (2006). Encyclopedia of Anthropology. Thousand Oaks, CA: SAGE Publications, Inc.
  2. Isbell, William H. (2004), "Palaces and Politics in the Andean Middle Horizon", in Evans, Susan Toby; Pillsbury, Joanne (eds.), Palaces of the Ancient New World, Washington, D.C.: Dumbarton Oaks Research Library and Collection, pp. 191–246, ISBN 0-88402-300-1, retrieved 2010-04-26
  3. Vranich, A., 1999, Interpreting the Meaning of Ritual Spaces: The Temple Complex of Pumapunku, Tiwanaku, Bolivia. Doctoral Dissertation, The University of Pennsylvania.
  4. Vranich, A., 2006, "The Construction and Reconstruction of Ritual Space at Tiwanaku, Bolivia: A.D. 500-1000. ," Journal of Field Archaeology 31(2): 121–136.
  5. Ponce Sanginés, C. and G. M. Terrazas, 1970, Acerca De La Procedencia Del Material Lítico De Los Monumentos De Tiwanaku. Publication no. 21. Academia Nacional de Ciencias de Bolivia.

Ligações externas

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