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Rádio Record | |
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Rádio e Televisão Record S.A. | |
País | Brasil |
Frequência(s) | AM 1000 kHz Antigas frequências: OC 6150 kHz (49m) OC 9595 kHz (31m) OC 11965 kHz (25m) OC 15135 kHz (19m) |
Sede | São Paulo, SP |
Slogan | A rádio que abraça você |
Fundação | 2 de abril de 1928 (96 anos) |
Fundador | Álvaro Liberato de Macedo |
Pertence a | Grupo Record |
Proprietário(s) | Edir Macedo |
Antigo(s) proprietário(s) | Álvaro Liberato de Macedo (1928-1931) Paulo Machado de Carvalho (1931-1990) Silvio Santos (1972-1990) |
Audiência | RMSP: 6.° lugar[1] |
Formato | Comercial |
Gênero | Entretenimento, jornalismo e música |
Faixa etária | Público de 30 a 75 anos |
Idioma | (em português brasileiro) |
Prefixo | ZYK 522 |
Prefixo(s) anterior(es) | AM: PRAR (1928-1931) PRB 9 (1931-1977) OC 19m: PRB 21 ZYE 953 OC 25m: PRB 22 ZYE 952 OC 31m: PRB 23 ZYE 951 OC 49m: PRB 24 ZYE 950 |
Nome(s) anterior(es) | Rádio Sociedade Record (1928-1931) |
Emissoras irmãs | Record São Paulo |
Cobertura | Estado de São Paulo |
Coord. do transmissor | 23° 41′ 03,3″ S, 46° 44′ 32,9″ O |
Dados técnicos | Potência ERP: 200 kW |
Agência reguladora | ANATEL |
Informação de licença | CDB |
Webcast | Ouça ao vivo |
Aplicativo móvel | Google Play: [1] |
Página oficial | radiorecordsp |
Rádio Record é uma emissora de rádio brasileira sediada em São Paulo, capital do estado homônimo. Opera no dial AM, na frequência 1000 kHz. Pertence ao Grupo Record, de propriedade do bispo e empresário Edir Macedo, que também controla a rede de televisão homônima. Sua programação atualmente é voltada aos programas populares, porém é basicamente musical. Seus estúdios localizam-se no templo da Igreja Universal do Reino de Deus de Santo Amaro, e sua antena de transmissão está no bairro de Guarapiranga.[2]
História
[editar | editar código-fonte]A emissora foi inaugurada em 2 de abril de 1928 pelo dono da loja de discos Record, Álvaro Liberato de Macedo, atendendo pelo nome de Rádio Sociedade Record, embora não funcionando regularmente. Seus estúdios funcionavam na Praça da República, 17, e contava com um transmissor de 500 W.[3][4][5]
Em 13 de junho de 1931, a emissora foi vendida aos empresários Jorge Alves Lima, João Batista do Amaral e Paulo Machado de Carvalho por um valor de 25 contos de réis. Nesta época, São Paulo exigia a deposição do então presidente Getúlio Vargas, e as rádios paulistas, especialmente a Record, se transformavam em poderosas armas. No mês de julho, teve início o movimento que ficou conhecido como a Revolução Constitucionalista de 1932, que tinha como a principal exigência a convocação de eleições para a formação de uma assembleia constituinte. A cidade de São Paulo logo foi cercada e isolada por tropas federais. Ela então utilizou emissoras de rádio para divulgar os acontecimentos a outras partes do país.[3][4][5]
Em 23 de maio de 1932, antes das manifestações, o primeiro passo dos estudantes foi a invasão dos estúdios da Record, chegando até a sala de Paulo Machado de Carvalho, e ordenando que colocasse no ar a leitura de um abaixo-assinado. A rádio teve que aderir à causa na marra. E assim foi dito no ar:[3][4][5]
“ | Nós, os abaixo-assinados, declaramos que invadimos à valentona, os estúdios da PRB-9 Rádio Record de São Paulo, e conclamamos o povo para que se mude a situação política existente no Brasil.[3][4][5] | ” |
Logo leram pela Record o nome de um dos que assinavam o manifesto contra Getúlio. Em 9 de julho, a revolução, planejada desde abril de 1931, por fim explodiu. No mesmo dia, através dos acordes do dobrado "Paris Belfort" que ficou como a marcha da Revolução Constitucionalista de 32, fizeram que César Ladeira eloquentemente levasse ao ar mensagens patrióticas, que aclamavam o espírito paulista contra os getulistas. Guilherme de Almeida escreveu poesias para que o locutor declamasse. Por conta da revolução, Ladeira ficou conhecido como "a voz da revolução", e a Rádio Record, como "a voz de São Paulo".[3][4][5]
Com a transmissão de programas produzidos por nomes como Blota Júnior, Otávio Gabus Mendes, Osvaldo Moles, Thalma de Oliveira e Sônia Ribeiro, e espetáculos musicais com um numeroso elenco fixo que reunia Isaurinha Garcia, Inezita Barroso, Adoniran Barbosa, Neide Fraga, Carlos Galindo e outros, alcança a liderança em São Paulo entre os anos 1940 e 1950.[6]Nesse período, surge o seu slogan mais marcante: "Rádio Record, a maior".[3][4][5]
Sob a direção de Paulo Machado de Carvalho Neto e Chico Paes de Barros, a emissora retoma o primeiro lugar de audiência durante as décadas de 1970 e 1980, com uma programação de linha popular, ancorada por grandes comunicadores como Zé Béttio, Gil Gomes e Eli Corrêa.[3][4]
Já naquela época, a programação da rádio funcionava 24 horas por dia. A abertura se iniciava às 5h com os seguintes apresentadores: Zé Béttio - Edição diurna (músicas sertanejas), Gil Gomes (repórter policial), Silvio Santos (entretenimento), Barros de Alencar (entretenimento), Eli Corrêa (Música popular), Zancopé Simões (na década de 70, que ficou conhecido como "Amigo número 1 dos Caminhoneiros"), Calé (Música popular, notícias sobre estradas e caminhoneiros), Zé Béttio - Edição noturna (músicas sertanejas), Osvaldo Bettio (músicas sertanejas) e Arlindo Béttio (músicas sertanejas) Em parceria com a Rádio Gazeta, foi uma das pioneiras na transmissão de jogos de futebol em "dobradinha" cuja equipe nessa época era comandada por Osmar Santos. Anteriormente, Osvaldo Maciel comandou a equipe esportiva da emissora e também posteriormente à saída de Osmar.[3]
A exemplo da TV Record, entra em grave crise financeira no final da década de 1980, perdendo seus comunicadores para outras estações e o primeiro lugar em audiência para a Rádio Globo, posteriormente o segundo para a Rádio Capital e o terceiro e quarto para as rádios Bandeirantes e Jovem Pan. Em março de 1990, o controle acionário da rádio, assim como o da TV, passa para o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo.[4]
A nova administração mantém a linha popular de programação até 2001, quando demite seus comunicadores e implanta uma grade quase que inteiramente religiosa, permanecendo apenas o radialista Paulinho Boa Pessoa e a equipe esportiva, comandada por Fiori Gigliotti (no ar desde 1995). A mudança de público-alvo derruba a rádio para o oitavo lugar na audiência, e em alguns horários, tornou-se mera retransmissora da Rádio São Paulo.
Tal postura mudou a partir de 2004, e aos poucos a Rádio Record volta a ser uma rádio "comercial". Em julho de 2006, uma nova diretoria (Cássio Lima, diretor geral e Roberto Foster, diretor comercial) assume a emissora paulistana e eleva a rádio para a terceira colocação entre as emissoras do segmento popular de São Paulo. Famosos comunicadores assumiram postos na emissora, como Gil Gomes, Kaká Siqueira, Leão Lobo, Lilian Loy e João Ferreira. Na equipe esportiva, Juarez Soares e Paulo Morsa. Além disso, ganhou um novo website, com a transmissão ao vivo da emissora pela internet.
Em 4 de janeiro de 2009, as transmissões esportivas da Record passam a ser feitas pela equipe de Eder Luiz, em conjunto com a Rede Transamérica. Em 2 de março, com a estreia de José Nello Marques, a rádio passa a usar novamente o slogan "A Voz de São Paulo", símbolo da revolução constitucionalista de 1932. Em 1.º de abril, a Rádio Record anuncia a contratação do radialista Paulo Barboza, vindo da Rádio Capital. Sua estreia acontece no dia seguinte.
Em 2010, perde o quinto e o sexto lugar paras as também populares Tupi e Iguatemi. Em 8 de junho, começa a se formar a Rede Record de Rádio, com a transformação da Rádio Nova do Rio de Janeiro em Rádio Record.[7] Em 14 de outubro, a Rádio Cultura de Campos dos Goytacazes passa a integrar a rede, tornando-se Rádio Record Campos, e em 11 de julho de 2011, a Rádio Record ganha a afiliação da Rádio Record Santa Catarina de Florianópolis, em parceria com o Grupo RIC.
Em julho de 2011, a rádio demite a maior parte de seus comunicadores e rompe a parceria com Eder Luiz para a retransmissão de futebol da Rede Transamérica.[8] Como consequência, a programação passa a ser basicamente musical, apenas retransmitindo partes da programação da Rádio São Paulo, da Rede Aleluia e da TV Universal. A essa altura, o projeto de rede de rádios é deixado de lado, e suas emissoras seguem independentes. A partir de janeiro de 2012, a programação popular volta gradativamente, ainda assim essencialmente musical.
Em fevereiro de 2018, com planos para retornar à sua busca pela audiência, a emissora contrata o comunicador Adriano Pinheiro, modifica sua programação matutina e implementa mudanças ao longo da programação diária, abrangendo um novo público e visando a migração do AM para o FM.
Antigas emissoras
[editar | editar código-fonte]Próprias
[editar | editar código-fonte]Entre 2010 e 2018, a Rádio Record foi geradora de uma rede de rádios com emissoras próprias em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Emissora | Cidade | UF | Frequência | Situação/afiliação atual | Período de afiliação |
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Rádio Record Rio | Rio de Janeiro | RJ | 990 kHz | Hoje Rádio Contemporânea, emissora independente | 2010-2011 |
Rádio Record Campos | Campos dos Goytacazes | RJ | 1110 kHz | Rede Aleluia | 2010-2016 |
Referências
- ↑ «Confira a audiência do rádio AM na Grande São Paulo». Bastidores do Rádio. 9 de agosto de 2017. Consultado em 12 de agosto de 2017
- ↑ «Cem anos do rádio no Brasil: a Rádio Record». Agência Brasil. 9 de junho de 2022
- ↑ a b c d e f g h Melo, José Marques de; Adami, Antônio (2004). São Paulo na idade mídia. São Paulo: Arte & Ciência. pp. 107 a 110, 127 e 146. ISBN 8574731498
- ↑ a b c d e f g h Cardoso, Tom; Rockmann, Roberto (2009). O Marechal da Vitória. São Paulo: Girafa. ISBN 8589876756
- ↑ a b c d e f Adami, Antônio (2004). «A Rádio Record de Paulo Machado de Carvalho: uma nova linguagem» (PDF). Intercom
- ↑ Pasqualini, Maria Elisa (junho de 2012). «Os arranjadores da Rádio Record de São Paulo (1928-1965)». Revista UFRJ. pp. 185 a 208
- ↑ Rádio do Rio de Janeiro - Record
- ↑ Daniela Ades (8 de agosto de 2011). «Leão Lobo diz que equipe da Rádio Record foi demitida na "surdina"». Portal Imprensa. Consultado em 9 de junho de 2018
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Sampaio, Mario Ferraz (1984). História do Rádio e da Televisão no Brasil e no Mundo. Memórias de um pioneiro. Rio de Janeiro: Achiamé
- Ortriwano, Gisela Swetlana (1985). A Informação no Rádio. Os grupos de poder e a determinação dos conteúdos. São Paulo: Summus Editorial. 120 páginas. ISBN 9788532302120
- Tota, Antonio Pedro (1990). A Locomotiva no Ar. Rádio e modernidade em São Paulo, 1924-1934. São Paulo: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. 144 páginas. ASIN B004OW2NS2