Lista de reis francos – Wikipédia, a enciclopédia livre

O Reino Franco foi governado por duas dinastias principals, os merovíngios (que estabeleceram o reino) e os posteriores carolíngios. Uma "linha do tempo" dos governantes francos é problemática porque o reino era, de acordo com uma antiga prática germânica, freqüentemente dividido entre os filhos de um líder na sua morte e eventualmente reunificado. Para explicações mais detalhadas, veja o artigo sobre os francos.

Reis Merovíngios

[editar | editar código-fonte]

Com a morte de Clóvis, o reino foi dividido entre seus quatro filhos. Teodorico (Thierry, em francês) recebeu Metz, Clodomiro recebeu Orleães, Quildeberto Paris e Clotário Soissons.[1]

Soissons Paris Orleães Reims
Clotário I 511-561

Clotário I (de Soissons) finalmente tomou o controle dos outros três reinos após a morte de seus irmãos (ou dos sucessores destes). Após sua própria morte, mais uma vez o reino foi dividido, entre seus quatro filhos:

Soissons (Nêustria) Paris Orleães (Borgonha) Metz (Austrásia)

Clotário II derrotou Brunilda e sua descendência e reunificou o reino. No entanto, em 623 ele criou o sub-reino da Austrásia, na tentativa de apaziguar as forças da nobreza e também para proteger as fronteiras. Seu filho e sucessor Dagoberto I seguiu este caminho apontando sub-reis para a Aquitânia em 629 e para a Austrásia em 634.

Nêustria e Borgonha Aquitânia Austrásia
Nêustria e Borgonha Austrásia
Nêustria e Borgonha Austrásia

Dinastia carolíngia

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Mordomo do palácio

Os carolíngios eram inicialmente prefeitos do palácio sob os reis merovíngios no sub-reino da Austrásia e depois no reino franco reunificado:

  • Pepino de Landen (o Velho), prefeito do palácio da Austrásia 623-629, 639-640
  • Ansegisel, prefeito do palácio da Austrásia 629-639
  • Grimoaldo o Velho, filho de Pepino de Landen, prefeito do palácio da Austrásia 643-657
  • Pepino de Herstal, filho de Ansegisel, prefeito do palácio da Austrásia 679-714, a partir de 688 como Duque e Príncipe dos Francos, governante de facto de todo o reino
  • Carlos Martel, prefeito do palácio da Austrásia 717-741, a partir de 718 de todo o reino
  • Carlomano, prefeito do palácio da Austrásia 741-747
  • Pepino o Breve, prefeito do palácio da Nêustria 741-751, a partir de 747 também prefeito do palácio da Austrásia

Quando Pepino o Breve se tornou rei, os carolíngios sucederam a dinastia merovíngia:

O reino franco foi então dividido pelo Tratado de Verdun em 843 entre os filhos de Luís o Piedoso. A tabela seguinte lista apenas os governantes das três subdivisões, que são os núcleos dos futuros reinos da França e da Alemanha, excluindo-se a Itália.

Reino ocidental (finalmente a França)

Reino central (Lotaríngia)

Reino oriental (finalmente Alemanha)

Nomes sinalizados com * não eram carolíngios, mas ainda relacionados distantemente à dinastia.

A partir daí, a Dinastia Capetiana governou a França. Para a continuação, ver Lista de reis de França.

Após a morte de Lotário em 855, seu reino foi dividido entre seus filhos:

  • Lotário II 855-869, o segundo filho, recebeu as partes francas do reino de seu pai, que depois dele foram chamadas de Lotaríngia.

Reis da Lotaríngia

Lotário II 855-869

Carlos o Calvo reivindicou a Lotaríngia após a morte de seu sobrinho e foi coroado rei em Metz, mas seu irmão Luís o Germânico se opôs à sua reivindicação e em 870 o Tratado de Meersen dividiu a Lotaríngia entre os dois irmão e subseqüentemente entre seus filhos. Em 880, o Tratado de Ribemont concedeu toda a Lotaríngia a Luís o Moço, filho de Luís o Germânico.

A partir daí a Lotaríngia foi permanentemente incluída ao reino oriental e ao Sacro Império Romano-Germânico. Para continuação, ver Lista de monarcas germânicos.

A partir daí, Conrado da Francônia governou no período 911-918, e foi seguido pela dinastia otônida saxã. Estes eventos são geralmente considerados como o começo do Reino da Alemanha e do Sacro Império Romano-Germânico. Para continuação, ver Lista de monarcas germânicos.

Referências

  1. a b c d e Nicolas Lenglet-Dufresnoy, Tablettes chronologiques de l'histoire universelle sacrée et profane, ecclésiastique et civile, depuis la création du monde, jusqu'à l'an 1743 ..., Rois de France, Premier race, p.405 [google books]

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Leitura complementar

[editar | editar código-fonte]
  • A história da França como contada nas Grandes Chroniques de France, e particularmente na cópia pessoal produzida para o rei Carlos V entre 1370 e 1380 e que é a saga das três grandes dinastias, a merovíngia, a carolíngia e a capetiana, que moldaram as instituições e as fronteiras do reino. Este documento foi produzido e provavelmente encomendado durante a Guerra dos Cem Anos, uma disputa dinástica entre os governantes da França e da Inglaterra com reivindicações rivais ao trono francês. Este documento então deve ser lido e considerado cuidadosamente como fonte, devido às influências inerentes no contexto de suas origens.
  • A História da França Ilustrada de Cambridge - Jornal da Universidade de Cambridge
  • The Origins of France: Clovis to the Capetians 500-1000 (As Origens da França: de Clóvis aos Capetianos 500-1000), de Edward James ISBN 0-333-27052-5
  • Late Merovingian France: History and Hagiography, 640-720 (França Merovíngia Final: História e Hagiografia) (Manchester Medieval Sources); Paul Fouracre (Editor), Richard A. Gerberding (Editor) ISBN 0-7190-4791-9
  • Britannica Concise Encyclopedia: Merovingian Dynasty.
  • Medieval France: An Encyclopedia (França Medieval: Uma Enciclopédia) eds. W. Kibler e G. Zinn. Nova York: Garland Publishing, 1995.