República Soviética de Bremen – Wikipédia, a enciclopédia livre
"Bremer Räterepublik Bremer Sowjetstaatsrepublik" República Soviética de Bremen | |||||
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Continente | Europa | ||||
País | Alemanha | ||||
Capital | Bremen | ||||
Governo | República Soviética | ||||
História | |||||
• 1919 | Fundação | ||||
• 1919 | Dissolução |
A República Soviética de Bremen (em alemão: Die Bremer Räterepublik) foi um Estado não reconhecido e de curta duração, existindo por 25 dias em 1919. Consistia na atual Cidade-Estado de Bremen, na Alemanha.[1] Foi criada em meio à Revolução Alemã, após a derrota do Império Alemão na Primeira Guerra Mundial.
História
[editar | editar código-fonte]Eventos anteriores
[editar | editar código-fonte]Antes da criação do Estado soviético, os movimentos trabalhistas radicais já desfrutavam de apoio significativo em Bremen, devido aos altos níveis de emprego, principalmente na indústria pesada, com o SPD dominando politicamente a cidade, característica que se mantém até a atualidade.[2] Como resultado, com a eclosão da guerra civil alemã, Bremen foi fortemente solidário com a Liga Spartacus, organização revolucionária socialista que atuava na Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. A revolta em Bremen começou pouco antes da abdicação do kaiser, em 6 de novembro de 1918, com a criação e eleição de um conselho de trabalhadores. Este conselho se reunia na prefeitura de Bremen e administrava os assuntos do pequeno estado independente da recém-criada República de Weimar, liderada pelo SPD, em Berlim.
Criação
[editar | editar código-fonte]Em 10 de janeiro, o conselho operário declarou a República, instalando o Soviete de Representantes do Povo na cidade. Os professores, mais notavelmente Johann Knief, compunham a maior parte da liderança professando apoio a muitas teorias leninistas.[2] O Soviete de Representantes do Povo substituiu o conselho operário e também foi instalado na prefeitura. Após sua formação, o conselho aprovou uma vasta legislação reformista, incluindo a exigência de igualdade salarial. O objetivo de longo prazo, embora nunca realizado, era também nacionalizar a economia de Bremen, estabelecendo uma ditadura do proletariado.
Governo
[editar | editar código-fonte]O Soviete de Representantes do Povo ocupou o papel de legislador e totalizou nove representantes, consistindo em três membros da Esquerda Radical de Bremen, três membros do USPD liderados por Alfred Henke e três soldados independentes.[2] Johann Knief, um membro dos Comunistas Internacionais da Alemanha, teve uma influência significativa dentro da República, ocupando o cargo de Comissário do Povo.[1] Foi formado a partir do conselho de trabalhadores estabelecido em novembro de 1918, com uma composição de membros semelhante.
Decadência e dissolução
[editar | editar código-fonte]No início de 1919, a República de Weimar mantinha uma posição forte o suficiente na guerra civil para desafiar o Estado. Como resultado, o então chanceler alemão Friedrich Ebert enviou para Bremen grupos paramilitares da Alemanha pós-guerra, os freikorps, com a missão de derrubar a República, na qual tiveram êxito.[3] Ao contrário da República Soviética da Baviera, a supressão do conselho operário em Bremen custou a vida de mais de oitenta indivíduos, incluindo os líderes que foram executados.[4] Os soviéticos de Bremen caíram rapidamente devido à posição geográfica do estado. Cercado pelo território controlado pela Alemanha de Weimar, não podia conseguir apoio da Liga Spartacus. A cidade de Bremen caiu em 4 de fevereiro, com Bremerhaven resistindo, até ser derrotada em 8 e 9 de fevereiro.
Referências
- ↑ a b «Bremen Soviet Republic». TheFreeDictionary.com. Consultado em 18 de novembro de 2022
- ↑ a b c Bourrinet, P. (2017). The Dutch and German Communist Left (1900-68): 'Neither Lenin Nor Trotsky Nor Stalin!' 'All Workers Must Think for Themselves!'. Países Baixos: Brill. [S.l.: s.n.] ISBN 9789004269774
- ↑ Grange, William (2008). Cultural Chronicle of the Weimar Republic. [S.l.]: Scarecrow Press. p. 27. ISBN 978-0810859678
- ↑ Schnell, Andreas (7 de fevereiro de 2004). «„Alle Mächt den Räten!"». Die Tageszeitung: taz (em alemão). 32 páginas. ISSN 0931-9085. Consultado em 18 de novembro de 2022