Revisão bibliográfica – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura revisão em sentido diferente do bibliográfico (literatura), veja Revisão (desambiguação).

A revisão bibliográfica, ou revisão da literatura, é uma análise meticulosa e ampla das publicações correntes em uma determinada área do conhecimento. Segundo o Manual de produção de textos acadêmicos e científicos, "As pesquisas de revisão bibliográfica (ou revisão de literatura) são aquelas que se valem de publicações científicas em periódicos, livros, anais de congressos etc., não se dedicando à coleta de dados in natura, porém não configurando em uma simples transcrição de ideias. Para realizá-la, o pesquisador pode optar pelas revisões de narrativas convencionais ou pelas revisões mais rigorosas".[1]

O Manual de produção de textos acadêmicos e científicos traz uma distinção entre dois tipos de revisões: as mais rigorosas e as de narrativas convencionais.[1]

As revisões mais rigorosas são a meta-análise, a previsão sistemática ou meta-análise qualitativa e a revisão integrativa.

  • Meta-análise é uma análise quantitativa extraída de dados primários, ou seja, de múltiplos estudos primários a partir do emprego de instrumentos estatísticos, afim de aumentar a objetividade e a validade dos achados.
  • A previsão sistemática ou meta-análise qualitativa é uma síntese rigorosa de todas as pesquisas relacionadas a uma questão específica, enfocando primordialmente estudos experimentais.
  • Já a revisão interativa é a mais ampla abordagem metodológica referente às revisões, pois permite a inclusão de estudos experimentais e não-experimentais para uma compreensão completa do fenômeno analisado.

As revisões de narrativas convencionais, com menor rigor metodológico, são a revisão de determinação do estado da arte, a revisão teórica, a revisão empírica e a revisão histórica.

  • O estado da arte sumariza o que já se sabe sobre o tema e os principais entraves metodológicos.
  • A revisão teórica explica o problema de pesquisa em um quadro de referência teórica.
  • A revisão empírica procura mostrar como problema vem sendo explicado do ponto de vista metodológico.
  • A revisão histórica busca recuperar a evolução de um conceito, tema, abordagem ou outros aspectos que visam explicar os fatores determinantes de um objeto de estudo.[2]

Referências

  1. a b BRASILEIRO, A. M. M. (2013). Manual de produção de textos acadêmicos e científicos. São Paulo: Atlas. 47 páginas 
  2. SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4. edição. Florianópolis: UFSC, 2005. 138p.