Riquilda da Polônia (rainha de Castela) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Riquilda da Polônia | |
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Rainha consorte da Galiza, Leão e Castela Condessa de Provença Condessa de Everstein | |
Nascimento | c. 1140 |
Breslávia, Baixa Silésia, Polônia | |
Morte | 16 de junho de 1185 |
Cônjuge | Afonso VII de Leão e Castela Raimundo Berengário II da Provença Alberto III, Conde de Everstein |
Casa | Dinastia Piast (por casamento) Casa de Borgonha (por casamento) |
Pai | Vladislau II da Polónia |
Mãe | Inês de Áustria |
Riquilda da Polônia (também conhecida como Riclitza da Silésia;[1] c. 1140 - 16 de junho de 1185) foi uma princesa polonesa da dinastia Piasta, pelo ramo silesiano, e, por seus casamentos, rainha de Leão, da Galiza e de Castela, condessa da Provença e de Everstein.[2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Riquilda era filha de Ladislau II da Silésia, e de Inês da Áustria, filha do marquês Leopoldo III da Áustria e meia-irmã do rei Conrado III da Germânia.
Viveu seus primeiros anos na Polônia, acompanhando seus pais e irmãos ao exílio, em 1146. Eles se estabeleceram primeiramente na Boêmia e depois na Germânia, sob os cuidados do rei Conrado III, que deu a seu cunhado deposto o distrito saxão de Altemburgo.
Rainha de Castela e de Leão
[editar | editar código-fonte]Em 1151, o rei Afonso VII de Galiza, Leão e Castela queria fazer uma aliança com o Reino da Germânia através de um matrimônio, e Riquilda, sobrinha do rei germano, era a noiva apropriada para tal.[2][3][4] O casamento aconteceu entre outubro e dezembro de 1152.[4] Seu primeiro filho, Fernando, nasceu em Toledo, um ano depois. Em 1155, Riquilda deu à luz Sancha.[2][3] O rei Afonso morreu repentinamente no meio da guerra contra os mouros em Sierra Morena, em 21 de agosto de 1157. Aparentemente, o infante Fernando havia morrido um pouco antes de seu pai.
Rainha viúva e condessa consorte da Provença
[editar | editar código-fonte]O falecido rei dividiu seus domínios entre seus filhos de seu primeiro casamento, com Berengária de Barcelona: Sancho III obteve Castela e Fernando II, Galiza e Leão. O relacionamento entre Riquilda e seus enteados não lhe era favorável, especialmente depois de Sancho III declarar guerra a Raimundo Berengário IV de Barcelona, cujo filho, o futuro Afonso II de Aragão, era noivo de Sancha, sua filha. As relações instáveis entre Fernando II e o imperador Frederico I, primo de Riquilda, e o antipapa Vítor IV acrescentou mais dificuldades à rainha viúva, que finalmente decidiu se mudar para o Reino de Aragão, em 1159.
Ali, Riquilda conheceu Raimundo Berengário II da Provença, sobrinho do conde de Barcelona. Apesar de ambos terem se apaixonados, a união deles seria claramente política. Raimundo Berengário II apoiava o antipapa Vítor II contra Alexandre III, que, por sua vez, apoiava o rei Luís VII da França. O Condado da Provença tinha uma localização estratégica entre e França e a Península Itálica. Frederico também queria trazer para seu lado o conde de Barcelona, aliado dos reis da França, e de Castela, Galiza e Leão. Em contraste, Raimundo Berengário II, logo primo por casamento do imperador Frederico, ganhava prestígio e poderia enfrentar as pretensões do conde Hugo de Beaux, que recebera a Provença imperial como feudo.
As negociações para o casamento duraram cerca de um ano e meio, até que, em 1161, Raimundo e Riquilda finalmente se casaram. Eles tiveram apenas uma filha, Dulce, que nasceu cerca de um ano depois. Raimundo Berengário morreu em 1166, tentando conquistar Nice.
Condessa consorte de Everstein
[editar | editar código-fonte]Pouco depois da morte de seu segundo esposo, iniciaram-se preparativos para outro casamento. Aparentemente, ela foi prometida a Raimundo V de Toulouse por seu primo Frederico. Na mesma época, a nova condessa Dulce II da Provença foi compromissada com o futuro Raimundo VI. O conde Raimundo ambicionava ficar mais próximo da dinastia de Hohenstaufen e se apoderar do condado da Provença. No entanto, a oposição firme do novo conde de Barcelona (futuro genro de Riquilda) pôs fim aos dois noivados e, com o auxílio da República de Gênova, iniciou uma guerra contra Raimundo V que durou oito anos.
Por volta de 1167, Riquilda se casou pela terceira e última vez com Alberto III de Everstein, que lutou ao lado do imperador Frederico na guerra contra a casa de Guelfo, e se mudou para a Germânia com seu novo esposo. Dessa união, sabe-se ao certo que nasceram dois filhos: Conrado II, arcebispo de Mogúncia, e Alberto IV de Everstein, embora algumas fontes citem ainda mais três filhos: Oto, Luís e Hermano.
Pouco se sabe da vida de Riquilda depois desses acontecimentos, tendo ela falecido em 1185.
Nota
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Richeza of Poland, Queen of Castile», especificamente desta versão.
Referências
- ↑ «ficha de individuo» (em espanhol)
- ↑ a b c Domené, Domingo (2017). Alfonso IX: Un gran rey con siete amadas (em espanhol). Madrid: BibliotecaOnline SL. p. 112
- ↑ a b c CARLOS, CÁDIZ ÁLVAREZ, JUAN (2018). Los siglos oscuros (em espanhol). Oviedo: Ediciones Nobel. p. 164
- ↑ a b Serrano, Luciano (2011). El obispado de Burgos y Castilla primitiva, desde el siglo V al XIII. (3 tomos) (em espanhol). Valladolid: Editorial MAXTOR. p. 45
Precedida por Berengária de Barcelona | Rainha consorte de Galiza, Leão e de Castela 1152 - 21 de agosto de 1157 | Sucedida por Urraca de Portugal (Leão) Leonor da Inglaterra (Castela) |
Precedida por Beatriz de Melgueil | Condessa consorte da Provença 1161 - 1166 | Sucedida por Ermesinda de Rocaberti |
Precedida por Judite de Schwalenberg | Condessa consorte de Everstein c. 1167 - 16 de junho de 1185 | Sucedida por Cunegunda |