Roberto Drummond – Wikipédia, a enciclopédia livre
Roberto Drummond | |
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Nome completo | Roberto Francis Drummond |
Nascimento | 21 de dezembro de 1933 Ferros, Minas Gerais |
Morte | 21 de junho de 2002 (68 anos) Belo Horizonte, Minas Gerais |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | jornalista e escritor |
Principais trabalhos | A morte de D.j. em Paris Hilda Furacão |
Prémios | Prêmio Jabuti (1975) |
Roberto Francis Drummond (Ferros, 21 de dezembro de 1933 — Belo Horizonte, 21 de junho de 2002) foi um jornalista, comentarista esportivo, cronista e escritor brasileiro. Participou da chamada literatura pop, marcada pela ausência de cerimônias e pela proximidade com o quotidiano.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Antes de residir, a partir da adolescência, em Belo Horizonte, a família do escritor viveu em Guanhães, Araxá e Conceição do Mato Dentro. Era filho do engenheiro e fazendeiro Francisco Alvarenga Drummond e de Ricarda de Paiva Drummond.[3]
Começou a escrever contos e novelas aos 13 anos. Na década de 1950 abandonou o curso científico e passou a dedicar-se ao jornalismo.[3] Seu primeiro emprego foi na extinta Folha de Minas, na capital mineira. Aos 28 anos, passou a dirigir a revista Alterosa, fechada pela Ditadura Militar em 1964.[4] Durante um ano trabalhou no Rio de Janeiro, retornando a Belo Horizonte em 1966, onde passou a escrever colunas esportivas e crônicas.[1]
O sucesso na literatura começou com seu primeiro livro, A morte de DJ em Paris, em 1971. Relançado em 1975, bateu recordes de vendas, recebendo o Prêmio Jabuti de autor revelação.[5] Na década de 80, inicia uma nova fase de sua produção literária, com a publicação de Hitler manda lembranças. Seu maior sucesso foi o romance Hilda Furacão, publicado em 1991 e adaptado para a televisão em 1998 numa minissérie de sucesso da Rede Globo.[6][7]
Roberto Drummond também fez um programa esportivo diário na TV Bandeirantes de Belo Horizonte.[1] O escritor era fanático torcedor do Clube Atlético Mineiro e criou para o clube a famosa frase:
Se houver uma camisa branca e preta pendurada num varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento.
Falecimento
[editar | editar código-fonte]Morreu vítima de problemas cardíacos, no dia da partida entre Brasil e Inglaterra pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 2002.[10][1][11]
Legado
[editar | editar código-fonte]Passados 10 anos da morte de Roberto Drummond, sua obra, sua paixão pelo futebol e seu legado para a literatura nacional foram novamente destacados pelos relançamentos de alguns de seus livros e de um documentário dirigido por Breno Milagres sobre a vida do escritor, além de uma homenagem da torcida atleticana no dia 23 de junho de 2012, durante o jogo Atlético x Náutico, pelo Campeonato Brasileiro, no Estádio Independência.[11][7]
Foi homenageado pela prefeitura de Belo Horizonte com uma estátua de bronze em tamanho real na Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, e pela prefeitura de Ferros com um Centro Cultural em seu nome.[12]
Obra
[editar | editar código-fonte]- A morte de D.j. em Paris (1971);
- O dia em que Ernest Hemingway morreu crucificado (1978);
- Sangue de coca-cola (1980);
- Quando fui morto em Cuba (1982);
- Hitler manda lembranças (1984);
- Ontem à noite era sexta-feira (1988);
- Hilda Furacão (1991);
- Inês é morta (1993);
- O homem que subornou a morte & Outras histórias (1993);
- Magalhães: navegando contra o vento *O cheiro de Deus (2001);
- Dia de São Nunca à tarde (publicação póstuma);
- Os mortos não dançam valsa (publicação póstuma);
- O Estripador da Rua G (publicação póstuma pela Fundação de Cultura de Belo Horizonte);
- Uma Paixão em Preto e Branco (publicação póstuma das melhores crônicas de Drummond sobre o Clube Atlético Mineiro).
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e Netsaber. «Roberto Drummond». Consultado em 30 de dezembro de 2012
- ↑ Silvia de Cássia Rodrigues Damacena de Oliveira (2008). «A literatura pop de Roberto Drummond: Arte pop, referencialidade e ficção» (PDF). Ex Libris e UNESP - Coordenadoria Geral de Bibliotecas. Consultado em 30 de dezembro de 2012
- ↑ a b Cultural, Instituto Itaú. «Roberto Drummond». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ Documentos Revelados (23 de dezembro de 2012). «Roberto Drummond era considerado Comunista pela Ditadura». Consultado em 30 de dezembro de 2012
- ↑ Prêmio Jabuti (2012). «Prêmio 1975». Consultado em 30 de dezembro de 2012
- ↑ «A volta de Hilda Furacão». Consultado em 7 de janeiro de 2010
- ↑ a b Diário do Grande ABC. «Morre Roberto Drummond, autor de 'Hilda Furacão'». Consultado em 30 de dezembro de 2012
- ↑ Softwarelivre.org. «Se Houver Uma Camisa Preta e Branca... (texto de Roberto Drummond)». Consultado em 30 de dezembro de 2012
- ↑ Galoforte (30 de dezembro de 2012). «CLUBE ATLÉTICO MINEIRO - GALO FORTE VINGADOR». Consultado em 30 de dezembro de 2012
- ↑ Lucas Conrado Silva (14 de abril de 2009). «Respondendo a Roberto Drummond». Globo Esporte. Consultado em 30 de dezembro de 2012
- ↑ a b Diário de Pernambuco (17 de junho de 2012). «10 anos da morte de Roberto Drummond será lembrado com reedição de livros e documentário». Consultado em 30 de dezembro de 2012
- ↑ Portal Belo Horizonte. «Estátua Roberto Drummond». Consultado em 30 de dezembro de 2012