Roda Viva (canção) – Wikipédia, a enciclopédia livre

"Roda Viva"
Canção de Chico Buarque
do álbum Chico Buarque de Hollanda - Volume 3
Lado B Tema Para "Morte e Vida Severina"
Lançamento 1967 (1967)
Formato(s) LP
Gravação 1967
Gênero(s) MPB
Duração 03:43
Gravadora(s) RGE
Letra Chico Buarque de Holanda
Composição Chico Buarque
Produção Roberto Colossi
Faixas de Chico Buarque de Hollanda - Volume 3
Carolina
(5)
O Velho
(2)

"Roda Viva" é uma canção do cantor e compositor brasileiro Chico Buarque de Holanda. Foi classificada em terceiro lugar no III Festival de Música Popular Brasileira, ocorrido entre setembro e outubro do ano de 1967, ano em que foi lançada em seu álbum Chico Buarque de Hollanda - Volume 3.[1] A revista Rolling Stone Brasil nomeou "Roda Viva" a vígesima sexta maior música brasileira de todos os tempos.[2][3][4]

A música "Roda Viva" foi escrita para a peça de teatro de mesmo nome, também de autoria de Chico Buarque.[5] A peça não tinha a ver com política, mas com a trajetória de um cantor massificado pelo esquema da televisão. Em julho de 1968 a peça foi montada em São Paulo quando o CCC invadiu o teatro, depredou o cenário e espancou os atores.[1] Chico Buarque suspeitou, na ocasião, que o CCC pretendia invadir a apresentação do espetáculo dirigido por Augusto Boal, Feira Paulista de Opinião que acontecia em outra sala do mesmo teatro.

Comparando-a com "A Banda", canção de sua autoria que venceu a edição anterior do festival (empatada com "Disparada"), Chico a definiu como um tipo diferente de samba como ele nunca havia feito antes.[6] Disse também que não a considera especial para sua carreira, tampouco merecedora de vencer o festival.[7]

Programa Roda Viva

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O programa de televisão Roda Viva a utilizou como inspiração para o tema de abertura. O acordo de cessão foi verbal com a produção do programa. Entretanto, em 14 de novembro de 2016, o cantor orientou seu advogado a acertar o rompimento do acordo. A TV Cultura divulgou que iria reformular o programa alterando também a abertura em comemoração aos trinta anos.[8]

Uso na mídia

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Referências

  1. a b Homem, Wagner "Histórias de Canções: Chico Buarque", pg. 56-58. Editora Leya. São Paulo (2009)
  2. Cavalcanti, Paulo. «AS 100 MAIORES MÚSICAS BRASILEIRAS». Rolling Stone Brasil. Consultado em 9 de março de 2017. Arquivado do original em 3 de março de 2018 
  3. «Chico quer gente para a sua Roda Viva». Intervalo, ano V, edição 252, página 40/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 1967. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  4. Marco Antônio Montandon (21 de outubro de 1967). «Música, paixão e vaias de um festival». O Cruzeiro, ano XXXIX, edição 56, páginas 10 e 11/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  5. «Teatro». Realidade, ano III ,edição 27, página 23/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Junho de 1968. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  6. Terra, Renato; Calil, Ricardo (2013). «Chico Buarque». Uma Noite em 67: entrevistas completas com os artistas que marcaram a era dos festivais. São Paulo: Planeta. p. 107. 296 páginas. ISBN 978-85-422-0082-9 
  7. Terra, Renato; Calil, Ricardo (2013). «Chico Buarque». Uma Noite em 67: entrevistas completas com os artistas que marcaram a era dos festivais. São Paulo: Planeta. p. 106. 296 páginas. ISBN 978-85-422-0082-9 
  8. «Chico Buarque desautoriza TV Cultura a usar sua música no programa 'Roda Viva'». O Dia. 23 de novembro de 2016. Consultado em 23 de novembro de 2016 

Ligações externas

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