Lei Sarbanes-Oxley – Wikipédia, a enciclopédia livre

Senador Paul Sarbanes se encontra com o presidente George W. Bush durante a cerimônia da assinatura da Lei, em 30 de julho de 2002. Ao fundo, a secretária Elaine Chao
Senadores Paul Sarbanes e Michael Oxley

A Lei Sarbanes-Oxley (em inglês, Sarbanes-Oxley Act) lei dos Estados Unidos, assinada em 30 de julho de 2002 pelo senador Paul Sarbanes (Democrata de Maryland) e pelo deputado Michael Oxley (Republicano de Ohio).[1]

Motivada por escândalos financeiros corporativos (dentre eles o da Enron, que acabou por afetar drasticamente a empresa de auditoria Arthur Andersen), essa lei foi redigida com o objetivo de evitar o esvaziamento dos investimentos financeiros e a fuga dos investidores causada pela aparente insegurança a respeito da governança adequada das empresas.[2]

A lei Sarbanes-Oxley, apelidada de Sarbox ou ainda de SOX, visa garantir a criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas, incluindo ainda regras para a criação de comitês encarregados de supervisionar suas atividades e operações, de modo a mitigar riscos aos negócios, evitar a ocorrência de fraudes ou assegurar que haja meios de identificá-las quando ocorrem, garantindo a transparência na gestão das empresas.[2]

Atualmente grandes empresas com operações financeiras no exterior seguem a lei Sarbanes-Oxley. A lei também afeta dezenas de empresas brasileiras que mantém ADRs (American Depositary Receipts) negociadas na NYSE, como a Petrobras, Ambev, Bunge, GOL Linhas Aéreas, a Sabesp, CPFL, LATAM Airlines Brasil, a Brasil Telecom, Grupo Ultra, GPA, Banco Bradesco, Itaú Unibanco, TIM, Vale S.A., Vivo, CEMIG, Natura, Claro, Gerdau, CSN, Eletrobras, Stone Pagamentos, Brasilagro, Kantar IBOPE Media, Azul Linhas Aéreas Brasileiras, WEG, ADP, Ituran Brasil, Suzano Papel e Celulose e Nexa Recursos Minerais.

Requisitos da lei

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  1. Controlar a criação, edição e versionamento dos documentos em um ambiente de acordo com os padrões ISO, para controle de todos os documentos relativos à seção 404;
  2. Cadastrar os riscos associados aos processos de negócios e armazenar os desenhos de processo;
  3. Utilizar ferramentas como editor de texto e planilha eletrônica para criação e alteração dos documentos da seção 404;
  4. Publicar em múltiplos websites os conteúdos da seção 404;
  5. Gerenciar todos os documentos controlando seus períodos de retenção e distribuição;
  6. Digitalizar e armazenar todos os documentos que estejam em papel, ligados à seção 404.

A seção 404 determina uma avaliação anual dos controles e procedimentos internos para emissão de relatórios financeiros. Além disso, o auditor independente da companhia deve emitir um relatório distinto, que ateste a asserção da administração sobre a eficácia dos controles internos e dos procedimentos executados para a emissão dos relatórios financeiros.

Referências

  1. Aggio, Rafael (2008). «Lei Sarbanes-Oxley e suas implicações». Consultado em 27 de novembro de 2023 
  2. a b Gitman, Lawrence. Pearson Jacques Salim, ed. Princípios de Adminsitração Financeira. 2010 12 ed. São Paulo: [s.n.] 9788576053323 
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