Salomão Bensabat Saragga – Wikipédia, a enciclopédia livre
Salomão Sáragga | |
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Nome completo | Salomão Bensabat Saragga |
Nascimento | 19 de setembro de 1842 Lisboa |
Morte | 4 de abril de 1900 (57 anos) Lisboa |
Nacionalidade | Português |
Ocupação | Intelectual |
Movimento estético | Geração de 70 |
Salomão Bensabat Saragga (Lisboa, 19 de Setembro de 1842 — Lisboa, 4 de Abril de 1900) foi um intelectual português descendente de uma família sefardita de origem argelina que se fixara em Lisboa logo após o termo da Guerra Civil Portuguesa. Foi um destacado intelectual, membro da Geração de 70, educado na Universidade de Coimbra e em Paris, onde foi próximo de Ernest Renan. Foi um dos organizadores das Conferências do Casino.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em Lisboa, filho de Francisco Aarão Saragga (1796-1872), um rico comerciante judeu nascido em Argel, e um dos principais membros da comunidade judaica de Lisboa no século XIX, e de Reyna Bensabat. Seu pai terá sido o primeiro Saragga a vir para Portugal após a implantação do liberalismo, por volta de 1835, a convite do governo português e como representante da família, então residente em Argel, para o fornecimento em grandes quantidades de gado bovino importado da Argélia.[2]
Manteve uma longa e profícua relação de amizade com Antero de Quental e era uma das figuras mais importantes das tertúlias literárias lisboetas do último quartel do século XIX.
Foi proprietário e editor do periódico Os dois mundos : illustração para Portugal e Brazil (1877-) e um dos primeiros tradutores para português das obras de Jules Verne e de Camille Flammarion. Publicou diversas traduções portuguesas de obras da literatura francesa e financiou diversas iniciativas editoriais. O seu nome consta na lista de colaboradores do periódico Lisboa creche: jornal miniatura [3] (1884).
Foi casado com uma marroquina, Symmi Philipps (1842-1926), natural de Mogador.
Notas
- ↑ João Medina, "A Geração de 70 : uma síntese provisória". In: Revista Colóquio/Letras. Ensaio, n.º 28, Nov. 1975, p. 25-33.
- ↑ José Maria Abecassis, Genealogia Hebraica.
- ↑ Catálogo BLX. «Lisboa crèche : jornal miniatura oferecido em benefício das creches a sua majestade a Rainha a Senhora Dona Maria Pia, maio de 1884, página 2, ficha técnica – registo bibliográfico.». Consultado em 21 de maio de 2020
Referências
[editar | editar código-fonte]- MARTOCQ, Bernard, "Molière, Castilho e a Geração de 70" / Bernard Martocq. In: Revista Colóquio/Letras. Homenagem, n.º 28, Nov. 1975, p. 39-46.
- MEDINA, João, "A Geração de 70 : uma síntese provisória" / João Medina. In: Revista Colóquio/Letras. Ensaio, n.º 28, Nov. 1975, p. 25-33.
- SALEMA, Álvaro, "A geração de 70 e o socialismo [crítica a 'As Conferências do Casino e o Socialismo em Portugal', de João Medina]" / Álvaro Salema. In: Revista Colóquio/Letras. Livros sobre a Mesa, n.º 92, Jul. 1986, p. 83.