Samba duro – Wikipédia, a enciclopédia livre

Samba duro é um gênero musical do estado da Bahia, derivado do samba de roda. De acordo com Tárik de Souza, o samba, baiano em sua gênese, continuou a se desenvolver na Bahia de forma independente em relação ao samba urbano carioca, contribuindo para originar novos gêneros tais como o próprio samba duro, o samba-reggae, o pagode baiano e a axé music.[1]

Os blocos afro da Bahia, tais como o Ilê Aiyê, têm o samba duro na essência da sua sonoridade, juntamente com o ijexá e outros ritmos do Candomblé.[2][3] O samba-reggae, por sua vez, é resultado da fusão do samba duro com o reggae jamaicano.[4]

O samba duro é também o ritmo executado pelos grupos de samba junino, uma tradicional manifestação cultural de Salvador.[5] Ademais, o pagode baiano tem no samba duro uma das suas mais importantes origens estilísticas.[6][7][8]

Referências

  1. Tárik de Souza (2003). Tem Mais Samba: Das Raízes à Eletrônica. [S.l.]: Editora 34. p. 13 
  2. Goli Guerreiro (2000). A Trama dos Tambores: A Música Afro-pop de Salvador. [S.l.]: Editora 34. p. 29 
  3. Viver Bahia. Música. Acesso em 15 de julho de 2017.
  4. CASTRO, A. A. Axé music: mitos, verdades e world music. Per Musi, Belo Horizonte, n.22, 2010, p.205.
  5. "Prefeitura registra samba junino como patrimônio cultural imaterial de Salvador. Acesso em 27 de março de 2018.
  6. André Diniz (2008). Almanaque do carnaval: A história do carnaval, o que ouvir, o que ler, onde curtir. [S.l.]: Jorge Zahar Editor. p. 184. 9788537802922 
  7. Hoje é o Dia Nacional do Samba. 2 de dezembro de 2015. Acesso em 15 de julho de 2018.
  8. Caetano diz que as pessoas não percebem a importância do pagode. Acesso em 10 de março de 2018.