Samuel Bamford – Wikipédia, a enciclopédia livre
Samuel Bamford | |
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Nascimento | 28 de fevereiro de 1788 Middleton |
Morte | 13 de abril de 1872 (84 anos) Harpurhey |
Cidadania | Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, Reino da Grã-Bretanha |
Ocupação | político, escritor, poeta, tecelão |
Samuel Bamford (Middleton, Lancashire, 28 de fevereiro de 1788 – Harpurhey, 13 de abril de 1872)[1] foi um radical e escritor inglês.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Bamford foi um dos cinco filhos nascidos de Daniel Bamford (um tecelão de musselina e professor de meio período e, mais tarde, mestre no reformatório de Salford) e de sua esposa, Hannah. Depois que seu pai o retirou da escola de ensino secundário em Manchester, Bamford tornou-se um tecelão e depois, um trabalhador de armazém em Manchester.[2] Em 1817 ficou preso na prisão de New Bailey, em Salford, sob suspeita de alta traição, por conta de suas atividades políticas. De lá, ele foi levado para Londres e interrogado pelo Conselho Privado, presidido pelo Lorde Sidmouth como secretário da Casa. Depois de prometer no futuro se manter no bom comportamento, Bamford foi libertado e voltou a morar em sua casa de campo em Middleton com sua esposa Jemima.[3]
Em agosto de 1819, Bamford liderou um grupo de Middleton até St. Peter's Fields, para participar de uma reunião com a intenção de pressionar uma reforma no Parlamento e exigir a revogação das Leis Corn. Lá eles testemunharam o Massacre de Peterloo, e Bamford foi preso e acusado de traição. Embora as evidências mostrassem que nem ele nem nenhum de seus companheiros estiveram envolvidos na violência, Bamford foi considerado culpado por incitar um motim e sentenciado a um ano de prisão em Lincoln. A experiência do massacre causou uma profunda impressão em Bamford, convencendo-o de que o poder do Estado sempre teria sucesso contra a militância radical. Ele passou a ser visto como uma voz para a reforma radical, mas se opunha a qualquer ativismo que envolvesse força física[2][4]
Bamford foi um autor de poesias, não somente escritas em inglês padrão,[5] mas também em dialeto, sendo que várias delas, demonstrando simpatia pelas condições da classe trabalhadora, tornaram-se amplamente populares. Sua Passages in the Life of a Radical (1840–1844) é uma história autorizada da condição das classes trabalhadoras nos anos que se seguiram à Batalha de Waterloo. Ele também compilou The Dialect of South Lancashire (Manchester: John Heywood, 1850). Morreu em Harpurhey em 13 de abril de 1872 e foi-lhe dado um funeral público, assistido por milhares de pessoas.[4] Um obelisco memorial foi inaugurado no Cemitério de Middleton em 1877. Parte da inscrição diz: "Bamford foi um reformador, quando isto era inseguro, e sofreu por sua fé".[6]
Obras selecionadas
[editar | editar código-fonte]As publicações de Bamford incluem:[7]
- 1817: An Account of the Arrest and Imprisonment of Samuel Bamford, Middleton, on Suspicion of High Treason
- 1819: The Weaver Boy, or Miscellaneous Poetry
- 1843: Homely Rhymes
- 1840–1844 Passages in the Life of a Radical (publicado em partes com muitas edições posteriores, inclui um glossário de palavras do dialeto de Lancashire).
- 1844: Walks in South Lancashire and on its Borders. With letters, descriptions, narratives and observations current and incidental.
- 1849: Early Days, 2.ª ed. 1859
- 1850: Tawk o'Seawth Lankeshur, por Samhul Beamfort
- 1853: Life of Amos Ogden
- 1854: The Dialect of South Lancashire, or Tim Bobbin's Tummus and Meary, with his Rhymes, with Glossary
- 1864: Homely Rhymes, Poems and Reminiscences
Notas
- ↑ S. Bamford, 'Early Days', (Londres 1849) p. 1 "Sempre me deram a entender que fui trazido para este mundo no dia 28 de fevereiro da "Era Gálica - oitenta e oito;" [1788]"
- ↑ a b Spence, Peter (setembro de 2004). «Bamford, Samuel (1788–1872)». Oxford Dictionary of National Biography. Oxford University Press. Consultado em 15 de fevereiro de 2008
- ↑ Lockett, T. A. (1968) Three Lives: Samuel Bamford, Alfred Darbyshire, Ellen Wilkinson. Londres: University of London Press; pp. 9-10
- ↑ a b Chisholm, Hugh. «Bamford, Samuel». Encyclopædia Britannica (em inglês). 3 1911 ed. Cambridge: Cambridge University Press. p. 304
- ↑ Hollingworth, Brian, ed. (1977) Songs of the People. Manchester: Manchester University Press; p.151
- ↑ «Samuel Bamford Memorial». National Recording Project. Public Monument and Sculpture Association. 16 de julho de 2011. Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ Smith, Edward. «Bamford, Samuel». Dictionary of National Biography (em inglês). 3 1885-1900 ed. Nova Iorque: MacMillan and Co. pp. 100–101
Referências
- Smith, Edward. «Bamford Samuel». Consultado em 2 de junho de 2018
- Chisholm, Hugh, ed. (1911). «Bamford, Samuel». Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Obras de ou sobre Samuel Bamford (em inglês) nas bibliotecas do catálogo WorldCat
- «Samuel Bamford: 'Passages in the Life of a Radical'.». 14 de junho de 2008. Consultado em 2 de junho de 2018, em dois volumes editado com uma introdução de Henry Dunckley ("verax") Londres: T. Fisher Unwin, Paternoster Square: MDXCCCXCIII
- Librivox. «Samuel Bamford». librivox.org (em inglês). Consultado em 2 de junho de 2018
- Archives, The National. «The Discovery Service». discovery.nationalarchives.gov.uk (em inglês). Consultado em 2 de junho de 2018
- «Samuel Bamford». gerald-massey.org.uk. Consultado em 2 de junho de 2018
- «This is Middleton - Samuel Bamford». 20 de novembro de 2008. Consultado em 2 de junho de 2018
- «Samuel Bamford». archive.org (em inglês). Consultado em 2 de junho de 2018