Santa Maria Maddalena – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para a santa, veja Maria Madalena. Para a igreja homônima em Veneza, veja Santa Maria Maddalena (Veneza).
Igreja de Santa Maria Madalena
Santa Maria Maddalena
Santa Maria Maddalena
Fachada
Informações gerais
Tipo igreja, igreja
Estilo dominante Barroco; Rococó
Arquiteto(a) Carlo Quadri, Carlo Fontana, Giovanni Antonio de' Rossi, Giuseppe Sardi e Manuel Rodriguez dos Santos
Início da construção século XVII
Fim da construção 1699
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Ano de consagração 1699
Página oficial https://www.camilliani.org/chiesa-di-santa-maria-maddalena-cenni-storici/
Geografia
País Itália
Localização Rione Campo Marzio
Região Roma
Coordenadas 41° 54′ 00″ N, 12° 28′ 36″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico

Santa Maria Maddalena ou Igreja de Santa Maria Madalena, conhecida como La Maddalena, é uma igreja de Roma, Itália, dedicada a Maria Madalena e localizada na Via della Maddalena, uma das ruas que partem da Piazza della Rotonda no rione Campo Marzio.

A Ordem dos Clérigos Regulares Ministros dos Enfermos de São Camilo de Lellis ("camilianos") já possuía uma igreja no local desde 1586 e, na primeira metade do século XVII, iniciou a construção do edifício atual em estilo barroco, terminando apenas em 1699.

Nos setenta anos de trabalho, diversos arquitetos se envolveram, incluindo Carlo Quadri, Carlo Fontana (a quem se atribui a construção da cúpula) e Giovanni Antonio de' Rossi. Não se sabe quem projetou a fachada principal convexa, que só foi terminada em 1735 e é rococó, um estilo pouco comum nas fachadas de igrejas de Roma, mas, pelos motivos decorativos, é reminiscente da obra de Borromini. Guias mais antigos de Roma a atribuem a Giuseppe Sardi, mas, entre 1732 e 1734, como arquiteto dos camilianos, o arquiteto português Manuel Rodrigues dos Santos foi quem dirigiu o final das obras na igreja. A historiadora Alessandra Marino acredita que foi ele e não Sardi o autor do atípico projeto. Se foi ele mesmo, o treinamento anterior de Santos como marceneiro de gabinetes foi essencial, pois a decoração acrescentada à estrutura do edifício é típica deste tipo de trabalho na Itália na época, em madeira e, no caso de igrejas, em cantaria, como Santa Maria della Quercia, em Viterbo, e a homônima Santa Maria Maddalena de Veneza.[1] A historiadora da arquitetura Nina Mallory também defende que é pouco provável que o projeto seja de Sardi.[2]

À esquerda da igreja está o mosteiro, construído por volta de 1678 pelo palermitano Paolo Amato e completado por C.F. Bizzacheri no início da década de 1680.[3]

O interior é arquiteturalmente complexo, com uma nave octogonal alongada no estilo de Borromini, com duas capelas de cada lado. À direita está a capela principal, dedicada a São Camilo e onde estão abrigadas as suas relíquias. A abóbada desta capela está decorada por um afresco de Sebastiano Conca (1744). Na igreja está ainda um "Cristo, a Virgem e São Nicolau de Bari", de Baciccia, e um "São Lourenço Giustiniani com o Menino Jesus", de Luca Giordano. A sacristia rococó é ricamente pintada, decorada com estuques e mármores multicoloridos.

Referências

  1. Alessandra Marino, 'La decorazione settecentesca della facciata di S. Maria Maddalena: un'occasione per alcune precisazioni sul rococò romano', Quaderni dell'istituto di storia dell'architettura, 15 – 20, 1990 – 2, pp. 789 – 98.
  2. Mallory, N. A. Rococo Architecture from Clement XI to Benedict XIV, New York & London, 1977
  3. Blunt, Anthony. Guide to Baroque Rome, Granada, 1982, p.89
  • George Sullivan, 2006, Not Built in a Day: Exploring the Architecture of Rome, Carroll & Graf, ISBN 0-7867-1749-1 (em inglês)

Ligações externas

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