Heteronímia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ficheiro:Heteronyms Almada 1958.jpg
Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis.
Heterónimos de Fernando Pessoa por Almada Negreiros, 1958.

Heteronímia[nota 1] (héteros = diferente; + ónoma = nome) é o estudo dos heterônimos, isto é, estudo de autores fictícios (ou pseudo-autores) que possuem personalidade. Ao contrário de pseudônimos, os heterônimos constituem uma personalidade. O criador do heterônimo é chamado de "ortônimo". Sendo assim, quando o autor assume outras personalidades como se fossem pessoas reais.

O maior e mais famoso exemplo da produção de heterónimos é do poeta português Fernando Pessoa. Ele criou os heterônimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, entre muitos outros. Também criou o semi-heterônimo Bernardo Soares. Antes de Fernando Pessoa, o caso mais célebre de heteronímia foi o do escocês James Macpherson, autor dos Cantos de Ossian.

Outros autores que usaram o recurso da heteronímia: Brian O'Nolan, Kent Johnson, Romain Gary, Soren Kierkegaard, Daniel Handler e Stephen King, que criou o heterônimo Richard Bachman. Na literatura brasileira contemporânea existem duas referências de uso de heterônimos: Bruno Tolentino - com o seu alter-ego Sóror Katharina[1] - e Raimundo de Moraes, que assina seus poemas através dos personagens Aymmar Rodríguez e Semíramis.[2]

Gramática (Morfologia)

[editar | editar código-fonte]

No estudo das palavras dentro da gramática a heteronímia[3] ocorre quando masculino e o feminino são representados por vocábulos completamente diferentes, por terem radicais diferentes. Ex: homem - mulher; bode - cabra; genro - nora; zangão - abelha; compadre - comadre

Notas

  1. Termo criado por Fernando Pessoa.

Referências

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Wikcionário
Wikcionário
O Wikcionário tem o verbete heteronímia.
Ícone de esboço Este artigo sobre literatura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.