Serra do Sobradinho – Wikipédia, a enciclopédia livre
Serra do Sobradinho | |
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Coordenadas | 16° 42′ 00″ S, 40° 10′ 00″ O |
A Serra do Sobradinho é uma das formações montanhosas que compõem a Chapada Diamantina, no estado brasileiro da Bahia. É nela que nascem os dois braços que, juntos, formarão o rio Mucugezinho. Fica no território de municípios como Mucugê e Andaraí, e tem atrações turísticas como a Cachoeira do Sossego ou o Rio Cachoeirão.
A visualização de seu topo sobre a região do Vale do Pati é uma das mais visitadas da zona turística do Parque Nacional.[1]
Características
[editar | editar código-fonte]A serra tem parte de sua área no Parque Nacional da Chapada Diamantina, próximo ao Vale do Capão.[2] Na sua parte sul possui um relevo plano no cimo, com altitudes que variam de 1 200 a 1 320 metros.[1]
A geologia da serra está na chamada "formação Tombador" com formações que datam de 1,5 milhão de anos, no período pterozoico, caracterizado por arenitos e microcoglomerados bastante desgastados e ruiniformes pela rede de rios entrelaçados. Nela também se encontram lajedos areníticos de topo, na parte sul, onde as rochas apresentam fraturas por onde a água pluvial se infiltra proporcionando a formação de aquíferos. Em alguns pontos é possível ver-se blocos de rocha com desprendimento mais recente (e portanto menos erodidos) do que aqueles que estão no Vale do Pati mais abaixo, desgastados pelo intemperismo.[1]
Na área da serra que fica no parque nacional a vegetação de gerais (na terminologia local) é propícia ao alastramento dos focos de incêndio,[3] e pelos chamados campos rupestres. Devido à ausência de árvores, parte da água que escorre superficialmente evapora rápido, de modo que alguns rios formados ali, como o Cachoeirão, correm apenas nos períodos chuvosos.[1]
Estudos feitos pelo governo estadual colocaram sua área com grande potencial eólico junto a outros seis pontos como Caetité, onde parques já estão instalados, visando assim atrair investidores do setor.[4] Também é ponto propício para a geração de energia fotovoltaica, segundo o Atlas Solar da Bahia lançado em 2018.[5]
Por suas características geológicas, é nascente de vários cursos d'água como o Cachoeirão e outros do lado oposto da serra, onde o fluxo é formado pelas águas que infiltram nas fendas e correm na subsuperfície, de modo que estes riachos fluem de modo efêmero, apenas nas estações chuvosas.[1]
Turismo
[editar | editar código-fonte]O caminho para o topo da serra se dá principalmente por uma trilha que recebe o nome de moradora do lugar, e ascende por uma grande fenda que permite o acesso ao cimo. Esta fenda, formada pelo fluxo de água, apresenta bastante umidade, capaz de permitir a formação de uma mata com características similares às do sul do país, em razão do clima mais temperado da altitude do lugar.[1]
Os moradores do local são peças importantes pois oferecem pouso e alimentação aos turistas,como ainda impedem que estes degradem o ambiente circundante, além de serem conhecedores da história e características da região.[1]
Problemas ambientais
[editar | editar código-fonte]O fogo é um dos principais problemas ambientais do Sobradinho. Em 2013 um incêndio de grandes proporções atingiu a serra na área do parque nacional, alastrando-se para outras regiões, levando o então governador Jaques Wagner a solicitar apoio ao governo federal, apesar da força anti-incêndio da área e mais de quinhentos e cinquenta brigadistas voluntários estarem engajados, para fazer frente às chamas que destruíam o lugar.[2] Em 2015 novamente focos de incêndio demandaram o esforço dos responsáveis pelo meio ambiente do governo estadual, e do parque na esfera federal.[3]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e f g Rodrigo Valle Cezar (2011). Carta Geoambiental (1:50.000) e Trilhas Interpretativas da Zona Turística do Vale do Pati, Chapada Diamantina – BA (Tese). Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro. Consultado em 16 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 15 de maio de 2021
- ↑ a b «Incêndio atinge Serra do Sobradinho, no Parque Nacional da Chapada Diamantina». Correio 24 H. 9 de janeiro de 2013. Consultado em 16 de janeiro de 2020. Cópia arquivada em 16 de janeiro de 2020
- ↑ a b «Focos de incêndio se mantêm na Serra do Sobradinho e próximo à Cachoeira das Três Barras, na Chapada». Correio 24 H. 26 de novembro de 2015. Consultado em 16 de janeiro de 2020. Cópia arquivada em 16 de janeiro de 2020
- ↑ «Bahia lança mapa eólico para atrair investidores». Kincaid. 12 de novembro de 2013. Consultado em 16 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 16 de janeiro de 2023
- ↑ «SENAI CIMATEC lança Atlas Solar da Bahia». Senai Cimatec. 1 de junho de 2018. Consultado em 16 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 16 de janeiro de 2023