Xaabe Aldim Surauardi – Wikipédia, a enciclopédia livre
- Outros importantes místicos islâmicos levam o nome Surauarditas, particularmente Abu Nájibe Surauardi e seu sobrinho paterno Xabadim Abu Hafes Omar Surauardi.
Xabadim Surauardi | |
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Nascimento | 1154 Surauarde (atual província iraniana de Zanjã) |
Morte | 1191 Alepo (atual Síria) |
Nacionalidade | Persa |
Ocupação | Filósofo |
Magnum opus | A Filosofia da Iluminação (Hikmat al-Ishraq)[1] |
Escola/tradição | Filosofia Perene[2] Escola peripatética Iluminacionismo |
Ideias notáveis | Filosofia da Iluminação |
Religião | Islão |
Xabadim, Xabardim ou Xaabe Aldim Iáia ibne Habaxe Surauardi (em árabe: شهاب الدين يحيى إبن حبش صحراورد; romaniz.: Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi), melhor conhecido somente como Xabadim,[3] Xabardim[4] ou Xaabe Aldim Surauardi[5] (em persa: شهابالدین سهروردی; lit. "Shahab al-Din Suhrawardi ", em árabe: السهروردي المقتول), foi um filósofo persa[6] e fundador do iluminacionismo (ou filosofia da iluminação), uma importante escola da filosofia e do misticismo islâmico inspirada pelas filosofias zoroástrica e platônica. Em sua filosofia da iluminação, a luz é uma fonte divina e metafisica de conhecimento. Ele foi agraciado com os título honoríficos de Xeique Alixiraque (mestre da iluminação) e Xeique Almactul (mestre executado), devido à sua execução após ser acusado de heresia.[7] O filósofo Mula Sadra, do Império Safávida, descreveu Surauardi como o restaurador da filosofia pálavi, e o próprio Surauardi, em seu magnum opus A Filosofia da Iluminação, referiu-se a si mesmo como o restaurador das antigas tradições da filosofia persa.[8][9]
O trabalho de Surauardi é dividido em 4 períodos distintos: Trabalhos de juventude, constituídos por exercícios que o filósofo escreveu antes do desenvolvimento de sua obra propriamente filosófica. Em um segundo momento o autor se dedicou aos estudos místicos e persas, registrando pequenas notas em árabe e alegorias em prosa persa. Em sua fase madura, Surauardi se dedicou aos trabalhos peripatéticos, escrevendo três compêndios filosóficos: Al-talwihat, Al-muqawamat, e Al-mashari wa al-mutarahat. Essas obras foram escritas na linguagem filosófica de Avicena, mas ao contrário de Ibn Sīnā, Surauardi criticou os peripatéticos em diversos aspectos. Por último, dedicou-se a sua mais destacada obra, o Hikmat al Ishraq, a chamada filosofia da iluminação.[10]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Surauardi nasceu em 1154 em Surauarde (Suhraward), uma vila localizada entre as atuais cidades de Zanjã e Bijar Garrus no Irã.[11] Ele estudou filosofia e jurisprudência em Maragha (localizada atualmente na província iraniana de Azerbaijão Oriental). Seu professor foi Majedadim Jili, que também foi professor do imã Faquir Razi. Partiu então ao Iraque e à Síria, onde residiu por muitos anos em busca de aprimorar seus conhecimentos. Sua vida abrangeu um período de menos de quarenta anos, nos quais produziu uma série de obras que o consagraram como fundador de uma nova escola de filosofia, chamada "iluminacionismo" (hikmat al-Ishraq).[12]
Surauardi veio a ser chamado de Mestre da Iluminação (Xaique Alixaraque) porque sua grande missão foi a restauração da antiga sabedoria iraniana,[13] que Henry Corbin detalha de diferentes maneiras como "o projeto de reviver a filosofia da antiga Pérsia". Em 1186, aos 32 anos, ele completou seu magnum opus, A Filosofia da Iluminação. Os relatos de sua morte são contraditórios. O ponto de vista mais aceito é o de que Surauardi foi executado entre 1191 e 1208 em Alepo, acusado de pregar heresias esotéricas (batini), por ordem de Maleque Alzair, filho de Saladino.[12] Outras fontes indicam que ele suicidou-se pela privação de comida; que foi sufocado; ou atirado das muralhas da cidadela e então incinerado.[14]
Filosofia
[editar | editar código-fonte]As ideias do iluminacionismo são oriundas da filosofia peripatética desenvolvida por Avicena. Surauardi critica diversas posições de Avicena e diverge radicalmente dele no que toca a criação de uma linguagem simbólica (originada principalmente da cultura da Pérsia antiga ou Farhang-e Khosravani) para exprimir seu conhecimento e sabedoria (hikmah). A cosmologia emanacionista professada por Surauardi defende que toda a criação é uma dedução contínua da Suprema Luz das Luzes (Nur al-Anwar). O fundamento principal da filosofia de Surauardi é a luz pura e imaterial, emitida pela Luz das Luzes e onde nada é manifesto. Esta luz se revelaria em intensidades cada vez menores que, por meio de processos complexos de interação, formariam um conjunto "horizontal" de luzes de diferentes matizes que governam a realidade mundana, de modo semelhante ao conceito platônico das formas. Em outras palavras, o universo e todos os níveis de existência são nada mais que intensidades diferentes da luz e escuridão. No seu conceito de divisão de corpos, Surauardi categoriza objetos de acordo com sua receptividade da luz ou falta dela.[15]
Surauardi acredita na prévia existência da alma no reino angélico, antes de sua descida para o reino corporal. A alma é dividida em duas partes, uma permanece no céu e a outra desce para as masmorras do corpo. A alma humana é sempre triste pois foi divorciada de sua outra metade. Portanto, deseja se unir a ela. A alma só consegue alcançar a felicidade de novo quando é unida a sua parte celestial, que permanece no céu. Ele considera que a alma deve buscar a felicidade separando a si mesma do seu tenebroso corpo e dos assuntos mundanos, acessando o mundo das luzes imateriais. As almas dos gnósticos e santos, depois de deixarem o corpo, ascendem a um patamar mais alto que o mundo angélico para apreciar a Suprema Luz, que é a única realidade absoluta.[15]
Surauardi elabora a ideia neoplatônica de um mundo intermediário independente, o mundo imaginário (em árabe: عالم مثال; romaniz.: alam-i mithal). Suas opiniões exerceram uma poderosa influência até hoje, particularmente através da combinação da descrição da realidade peripatética e Iluminacionista de Mula Sadra.[16]
Influências
[editar | editar código-fonte]O projeto iluminacionista de Surauardi haveria de deixar um abrangente legado na filosofia islâmica do Irã xiita. Seus ensinamentos influenciaram fortemente o esoterismo iraniano e acredita-se que a ideia da "Necessidade Decisiva" é uma das mais importantes inovações na história da especulação filosófica lógica, aceita pela maioria dos lógicos e filósofos muçulmanos. No século XVII, iniciou-se um ressurgimento do iluminacionismo zoroástrico impulsionado pela figura do pensador e sacerdote do século XVI Azar Caivane.[17][falta página]
Surauardi e os antigos filósofos gregos
[editar | editar código-fonte]A respeito da filosofia de Suhrawardi, alguns estudiosos alegam que ele está em total ruptura com o essencialismo aristotélico e de Avicena, contudo, outros alegam que Suhrawardi apenas as corrige a seu modo.[18] Segundo Domingues, por exemplo, “Ao rechaçar a definição por gênero e diferença como designação da qualidade, apresentando os limites do conhecimento por meio da definição essencial completa, Suhrawardí desarticula o núcleo da noção de ciência na filosofia peripatética. Não obstante, Suhrawardi é menos radical em seu propósito; ele, mesmo na Filosofia da iluminação, comunga(rá) com o essencialismo aristotélico.[19] Seja como for, Surauardi foi grande crítico dos peripatéticos, como se nota nas palavras do próprio autor:
Os peripatéticos se comprazem em que o essencial geral e especifico de uma coisa seja mencionado em sua definição. O essencial geral – que não é parte de outro essencial geral – da realidade universal explicada pela resposta do “o que é isto?”, eles a nomeiam como “gênero”; a propriedade essencial de uma coisa, a nomeiam “diferença [especifica]”.[20]
Mesmo quem, daquilo que já sabe, passar a enumerar os essenciais, não se assegura se esqueceu da existência de outro essencial; assim, quem busca explicação ou um critico desafia-lo-á. Não há como saber se se pode declarar: “Se houvesse outros atributos, eu os conheceria”, pois muitos entre os essenciais não são manifestos. Não basta dizer “se a coisa tivesse outro essencial, nós conheceríamos a quididade sem este”, pois se dirá: “Sobre a realidade, sabe-se somente ao se saber de todos os essenciais”. Assim, se há a possibilidade de outro essencial não ter sido apreendido, não se sabe sobre a realidade com segurança. Está claro, pois, que não é humanamente possível se construir uma definição tal qual os peripatéticos propuseram.; mesmo o autor deles [Aristóteles] reconheceu tal dificuldade.[21]
Classes de filósofos
[editar | editar código-fonte]Para Surauardi, as fileiras dos filósofos são muitas, e eles podem ser divididos nas seguintes classes:[22]
- Um filósofo divino proficiente na filosofia intuitiva, mas ao qual falta a filosofia discursiva;
- Um filósofo ao qual falta a filosofia intuitiva;
- Um filósofo divino proficiente tanto na filosofia intuitiva quanto na discursiva;
- Um filósofo divino proficiente na filosofia discursiva, mas de habilidade média ou fraca na filosofia intuitiva;
- Um filósofo proficiente na filosofia discursiva, mas de habilidade média ou fraca na filosofia intuitiva;
- Um estudante só da filosofia intuitiva; e
- Um estudante só da filosofia discursiva.
Segundo o autor, se acontecer que em algum período houve um filósofo proficiente tanto na filosofia intuitiva quanto na discursiva, ele será o regente por direito e o vice regente de Deus na Terra. Se acontece que não é esse o caso, então a regência pertencerá ao filósofo que seja proficiente na filosofia intuitiva, mas de habilidade média na filosofia discursiva. Se essas qualidades não coincidirem, a regência pertencerá ao filósofo que é proficiente na filosofia intuitiva, mas ao qual falta a filosofia discursiva. O mundo jamais estará privado de um filósofo proficiente na filosofia intuitiva. A autoridade de Deus na Terra jamais pertencerá a um filósofo proficiente na filosofia discursiva que não se tenha tornado proficiente na filosofia intuitiva, pois a vice-gerência requer o conhecimento direto.[23]
Por essa autoridade e conhecimento de causa, o líder dotado de filosofia intuitiva pode de fato reger abertamente ou pode estar oculto na multidão, e ele é chamado de Alcutabe. Ele terá autoridade mesmo se viver na mais profunda obscuridade. Quando o governo está nas suas mãos, a Era é iluminada; mas quando a era é sem regência divina, as trevas serão triunfantes. O melhor estudante é o que estuda tanto a filosofia intuitiva quanto a filosofia discursiva; em seguida o estudante de filosofia intuitiva; e em terceiro o estudante de filosofia discursiva.”[23]
Surauardi e a filosofia persa pré-islâmica
[editar | editar código-fonte]Surauardi pensava ser um restaurador ou revitalizador da antiga filosofia persa. Ele afirma no Hikmat al-'Ishraq que:[9]
“ | Entre os antigos persas havia um grupo de pessoas guiadas por Deus que, porquanto isso, encontravam-se no caminho verdadeiro; sábios-filósofos de benemerência, sem quaisquer semelhanças com os Magi (dualistas). Destes sábios, é a sua preciosa filosofia da Luz, a mesma testemunhada pela experiência mística de Platão e seus antecessores, que nós resgatamos em nosso livro de nome Filosofia Iluminacionista (Hikmat al-'Ishraq), não tendo eu precursor algum no curso deste projeto. | ” |
Surauardi utiliza a gnose persa pré-islâmica, sintetizando-a com os pensamentos grego e islâmico. A principal influência da filosofia da Pérsia antiga na obra de Surauardi encontra-se nas esferas da angelologia e cosmologia. Ele acreditava que a sabedoria de seus antepassados era compartilhada por filósofos gregos como Platão assim como o egípcio Hermes e considerava sua filosofia da Iluminação uma redescoberta deste pensamento antigo. De acordo com Nasr, Surauardi constrói uma importante ligação entre os pensamentos pré-islâmico e pós-islâmico do Irã e uma síntese harmoniosa entre ambos. Henry Corbin afirma que "ao noroeste iraniano, Surauardi (m. 1191) investiu-se em um grande projeto de revitalização da sabedoria ou teosofia do Irã zoroástrico e pré-islâmico".[24]
Em sua obra Alwah 'Imadi, Surauardi oferece uma interpretação esotérica do livro Épica dos Reis (Shah Nama) de Ferdusi, na qual figuras como Fereidum, Zaaque, Cai Cosroes e Janxide são apontadas como manifestações da luz divina. Hosein Nasr diz que "Alwah 'Imadi é um dos mais brilhantes trabalhos de Surauardi no qual foram sintetizados os contos da antiga Pérsia e a sabedoria da gnose da antiguidade sob o sentido esotérico do Corão.[25]
Surauardi faz uso extensivo do simbolismo zoroástrico em sua obra persa Partaw Nama e seu principal trabalho árabe Hikmat al-Ishraq[25] e sua requintada angelologia também é baseada no molde zoroástrico. A suprema luz é por ele referida tanto pelo seu nome corânico quanto mazdeísta, al-nur al-a'zam (a Luz Suprema) e Vohuman (Bahman). Surauardi se refere aos hukamayya-fars (filósofos persas) como os maiores representantes de sua filosofia Ishraqi e considera Zaratustra, Zamasfes, Histaspes, Cai Cosroes, Fraxostar e Burzemir como detentores desta sabedoria.[26][falta página]
Entre os símbolos e conceitos pré-islâmicos utilizados por Surauardi estão: minu (mundo incorpóreo); giti (mundo corpóreo); Surush (mensageiro; Gabriel); Farvardin (o mundo inferior); gawhar (essência pura); Baram; Hurakhsh (o Sol); shahriyar (arquétipo de espécies); isfahbad (luz no corpo); Amordad (anjo zoroástrico); Shahrivar (anjo zoroástrico) e o Khvarenah Kiani.[26][falta página]
No que toca o conceito persa pré-islâmico de Khvarenah (glória), Surauardi diz:
“ | Será investido da glória da realeza (kharreh) e do reluzente fausto (farreh) aquele que detém o conhecimento (hikmat) e persevera na meditação e santificação da Luz das Luzes, e — como tínhamos dito em outra ocasião — a luz divina irá ainda agraciá-lo com o véu do poder e prestígio reais. Assim, tal indivíduo terá tornado-se, naturalmente, o senhor do universo. Será dada a ele assistência dos céus, e no que comandar haverá de ser obedecido; e seus sonhos e inspirações evoluir-se-ão ao seu mais nobre e perfeito estado. و هر که حکمت بداند و بر سپاس و تقدیس نور الانوار مداومت نماید، او را خرّه کیانی بدهند و فرّ نورانی ببخشند، و بارقی الاهی او را کسوت هیبت و بهاء بپوشاند و رئیس طبیعی شود عالم را، و او را از عالم اعلا نصرت رسد و سخن او در عالم علوی مسموع باشد، و خواب و الهام او به کمال رسد[27] | ” |
Surauardi e a escola da Iluminação
[editar | editar código-fonte]De acordo com Hossein Nasr, uma vez que Xeique Alixaraque não foi traduzido para os idiomas ocidentais durante o período medieval, os europeus tiveram pouco contato com Surauardi e sua filosofia. Mesmo atualmente a escola do pensamento iluminacionista é ignorada por acadêmicos.[28] Xeique Alixaraque tentou aplicar novas perspectivas em questões como a da Existência. Ele não apenas fez com que filósofos peripatéticos confrontassem novas indagações, como também deu nova vida ao corpo da filosofia após Avicena.[29]
De acordo com John Walbridge, a crítica de Surauardi à filosofia peripatética poderia ter sido considerada um importante ponto de viragem por seus sucessores. Surauardi tentou criticar o Avicenismo numa nova abordagem. Embora Surauardi tenha sido um pioneiro na filosofia peripatética, logo se tornou um platonista após uma experiência mística. Ele também é considerado um restaurador do antigo conhecimento persa por sua filosofia da iluminação. Seus seguidores incluem outros filósofos persas que tentaram dar continuidade ao pensamento de seu professor, como Xarazuri e Cobadim de Xiraz. Surauardi fez uma distinção entre duas abordagens na filosofia da iluminação: a discursiva e a intuitiva.[30][falta página]
Perspectiva acadêmica de Surauardi
[editar | editar código-fonte]Há diferentes e conflitantes opiniões sobre o caráter da escola de Surauardi. Acadêmicos como Hosein Ziaei acreditam que os aspectos mais importantes do pensamento de Surauardi são sua lógica e sua crítica à perspectiva peripatética sobre definição.[26][falta página] Por outro lado, outros acadêmicos como Mehdi Hairi e Sayyid Jalal Addin Ashtiyyani acreditam que Surauardi se restringiu ao quadro da filosofia peripatética e neo-avicenista. Mehdi Amin Razavi critica ambos os lados por ignorarem a dimensão mística da obra de Surauardi.[26][falta página] Ainda há estudiosos como Henry Corbin e Hossein Nasr que definem Surauardi como um teosofista e valorizam principalmente o seu misticismo.[31]
Obras
[editar | editar código-fonte]Surauardi produziu mais de 50 escritos em persa e árabe. Esta é uma lista incompleta.
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Notas
- ↑ Disponível no volume III do livro Hayakal al-Nur de Muhammad Ali Abu Rayyan
- ↑ Compêndio de Hossein Nasr com textos persas e introduções em persa francês com comentários de Henry Corbin
- ↑ Compêndio de Henry Corbin com a tradução francesa da maior parte dos textos do volume III da obra Œuvres philosophiques et mystiques, além de extratos de comentários dos textos
- ↑ Compêndio de Wheeler Thackston com a tradução inglesa da maior parte dos textos do volume III da obra Œuvres philosophiques et mystiques, porém excluindo quase todas as anotações, com exceção das mais básicas
- ↑ Compêndio de Henry Corbin com textos árabes e introduções em francês
- ↑ Compêndio de Henry Corbin com textos árabes e introduções em francês
- ↑ Editado por Ali-Akbar Fayyaz, Teerã: Universidade de Teerã, 1955
- ↑ Contém a tradução francesa de Kitab hikmat al-ishraq, feita por Henry Corbin com prefácio e edição de Christian Jambet. Tradução de Corbin do Prologo e da Segunda Parte [As Luzes Divinas], junta à introdução de Xameçadim de Xarazur e extratos de comentários de Cobadim de Xiraz e Mula Sadra. Publicada após a morte de Corbin, esta tradução é rica em anotações e confere acesso imediato do método e linguagem iluminacionistas de Surauardi ao leitor que desconhece a língua árabe
Referências
- ↑ Salami, Ismail (11 de janeiro de 2009). «The Master and the Light». Iran Review. Consultado em 5 de abril de 2018
- ↑ "Suhrawardi considered himself to be the reviver of the perennial wisdom, philosophia perennis, or what he calls Hikmat al-khalidah or Hikmat al-atiqa which existed always among the Hindus, Persians, Babylonians, Egyptians, and the ancient Greeks up to the time of Plato." Paths and Havens, Hossein Nasr, p 128.
- ↑ Serrão 1994, p. 254.
- ↑ Barros 1778, p. 252.
- ↑ Souza 2019, p. 264.
- ↑ Ziai 1997, p. 782-784.
- ↑ Dabashi 2012, p. 115.
- ↑ Pines 1977, p. 823.
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- ↑ a b Dabashi 2012, p. 116.
- ↑ Domingues 2020, p. 24.
- ↑ Kamal 2006, p. 13.
- ↑ a b Domingues 2020, p. 225-232.
- ↑ Domingues 2020, p. 139-197.
- ↑ a b Zakir 2009.
- ↑ Domingues 2020, p. 18.
- ↑ Domingues 2020, p. 157.
- ↑ §15; p.20, 11-14 [opera II] p. 10,6-9 [The Phillosophy of Illumination]
- ↑ §15; p.21, 6-12 [opera II] p. 10,17-11,6 [The Phillosophy of Illumination]
- ↑ Surauardi 1996, p. 2.
- ↑ a b Surauardi 1996, p. 3.
- ↑ Corbin 1994, p. 16.
- ↑ a b Ravazi 1997, p. 16-17.
- ↑ a b c d Amin Razavi, M. (1997) Suhrawardi and the School of Illumination, Richmond: Curzon Press.
- ↑ Ziai 1998, p. 84-85.
- ↑ Nasr 1997, p. 55.
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Bibliografia
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