Sismo de João Câmara de 1986 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Sismo de João Câmara
Sismo de João Câmara de 1986
Casas destruídas pelo tremor.
Sismo de João Câmara de 1986
Localização de João Câmara, Rio Grande do Norte.
Epicentro João Câmara, Rio Grande do Norte
Profundidade 5 quilômetros
Magnitude 5.1 [1] MW
Intensidade máx. VII (muito forte)

5+ [2]

Data 30 de novembro de 1986
Zonas mais atingidas  Brasil
Vítimas 1

O sismo de João Câmara, no estado brasileiro do Rio Grande do Norte, foi o maior de uma serie de abalos sísmicos ocorridos entre agosto e novembro de 1986 que destruíram a maior parte da cidade homônima. A sequência de tremores de terra que atingiu o município, foi a mais espetacular, melhor estudada e documentada atividade sísmica ocorrida no Brasil. Até hoje, a região de João Câmara registra atividade sismológica relevante.[3][4] Em julho de 2019 foi registrado um tremor de 2.5 na Escala de magnitude de momento.[5]

O primeiro evento, sentido pelos moradores e por parte da população de Natal, foi registrado em Brasília, em 21 de agosto de 1986 e alcançou magnitude 4.3 na Escala Richter. No mês seguinte em (3 e 5 de setembro, dois eventos com magnitudes 4.3 e 4.4, também sentidos, provocaram pequenos danos e foram acompanhados por várias outras réplicas. Nas semanas posteriores a sismicidade decresceu, mas, no dia 30 de novembro, as 03h32 (hora local), ocorreu o principal tremor de toda a série, com magnitude 5.1. Ele foi seguido por centenas de réplicas, quatro delas com magnitude maior ou igual a 4.0. Danos significativos ocorreram tanto na área urbana como na rural fazendo com que grande parte da população abandonasse a cidade.[6]

Ações da Secretaria de Defesa Civil, além de entidades estaduais e federais, ajudaram a minimizar os problemas dos habitantes locais. Os sismos destruíram ou danificaram 4.000 casas e 500 delas foram reconstruídas adotando certas normas anti-sísmicas, desenvolvidas pelo Batalhão de Engenharia do Exército. Os grupos de sismologia da UnB, da USP e da UFRN desdobraram esforços para documentar, estudar e mesmo orientar as autoridades diante da constância dos abalos sísmicos. O Presidente da República e vários outros ministros visitaram a área atingida.[7]

Referências

  1. https://labsis.ufrn.br/noticias/20754905/30-anos-do-terremoto-de-joao-camara
  2. «Information on the 2011 Great East Japan Earthquake». www.jma.go.jp. Consultado em 1 de março de 2022 
  3. Aliny Gama e Carlos Madeiro (30 de novembro de 2011). «Mais de 20 anos após terremoto, João Câmara (RN) volta a registrar atividade sísmica e preocupa população». UOL Notícias. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  4. Gabriela Cavalcante (6 de julho de 2018). «Mais de 50 tremores de terra são registrados em João Câmara, RN». G1-RN. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  5. «João Câmara registra seis tremores de terra somente em julho». No minuto. 15 de julho de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  6. «Maior tremor de terra do RN foi registrado em 1986». Tribuna do Norte. 12 de janeiro de 2010. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  7. «30 ANOS DO TERREMOTO DE JOÃO CÂMARA». Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2016. Consultado em 14 de agosto de 2019