Sofia da Suécia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Sofia
Princesa da Suécia
Sofia da Suécia
Sofia, por Franz Xaver Winterhalter, 1830
Grã-Duquesa Consorte de Baden
Reinado 30 de março de 183024 de abril de 1852
Antecessor(a) Estefânia de Beauharnais
Sucessor(a) Luísa da Prússia
Nascimento 21 de maio de 1801
  Estocolmo, Suécia
Morte 6 de julho de 1865 (64 anos)
  Castelo de Karlsruhe, Alemanha
Nome completo  
em sueco: Sofia Wilhelmina Katarina Maria Lovisa Charlotta Anna
Cônjuge Leopoldo, Grão-Duque de Baden
Descendência Alexandrina de Baden
Luís de Baden
Luís II, Grão-Duque de Baden
Frederico I, Grão-Duque de Baden
Guilherme de Baden
Carlos de Baden
Maria de Baden
Cecília de Baden
Casa Holsácia-Gottorp (por nascimento)
Zähringen (por casamento)
Pai Gustavo IV Adolfo da Suécia
Mãe Frederica de Baden

Sofia Guilhermina Catarina Maria Luísa Carlota Ana (Estocolmo, 21 de maio de 1801 - Castelo de Karlsruhe, 6 de julho de 1865), foi uma princesa da Suécia e grã-duquesa consorte de Baden.

Sofia era a segunda filha do rei Gustavo IV Adolfo da Suécia e da sua esposa, a princesa Frederica de Baden. Pelo lado da mãe era sobrinha da princesa Luísa de Baden, esposa do czar Alexandre I da Rússia. Os seus avós paternos eram o rei Gustavo III da Suécia e a princesa Sofia Madalena da Dinamarca. Os seus avós maternos eram o duque Carlos Luís de Baden e a condessa Amália de Hesse-Darmstadt.[1]

Sofia nasceu em Estocolmo, na Suécia, no dia 21 de maio de 1801. Era filha do rei Gustavo IV Adolfo da Suécia e da rainha-consorte Frederica de Baden. Logo depois de nascer foi entregue aos cuidados de Edviges Ulrica de la Gardie, que foi governanta dos filhos do rei entre 1799 e 1803.

Sofia tinha oito anos de idade quando o seu pai foi deposto e a família exilada da Suécia em 1809. Entre o momento em que o golpe de estado que depôs o pai foi levado a cabo e o momento em que deixaram a Suécia, Sofia esteve sob prisão domiciliária com a mãe. Durante este período foi mencionada no famoso diário da duquesa Edviges de Holsácia-Gottorp que a descreveu como uma menina teimosa que era muito mais arrogante e tinha muito menos controlo do que o seu irmão Gustavo. Há uma história que mostra bem o contraste entre os dois irmãos. Quando Frederica e os seus filhos tiveram permissão para se juntar ao rei deposto, o conhecido nobre sueco Hans Axel von Fersen foi ter com a família para discutir a forma como o encontro iria decorrer. Quando estava prestes a sair, o irmão mais velho de Sofia correu até à porta para a abrir e deixar Fersen passar. A antiga rainha Frederica terá dito: Sofia nunca na vida teria feito uma coisa destas, acha-se demasiado superior para isso.[2]

Em 1815, Sofia ficou noiva e a 25 de julho de 1819 casou-se em Karlsruhe com o seu meio-tio-avô, o príncipe Leopoldo, Grão-Duque de Baden, filho de um casamento morganático. O seu casamento com Leopoldo tinha sido arranjado especialmente pelo seu tio materno, o grão-duque Carlos II, com o objectivo de aumentar as hipóteses de um dia Leopoldo vir a sucedê-lo como grão-duque devido à linhagem real de Sofia. Apesar de os direitos de sucessão de Leopoldo estavam já reconhecidos, o facto de ele ter nascido de um casamento morganático continuava a dar problemas. Durante o reinado do grão-duque Luís I de Baden, o casal viveu uma vida modesta longe da corte, já que Luís I não queria o herdeiro por perto. Em 1830, o seu marido sucedeu-o no governo de Baden como Leopoldo I e Sofia tornou-se grã-duquesa da Baden.

Sofia
Franz Xaver Winterhalter, 1831
Museu de Arte de Cleveland

Sofia era considerada sensata e obediente, mas rigorosa.[3] Ficava acordada até tarde e acordava tarde, passando depois horas a escrever aos seus vários parentes por toda a Europa na sua camisa de dormir. Interessava-se por ciência, arte e política e mantinha-se bem informada sobre todos os acontecimentos políticos do dia através da sua correspondência.[3] Tinha laços fortes com a corte de Viena e foi para lá que mandou os seus filhos para que estes terminassem a sua educação. Sofia nunca perdoou a deposição do pai e aceitou muito mal o momento em que o seu irmão perdeu o estatuto de príncipe sueco.[3] Durante o período tumultuoso que se seguiu à aparição de Kaspar Hauser, correram rumores de que Sofia tinha ordenado o seu assassinato em 1833, algo que afectou negativamente a sua relação com o marido e levou ao aparecimento de rumores de que a grã-duquesa tinha um amante. Durante as revoluções de 1848, foi obrigada a fugir de Karlsruhe com a família e refugiou-se em Salzburgo. Regressaram em 1849 depois da revolta ser controlada pelo exército prussiano.

Em 1852, ficou viúva. Sofia convenceu o seu filho Frederico a contrair uma união dinástica em vez de um casamento com a sua amante, a baronesa Stephanie von Gensau.[3] Em 1852, a casa real sueca quis fazer as pazes com a antiga dinastia, por isso o rei Óscar I e a princesa Josefina de Leuchtenberg tentaram encontrar-se com Sofia, mas sem sucesso. Contudo, em 1863, Sofia encontrou-se com o futuro rei Óscar II e com a sua consorte, a princesa Sofia de Nassau. O encontro foi um sucesso: Sofia perguntou-lhe quanto a cidade de Estocolmo tinha mudado desde a sua infância e, quando eles se foram embora, Sofia ofereceu-lhe um presente para o filho do casal Gustavo: um medalhão com um "G" gravado e a coroa do príncipe-herdeiro sueco, uma vez que ele tinha o mesmo nome do irmão dela.[3]

Sofia Guilhermina, Grã-Duquesa de Baden
Franz Xaver Winterhalter, 1831

Em 1864, Sofia foi entrevistada por um escritor sueco anónimo e a entrevista foi publicada na biografia sobre mulheres suecas famosas escrita por Wilhelmina Stålberg (que era provavelmente a autora da entrevista) cuja publicação foi financiada por Sofia:

Grã-Duquesa Sofia de Baden
Franz Xaver Winterhalter, 1830
Museu Estatal de Baden

Casamento e descendência

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Sofia casou-se com o príncipe Leopoldo de Baden a 25 de julho de 1819 em Karlsruhe. O casal teve oito filhos:

Sofia faleceu em Karlsruhe.

Referências

  1. The Peerage
  2. Cecilia af Klercker (1903) (em sueco). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok IX 1807-1811 (Os diários de Edviges Isabel Carlota de Holstein-Gottorp). P.A. Norstedt & Söners förlag. ISBN 412070.
  3. a b c d e Heribert Jansson (em sueco). Drottning Victoria (Rainha Vitória). Hökerbergs Bokförlag. (1963) ISBN.
  4. Anteckningar om svenska qvinnor. [Utg. av P.G. Berg och Wilhelmina Stålberg]. Estocolmo, 1864-1866.
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