Solar Ferrão – Wikipédia, a enciclopédia livre
Solar Ferrão | |
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Tipo | solar, património histórico |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Salvador - Brasil |
Patrimônio | Património de Influência Portuguesa (base de dados), bem tombado pelo IPHAN |
Homenageado | Pedro Gomes Ferrão Castelo Branco |
O Solar Ferrão é um edifício situado no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, capital do Estado brasileiro da Bahia, e que integra o patrimônio nacional tombado pelo IPHAN. No prédio está instalado o Museu Abelardo Rodrigues, de arte sacra.
Situa-se na esquina entre a rua Gregório de Matos e a Ladeira do Ferrão.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Sua construção foi iniciada em fins do século XVII, e indícios construtivos sugerem que ele seja resultado da fusão de dois sobrados.[1] Uma dessas casas pertenceu ao rico comerciante português Antônio Maciel Teixeira, quando a cidade vivia o auge de crescimento derivado do ciclo da cana-de-açúcar.[2] O local foi residência da família Maciel até o ano de 1756, quando passou a ser sede do seminário dos jesuítas de Salvador, que promoveu obras de adaptação.[1][3] Entre 1793 e 1814 foi residência de Pedro Gomes Ferrão Castelo Branco - que lhe emprestou o nome atual. Passou por diversos usos e donos até sua aquisição pelo Governo Estadual, em 1977.[3]
O Solar é um casarão nobre construído entre os séculos XVII e XVIII, localizado numa zona de grande declive, tendo por isso três pavimentos na frente e seis no fundo, além de um porão. Na fachada principal abrem-se duas portadas, datadas de 1690 e 1701, decoradas com volutas e relevos. O piso mais alto tem janelas com sacadas e gradis de ferro. No pavimento nobre há cômodos com tetos forrados com painéis de madeira.[1]
Chamado de "A Casa Nobre do Pelourinho"[3][4] o prédio foi tombado em 1938 pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.[5] Segundo a Diretora do Museu Abelardo Rodrigues, a museóloga Graça Lobo, "pela originalidade de seu partido arquitetural e artístico qualificou sua inscrição no Livro de Belas Artes do IPHAN".[2]
Reformas
[editar | editar código-fonte]Depois de sua aquisição o prédio passou por diversas reformas, que revelaram-lhe peculiaridades arquitetônicas como colunas de arenito torneadas, pinturas nos tetos de salões, vestígios de instalações sanitárias datadas do século XVIII, cloacas, etc.[3]
Em 2008, com a comemoração dos quarenta anos do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia - IPAC - órgão ao qual vincula-se o Museu Abelardo Rodrigues, uma nova reforma foi realizada,[5]
Referências
- ↑ a b c Solar Ferrão no sítio do IPHAN
- ↑ a b LOBO, Maria das Graças Campos. Solar Ferrão e Museu Abelardo Rodrigues - uma lição de Belas Artes, in: A Corte Celestial: 25 anos de arte e devoção - Catálogo, IPAC, Salvador, 2006
- ↑ a b c d Revista Museu Arquivado em 11 de março de 2014, no Wayback Machine., página acessada em 1 de agosto de 2008.
- ↑ A Corte Celestial: 25 anos de arte e devoção - Catálogo, IPAC, Salvador, 2006
- ↑ a b Matéria jornal A Tarde, edição de 27 de março de 2008 (página acessada em 1 de agosto de 2008)