Somalilândia – Wikipédia, a enciclopédia livre

República da Somalilândia
Jamhuuriyadda Somaliland (somali)
جمهورية أرض الصومال (árabe)
Jumhūrīyat Arḍ aṣ-Ṣūmāl
Republic of Somaliland (inglês)
Lema: لا إله إلا الله محمد رسول الله  (árabe)
Lā ilāhā illā-llāhu; muhammadun rasūlu-llāhi  (transliterado)
"Não há nenhum outro Deus, exceto Alá; Maomé é o mensageiro de Alá"

e também:
"Justiça, paz, liberdade, democracia e sucesso para todos."

Hino: Samo ku waar
Localização Somalilândia
Capital Hargeisa
9°33′N 44°03′E
Maior cidade Hargeisa
Língua oficial Somali
Outras línguas Árabe[1] e inglês
Religião oficial Islã
Gentílico somalilandês, somalilandense
Governo República presidencialista
 • Presidente Muse Bihi Abdi
 • Vice-presidente Abdirahman Saylici
 • Presidente do Parlamento Bashe Mohamed Farah
Independência da Somália
 • Declarada 18 de maio de 1991
 • Reconhecimento não houve
Área
 • Total 137.600 km²
Fronteira Djibuti, Etiópia e Somália
População
 • Estimativa para 2017 3,508,180 hab.
 • Densidade 25 hab./km²
PIB (base PPC) Estimativa de 64 mil USD
 • Total US$ 70 mil USD
 • Per capita US$ 297 USD
IDH (2016) 0,558 – médio
Moeda Xelim somalilandês (SLSH)
Cód. Internet .sl (proposto)
Cód. telef. +252

Somalilândia (em somali: Soomaaliland) é um Estado não reconhecido internacionalmente. Embora pertença oficialmente à Somália, a região declarou unilateralmente sua independência em 1991 e passou a ser um estado de facto.[2]

Localizada na região do Chifre da África, o território incorpora a antiga Somalilândia Britânica, delineada por tratados internacionais realizados entre 1888 e 1897 e faz fronteira com o Djibuti, a oeste, golfo de Adem, ao norte, Etiópia, ao sul e Somália (Puntlândia) a leste. A Somalilândia é formada por cinco regiões administrativas. Uma sexta região - Saaxil - foi criada em 1996. Possui uma área de cerca de 137 600 km² e sua capital e sede do governo é Hargeisa.[2]

Em 18 de maio de 1991, líderes do Movimento Nacional Somali (SNM) e líderes dos clãs do norte revogaram o ato (1960 Act of Union) que tinha unido os antigos territórios coloniais da Somália Italiana e da Somalilândia Britânica na República da Somália, e declararam a independência da República da Somalilândia.

A Somalilândia manteve uma existência estável, auxiliado pelo domínio de um governo forte e com a infraestrutura econômica deixada por programas de auxílios militares britânicos, russos, e americanos.

Anteriormente conhecido como Protetorado da Somalilândia Britânica, imediatamente após ganhar a independência em 26 de junho de 1960 como Estado da Somalilândia se uniu com o Protetorado da Somalilândia (a antiga Somalilândia Italiana) formando a República da Somália. O primeiro-ministro da Somalilândia Britânica, Ibrahim Egal, tornou-se um ministro na nova república da Somália. Passou a ser primeiro-ministro em 1967 mas um golpe de Estado o depôs em 1969.

Em 1991, após o colapso do governo na Somália, o território declarou sua independência como República da Somalilândia, mesmo sem nenhum reconhecimento internacional. Ibrahim Egal foi eleito presidente em 1993, reeleito em 1998 e permaneceu no poder até a sua morte em 3 de maio de 2002. O vice-presidente Dahir Riyale Kahin foi declarado novo presidente pouco tempo depois.

Desde 1998, a autoridade da Somalilândia sobre as regiões de Sool e Sanaag tem sido contestadas por Puntlândia (estado da Somália autodeclarado autônomo). O coronel Abdullahi Yusuf de Puntlândia tem conduzido várias invasões a estas regiões consideradas partes do estado de Puntlândia.

A Somalilândia está tentando declarar também sua independência econômica, mas sem as regiões de Sanaag e Sool, o Estado se encontra em carência de terras para se tornar economicamente viável.

A Somalilândia faz fronteira com Djibuti, Etiópia e com o estado da Puntlândia, um estado da Somália.

A população foi estimada em algum valor entre 2,5 e 3,5 milhões de pessoas. Estimativas afirmam que a população da capital, Hargeisa, está entre 500 000 e 800 000. Entretanto, essas estimativas não são confiáveis, porque não houve nenhum censo feito recentemente no país, e também por causa do rápido processo de urbanização nas regiões da Somália e Somalilândia desde 1991.

O nordeste da região é historicamente conhecido como Costa Ajan.

A Somalilândia está dividida em seis regiões (capitais entre parênteses):

Regiões da Somalilândia

Com algumas exceções, os habitantes do país são majoritariamente adeptos do Islã.[3][4]

Reconhecimento

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  •  Etiópia: Em janeiro de 2024 a Etiópia e a Somalilândia assinaram um acordo quanto ao uso de portos na Somalilândia pela Etiópia, que inclui o reconhecimento da soberania somalilandesa por parte do Estado etíope.[5]

Pronunciamentos de Estados não soberanos

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  •  Liberland: A República Livre de Liberland e a Somalilândia assinaram um tratado de reconhecimento mútuo e de cooperação em diversas áreas.[6][7]

Referências

  1. website, Somallilandlaw.com – an independent non-for-profit. «Somaliland Constitution». www.somalilandlaw.com. Consultado em 2 de julho de 2017 
  2. a b «Somália & Somalilândia: uma ilusão coletiva e um fato ignorado». Mundorama 
  3. «Middle East Policy Council – Muslim Populations Worldwide». Mepc.org. 1 de dezembro de 2005. Consultado em 6 de maio de 2010 
  4. «Somalia». United States Department of State. Agosto de 2009. Consultado em 6 de novembro de 2009 
  5. «Ethiopia signs agreement to use Somaliland's Red Sea port» (em inglês). 1 de janeiro de 2024. Consultado em 2 de janeiro de 2024 
  6. Liberland (26 de setembro de 2017). «The Free Republic of Liberland has successfully begun the mutual recognition process with the Republic of Somaliland». Liberland Press (em inglês). Consultado em 7 de fevereiro de 2019 
  7. Araujo, Vitor Hugo Alves de. «Reconhecimento de Liberland». Consultado em 7 de fevereiro de 2019 

Ligações externas

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