Sophie Oluwole – Wikipédia, a enciclopédia livre
Sophie Oluwole | |
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Nascimento | 12 de maio de 1935 Igbara-oke |
Morte | 23 de dezembro de 2018 Ibafo |
Cidadania | Nigéria |
Alma mater | |
Ocupação | filósofa, académica |
Empregador(a) | Universidade Moshood Abiola |
Sophie Oluwole (Ibará-Oquê, Ondo, 1935 - Ibafô, Ogum, 23 de dezembro de 2018), nascida Abosede Oluwole, foi uma filósofa nigeriana.[1]
Vida e obra
[editar | editar código-fonte]Era a oitava filha de um casal de comerciantes do povo Edo. Na escola, aos 8 anos de idade, foi batizada pelo diretor, que lhe deu o nome de Sofia. Mais tarde, mudou-o para Sophie. Mudou-se em 1951 para Ilê-Ifé, onde estudou na escola moderna das meninas anglicanas. Formou-se pela Faculdade de Treinamento para Mulheres em Ilexá, em 1954. Recebeu uma bolsa de estudos em Moscou, em 1963. Morou também na Alemanha e nos Estados Unidos antes de voltar para a Nigéria, em 1967. Estudou Filosofia na Universidade de Lagos. Fez o mestrado também na Unilag e o doutorado na Universidade de Ibadã. Foi a primeira mulher doutora em Filosofia na história da Nigéria.
Pesquisou a tradição oral do ifá, comum as povos iorubá, ibo e eué. Para ela, o Ifá conta com uma base filosófica, e Orumilá é comparável a Sócrates, pai da filosofia ocidental, que também não deixou obras escritas[2].
Sophie defendia, assim, a importância do pensamento filosófico africano e a necessidade de reconhecimento e valorização da tradição filosófica africana. Ela argumentava que a filosofia africana era rica e complexa, mas muitas vezes ignorada ou subestimada devido ao eurocentrismo predominante na academia ocidental. Oluwole também enfatizava a importância da oralidade na transmissão do conhecimento filosófico africano, destacando a necessidade de abordagens interdisciplinares e inclusivas na filosofia. Ela foi uma defensora do diálogo entre diferentes tradições filosóficas e uma voz importante na luta pela descolonização do pensamento filosófico[3].
Principais obras
[editar | editar código-fonte]- 1992 - Witchcraft, Reincarnation and the God-Head (Issues in African Philosophy);
- 1997 - Philosophy and Oral Tradition;
- 2014 - Socrates and Ọ̀rúnmìlà: Two Patron Saints of Classical Philosophy;
- 2014 - African Myths and Legends of Gender.
Referências
- ↑ Buhari, Tinubu, Ofeimun mourn as Sophie Oluwole dies at 83. Punch, 25 de dezembro de 2018
- ↑ Sophie Oluwole: filósofa nigeriana que ajudou a colocar o pensamento iorubá no mapa. Geledés, 6 de fevereiro de 2019
- ↑ Presbey, Gail (2020). «Sophie Olúwọlé's Major Contributions to African Philosophy». Hypatia (vol. 35, n. 2)