Surfe ferroviário – Wikipédia, a enciclopédia livre
O surfe ferroviário[1] ou surfe de trem consiste na prática de subir e ficar em cima do teto dos vagões de trens com os mesmos em movimento. Seja por necessidade ou diversão, a sua prática é arriscada e frequentemente acaba vitimando seus praticantes. Na Indonésia, bolas de concreto foram instaladas em alguns percursos de linhas férreas, a fim de evitar o surfe ferroviário. No Brasil, essa atividade é proibida por lei.[2]
A prática se tornou uma febre no Brasil durante os anos 80 de 90. No início da década de 90 a situação era tão alarmante que o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro chegou a recolher um corpo eletrocutado por semana. O governo do Rio de Janeiro também criou um departamento de polícia para exclusivamente tratar dos surfistas ferroviários.
O surfe ferroviário nos anos 80 e 90 esteve ligado com as condições dos jovens brasileiros, como o desemprego, falta de estudo e assistência social do Estado, que gerou um sentimento de tédio e depressão entre os jovens. Isso fez com que muitos iniciassem na prática do surfe ferroviário em busca de um sentimento de adrenalina e estilo de vida rebelde.[3]
Referências
- ↑ «Garoto de 12 anos morre enquanto praticava "surfe ferroviário" em Curitiba». Gazeta do Povo
- ↑ «BBC Brasil - Vídeos e Fotos - Indonésia usa bolas de concreto para combater 'surfistas de trens'». Consultado em 25 de maio de 2017
- ↑ Paviotti, Joel (8 de outubro de 2020). «O Fenômeno do Surf Ferroviário». Iconografia da História. Consultado em 11 de abril de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Surfe Ferroviário no YouTube, episódio de Documento Especial.