Sylvio Back – Wikipédia, a enciclopédia livre

Sylvio Back
Sylvio Back
Nome completo Sylvio Carlos Back
Nascimento 22 de julho de 1937 (87 anos)
Blumenau
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Cineasta, poeta, roteirista, escritor, jornalista[1] e produtor.

Sylvio Carlos Back (Blumenau, 22 de julho de 1937[2]),[3] é um cineasta, poeta, roteirista, escritor, jornalista[1] e produtor brasileiro.[4]

Além de filmes, tem editados livros, entre poesias, ensaios e os argumentos/roteiros de vários de seus filmes. Com 71 láureas nacionais e internacionais, Sylvio Back é um dos mais premiados cineastas do Brasil. Seu filme Lost Zweig teve ampla participação em festivais, levando vários prêmios. Entre os mais conhecidos, estão Aleluia Gretchen, de 1976, e a A guerra dos pelados, de 1970. Dois de seus filmes são biografias: de Lost Zweig e do poeta Cruz e Sousa.[5]

Filho de imigrantes que vieram para o Brasil em 1935, o pai era judeu húngaro e a mãe alemã,[6] nasceu em Blumenau em 1937. A década de 1940 a família mudou-se para o Paraná, onde moraram em Antonina, Paranaguá e Curitiba.[2] Quando adolescente, trabalhou como bancário e foi editor do suplemento literário letras e/& artes do jornal Diário do Paraná.[7][8] Em 1962, iniciou-se no cinema, produzindo curta-metragem[9] e somente em 1968[3] lançou seu primeiro longa-metragem "Lance maior".[10]

Durante a década de 1970, dedicou-se por completo as produções cinematográficas, desenvolvendo curtas, médias e longa metragens, como A Guerra dos Pelados, Aleluia Gretchen, Revolução de 30, além de documentários, como Curitiba: uma experiência em planejamento urbano. Em 1986, depois que mudou-se na a cidade do Rio de Janeiro,[11] iniciou uma nova fase em sua vida, quando lançou seu primeiro livro O caderno erótico de Sylvio Back (uma coletânea de poesias),[12] além do documentário Guerra do Brasil - Toda a Verdade sobre a Guerra do Paraguai, lançado em 1987.[13]

  • 1964 - As moradas (média-metragem)
  • 1965 - Os imigrantes (curta-metragem)
  • 1965 - Curitiba, amanhã (curta-metragem)
  • 1966 - A grande feira (curta-metragem)
  • 1966 - Festival (curta-metragem)
  • 1966 - Vamos nos vacinar (curta-metragem)
  • 1968 - Lance maior
  • 1969 - Yndio do Brasil
  • 1970 - A guerra dos pelados
  • 1973 - A gaiola de ouro (média-metragem)
  • 1974 - Curitiba: uma experiência em planejamento urbano (documentário)
  • 1974 - O semeador (curta-metragem)
  • 1976 - Aleluia Gretchen
  • 1976 - Teatro Guaíra (curta-metragem)
  • 1977 - Mulheres guerreiras (média-metragem)
  • 1978 - Um Brasil diferente? (curta-metragem)
  • 1978 - Crônica Sulina (média-metragem)
  • 1979 - República Guarani (média-metragem)
  • 1980 - Sete quedas (curta-metragem)
  • 1980 - Revolução de 30
  • 1981 - Jânio 20 anos depois
  • 1981 - República Guarani
  • 1981 - A araucária: memória da extinção (curta-metragem)
  • 1982 - A escala do homem (curta-metragem)
  • 1983 - Vida e sangue de polaco (média-metragem)
  • 1984 - O auto-retrato de Bakun (média-metragem)
  • 1987 - Guerra do Brasil
  • 1990 - Rádio Auriverde
  • 1992 - A babel da luz (curta-metragem)
  • 1995 - Yndio do Brasil
  • 1995 - Zweig: A morte em cena (média-metragem)
  • 1998 - Cruz e Sousa - o poeta do desterro
  • 2002 - Lost Zweig
  • 2010 - O contestado - Restos mortais
  • 2015 O Universo Graciliano (documentário)[14]

Obra poética

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  • O Caderno Erótico de Sylvio Back (1986)
  • Moedas da Luz (1988)
  • A Vinha do desejo (1994)
  • Yndio do Brasil (Poemas de Filme, 1995)
  • boudoir (1999)
  • Eurus (2004)
  • Por A Guerra dos pelados:
"Prêmio de Qualidade", do Instituto Nacional de Cinema INC/71;
"Melhor filme brasileiro exibido em São Paulo/71" "Folha de S. Paulo";
Prêmio "Governador de São Paulo"/71;
Três prêmios para o elenco no 1º Festival de Cinema de Guarujá ­ SP/71;
"Menção Especial" na 2ª Semana Internacional do Filme de Autor em Málaga (Espanha);
Indicação para o Festival de Berlim (Al. Oc.)/71.
  • Por A gaiola de ouro:
Prêmio no 1º Festival Nacional de Curta-metragem da Aliança Francesa (RJ);
Prêmio "Helena Silveira" e troféu "Amiga" para o "Melhor Programa de 1973".
  • Por Um Brasil diferente?:
Prêmio "Melhor Filme de Turismo do Ano" (Embratur).
  • Por Sete Quedas:
"Melhor roteiro" (1º lugar) no Concurso de Filmes sobre Turismo (Embratur-Embrafilme);
Prêmio "Filme Brasileiro de Curta-metragem", do Conselho Nacional de Cinema (Concine).
  • Por A araucária: memória da extinção:
Prêmio Embrafilme na 15ª Mostra Internacional do Filme Científico/83;
Prêmio "Osiris", da FAO, no 13º Concurso Internacional do Filme Agrícola de Berlim/84 (Al. Oc.);
Prêmio "Filme Brasileiro de Curta-metragem", do Conselho Nacional de Cinema (Concine)/84.
  • Por República Guarani:
"Melhor Roteiro" e "Melhor Trilha Sonora", no 15º Festival de Brasília/82;
Prêmio "São Saruê"/82 (Federação de Cineclubes do Rio de Janeiro);
"Melhor Documentário"/84 (Associação de Críticos Cinematográficos/MG);
"Menção Honrosa" no 2º Festival Latino-americano de Cinema dos Povos Indígenas/87 (RJ).
  • Por A escala do homem:
Prêmio "Filme Brasileiro de Curta-metragem" da Fundação do Cinema Brasileiro/89.
  • Por Vida e sangue de polaco:
"Melhor Fotografia" no 11º Festival de Gramado/83;
"Melhor Fotografia" e "Melhor Som" no 16º Festival de Brasília/83;
Indicação para o 6º Festival Internacional do Filme Etnográfico e Sociológico ("Cinéma du Réel"), Paris/84.
  • Por O auto-retrato de Bakun:
"Prêmio Glauber Rocha" (Melhor Filme), na 13ª Jornada Brasileira de Curta-metragem (Cachoeira/BA)/84;
"Menção Especial do Júri" no 1º Festival Internacional de Cinema, Televisão e Vídeo do Rio de Janeiro/84;
Prêmio "Melhor Fotografia" no 1º Festival de Cinema de Caxambu/MG, 84.
  • Por Guerra do Brasil:
"Prêmio Especial do Júri" no 3º Rio-cine Festival/87;
"Melhor Roteiro" no 1º Festival de Cinema de Natal (RN)/87;
"Melhor Cartaz" (João Câmara e Dulce Lobo) no 9º Festival Internacional del Nuevo Cine Latino Americano de Havana (Cuba)/87.
  • Por A babel da luz:
"Melhor Filme" e "Melhor Montagem" no 25º Festival de Brasília;
"Melhor Curta-metragem de 92";
"Margarida de Prata" da­ CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
  • Por Yndio do Brasil:
"Melhor Documentário de Longa-metragem" na 22º Jornada Internacional de Cinema da Bahia/95;
"Melhor Documentário em Língua Portuguesa e Espanhola" no 26º Festival de Figueira da Foz (Portugal/96);
"Prêmio Especial do Júri" no 100º Fest Cine (Florianópolis-SC)/97;
Indicação para os festivais de Gramado, Havana, Uruguai, Santa Fé (Estados Unidos), Innsbruck (Áustria), Rotterdam (Holanda), Oslo (Noruega), Mar del Plata (Argentina), Fórum do Festival de Berlim (Alemanha) e Trieste (Itália).
  • Por Lost Zweig:
"Melhor filme" e "Melhor direção" na 14ª edição do Cine Ceará - Festival Nacional de Cinema e Vídeo.

Referências

  1. a b «Também jornalista e poeta, o blumenauense de 80 anos acredita que a crise político-institucional do país resulta em um "olhar caolho" para o passado a partir da sétima arte». revista ND+. 9 de setembro de 2017. Consultado em 1 de julho de 2019 
  2. a b Lúcia Nagib: O cinema da retomada: depoimentos de 90 cineastas dos anos 90 Google Books - acessado em abril de 2017
  3. a b «Jornalista até 1967, escreveu e dirigiu seu primeiro longa em 1968». Filme B. Consultado em 9 de abril de 2017 
  4. Marcelo Perrone (24 de maio de 2016). «Sylvio Back, um cineasta que vira a história do Brasil pelo avesso». Clic RBS. Consultado em 18 de agosto de 2016 
  5. Kaminski, Rosane (2018). A formação de um cineasta: Sylvio Back na cena cultural de Curitiba nos anos 1960. Col: Série Pesquisa / Universidade Federal do Paraná. Curitiba, Paraná, Brasil: Editora UFPR 
  6. Perfil Sylvio Back Site Ecclesiae - acessado em 9 de abril de 2017
  7. EDIÇÃO FAC-SIMILAR CELEBRA OS CINQUENTA ANOS DO SUPLEMENTO PARANAENSE LETRAS & ARTES Jornal tribuna do Paraná - acessado em 9 de abril de 2017
  8. História - Conheça alguns detalhes da história do Diário do Paraná Caderno G - Jornal Gazeta do Povo - acessado em 18 de dezembro de 2011
  9. Breve Histórico do Cinema Paranaense Site Paranacine - acessado em 9 de abril de 2017
  10. Apolinário Ternes. «Sylvio Back Cineasta catarinense que redescobre o Brasil há 30 anos». Grandes Entrevistas. Consultado em 18 de agosto de 2016. Arquivado do original em 5 de março de 2016 
  11. Os 40 anos de Lance Maior Estadão - Cultura - acessado em 9 de abril de 2017
  12. QUERMESSE: TODA A POESIA ERÓTICA DE SYLVIO BACK Germinal Literatura - acessado em 9 de abril de 2017
  13. Guerra do Brasil - Toda a Verdade sobre a Guerra do Paraguai Site Filmes x Épicos - acessado em 9 de abril de 2017
  14. Sylvio Back traça perfil existencial de Graciliano Ramos em documentário O Globo - acessado em 9 de abril de 2017

Ligações externas

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