Teoria dos protótipos – Wikipédia, a enciclopédia livre
A teoria dos protótipos é um modo de categorização gradativo proposto nas ciências cognitivas, em que alguns membros de uma categoria conceitual são mais centrais do que outros. Nessa teoria, qualquer conceito dado em qualquer língua tem um exemplo do mundo real que melhor representa esse conceito.[1][2] A teoria dos protótipos também tem sido aplicada na linguística, como parte do mapeamento da estrutura fonológica para a semântica.[3]
O termo protótipo, apresentado pela primeira vez pela psicóloga cognitiva Eleanor Rosch no artigo Natural Categories,[4] foi inicialmente definido como denotando um estímulo, que assume uma posição de destaque na formação de uma categoria, pelo fato de ser o primeiro estímulo a ser associado a essa categoria.[5][6] Há uma série de estudos experimentais que procuram delimitar melhor a teoria dos protótipos. Uma dos exemplos mais comuns é o caso da categoria ave: é mais comum associar a ela palavras como papagaio ou periquito do que pinguim, pois os primeiros apresentam traços mais centrais (ou prototípicos) para tal ocorrência.[7]
Referências
- ↑ Krebs, Luciana Monteiro; Laipelt, Rita do Carmo Ferreira (2018). «Teorias da linguística cognitiva para pensar a categorização no âmbito da Ciência da Informação» (PDF). Transinformação. 30 (1). doi:10.1590/2318-08892018000100007
- ↑ Cosenza, Henrique Alvarenga (2019). «Semântica de frames e teoria dos protótipos: uma análise do poema "Não", de Augusto de Campos». Linguagens & Letramentos. 4 (2)
- ↑ Gonçalves, Sebastião Carlos Leite (2001). «Orações subjetivas e teoria dos protótipos». Scripta. 5 (9)
- ↑ Rosch, Eleanor H. (1 de maio de 1973). «Natural categories». Cognitive Psychology. 4 (3): 328–350. ISSN 0010-0285. doi:10.1016/0010-0285(73)90017-0
- ↑ Rosch, Eleanor; Mervis, Carolyn B; Gray, Wayne D; Johnson, David M; Boyes-Braem, Penny (Julho de 1976). «Basic objects in natural categories». Cognitive Psychology. 8 (3): 382–439. doi:10.1016/0010-0285(76)90013-X
- ↑ Adajian, Thomas (2005). «On the Prototype Theory of Concepts and the Definition of Art». The Journal of Aesthetics and Art Criticism. 63 (3): 231–236. ISSN 0021-8529. JSTOR 3700527. doi:10.1111/j.0021-8529.2005.00203.x
- ↑ Johansen, Mark K.; Kruschke, John K. (2005). «Category Representation for Classification and Feature Inference». Journal of Experimental Psychology: Learning, Memory, and Cognition. 31 (6): 1433–1458. ISSN 1939-1285. PMID 16393056. doi:10.1037/0278-7393.31.6.1433