Terapia hormonal masculinizante – Wikipédia, a enciclopédia livre

A terapia hormonal masculinizante, também conhecida como terapia hormonal transmasculina, de masculinização ou masculinizadora, é uma forma de terapia hormonal e terapia de afirmação de gênero que é usada para mudar as características sexuais secundárias de pessoas transgênero de feminino ou andrógino para masculino.[1][2][3] É um tipo comum de terapia hormonal transgénero (outro sendo a terapia hormonal feminizante) e é predominantemente usado para tratar homens transgêneros e outros indivíduos transmasculinos. Algumas pessoas intersexo também recebem essa forma de terapia, começando na infância para confirmar o sexo atribuído ou mais tarde, se a atribuição for incorreta.

O objetivo dessa forma de terapia é provocar o desenvolvimento das características sexuais secundárias do sexo desejado, como o engrossamento da voz e um padrão masculino de cabelo, corporalidade e distribuição muscular. Ela não pode desfazer muitas das mudanças produzidas pela puberdade natural, o que pode exigir cirurgia e outros tratamentos para reverter. Os medicamentos utilizados para a terapia transmasculina incluem, principalmente, andrógenos (nomeadamente a testosterona) e análogos de GnRH.[4]

Embora a terapia não possa desfazer os efeitos da primeira puberdade de uma pessoa, o desenvolvimento de características sexuais secundárias associadas a um sexo diferente pode aliviar parte ou todo o sofrimento e desconforto associados à disforia de gênero e pode ajudar a pessoa a "passar" ou ser vista como sua identidade de gênero. A introdução de hormônios exógenos no corpo afeta-o em todos os níveis e muitos pacientes relatam mudanças nos níveis de energia, humor, apetite, etc. O objetivo da terapia, e de todos os tratamentos somáticos, é fornecer aos pacientes um corpo mais satisfatório e mais congruente com sua identidade de gênero.[5]

Referências

  1. «Overview of masculinizing hormone therapy | Gender Affirming Health Program». transcare.ucsf.edu. Consultado em 27 de setembro de 2022 
  2. Unger, Cécile A. (dezembro de 2016). «Hormone therapy for transgender patients». Translational Andrology and Urology. 5 (6): 877–884. ISSN 2223-4691. PMC 5182227Acessível livremente. PMID 28078219. doi:10.21037/tau.2016.09.04 
  3. «Masculinizing hormone therapy - Mayo Clinic». www.mayoclinic.org. Consultado em 27 de setembro de 2022 
  4. «CORRIGENDUM FOR "Endocrine Treatment of Gender-Dysphoric/Gender-Incongruent Persons: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline"». The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (2): 699–699. 29 de novembro de 2017. ISSN 0021-972X. doi:10.1210/jc.2017-02548. Consultado em 18 de fevereiro de 2023 
  5. Van Kesteren, Paul; Lips, Paul; Gooren, Louis J. G.; Asscheman, Henk; Megens, Jos (março de 1998). «Long-term follow-up of bone mineral density and bone metabolism in transsexuals treated with cross-sex hormones: Cross-sex hormone administration and bone». Clinical Endocrinology (em inglês) (3): 347–354. doi:10.1046/j.1365-2265.1998.00396.x. Consultado em 18 de fevereiro de 2023 


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